Há séculos, o ser humano defronta-se com as intrigantes perguntas: De onde vim? Quem sou? Para onde vou? E entre os ramos do conhecimento interessados em respondê-las, está o Evolucionismo.
De início é importante lembrar que o Evolucionismo não é uma ciência. Trata-se de uma preocupação científica, baseada em postulados e hipóteses, que perde sua razão de ser caso as afirmações se demonstrem falsas e inconsistentes.
Um dos maiores expoentes evolucionistas foi Charles Darwin, embora o primeiro a sugerir tal modelo tenha sido Aleximandro de Mileto (611 a 547 a.C.). Darwin, após ter pesquisado bastante sobre o assunto, publicou suas conclusões, em 1859, no livro intitulado Origem das Espécies. Nesse trabalho ele defendia a variação das espécies, devido a micro-mutações; a preservação dos seres mais aptos, através da seleção natural; o uniformismo dos seres e estratos, vinculado a longas eras; e a origem casual da Terra e seres.
Pretendemos analisar, neste artigo, ainda que de maneira sucinta, cada um desses itens. Assim, será evidenciada, mais uma vez, a falácia do pensamento evolucionista.
Mutações e seleção
Definidas como distúrbios na transmissão de caracteres do organismo, ou simplesmente erros, as mutações, segundo alguns estudiosos, ocorrem em 99% dos casos. Levando-se em conta o verdadeiro sentido da evolução dos seres, tal fenômeno não lhe serve como argumento favorável, em virtude de seu caráter degenerativo.
Além disso, ainda existem perguntas que não foram ainda respondidas pelos evolucionistas, dentro deste contexto. Por exemplo, como poderiam órgãos complexos como os olhos, ouvidos, coração e outros, desenvolverem-se mediante acúmulo de pequenas modificações? Bem antes de alcançarem o pleno desenvolvimento, se mostrariam inúteis e, por conseguinte, de acordo com a própria seleção natural, não poderiam sobreviver.
O próprio Darwin, em seu livro, confessa: “Parece absurdo ou impossível, eu reconheço, supor que a seleção natural tenha podido formar a visão com todas as disposições que permitem ajustar o foco a diversas distâncias, admitir uma quantidade de luz variável e corrigir as aberrações esféricas e cromáticas.”
Outrossim, se para chegarem à sua constituição atual, as glândulas mamárias sofreram modificações lentas, como se explica tenham sobrevivido todo esse tempo, sem utilidade? Se os filhos eram alimentados de outro modo, por que razão teriam surgido e evoluído? Darwin responde: “não sei.”
É claro que existem exemplos de seleção natural. Normalmente não encontramos pingüins no Brasil. O clima frio seleciona tais aves. Mas esse fenômeno não possui os poderes que lhe são atribuídos.
Ainda em busca de sustentação para suas idéias, Darwin invoca os estratos como prova, afirmando que os solos foram surgindo paulatina e uniformemente junto com os seres, ao longo de eras.
Embora não se possa negar que os fósseis e rochas guardem uma certa seqüência, o registro fóssil abre-se abruptamente, com os seres bem definidos, em distinta continuidade, sem elos entre eles. Ainda hoje é possível observar animais e vegetais vivendo juntos, em arranjos ordenados. Ao nos aproximarmos de uma cadeia de montanhas, antes de iniciarmos a subida, encontramos um ecossistema com animais e vegetais característicos. Subindo mais ainda, notamos que os elementos vão se alterando, tanto os seres como o próprio clima.
Se uma violenta enchente arrastasse essas comunidades teríamos então um arranjo semelhante ao existente nas zonas fósseis.
Nas regiões baixas, encontram-se com mais abundância, os elementos que vivem nos rios, lagos e mares, trilobitas, moluscos, braquiópodas. Há peixes incrustados em duas ou três camadas, datadas com milhões de anos de diferença entre si. Noutras palavras, se a interpretação evolucionista fosse correta, cabeça e cauda teriam vivido milhões de anos de diferença uma da outra.
Em inúmeras vezes os estratos geológicos não se ajustam à ordem convencional.
Existem pelo menos três teorias pretensamente explicativas para a origem da Terra e dos demais planetas do nosso Sistema Solar.
Segundo Sir James, há alguns milhões de anos, uma estrela aproximou-se do Sol e sua força de atração fez com que as massas gasosas incandescentes fluíssem para o espaço em direção a ela. Quando a estrela se afastou suficientemente, sua força atrativa ficou reduzida, e a longa esteira solar fragmentou-se, descrevendo órbitas circulares em tomo do Sol.
Uma outra teoria sustenta que as estrelas são formadas a partir de elementos chamados protoestrelas, em resultado de condensação de gás interestelar, estando nesse esquema o próprio Sol.
Finalmente, há a conhecida teoria do Big-Bang, segundo a qual uma massa infinitamente grande, existente há mais de dez bilhões de anos, explodiu, formando o Sistema Solar.
Ora, é sabido que para cada órbita existe uma velocidade determinada, estando na mesma situação a distância. Para que um objeto esteja em órbita ele deverá ocupar um ponto x, estar a uma distância y, e a uma velocidade z. Seria impossível aos planetas, e seus respectivos, satélites estarem em suas órbitas a partir da fragmentação da dita esteira solar, da condensação de gás interestelar, da explosão de uma massa gigantesca, ou de qualquer outra hipótese casual.
A Bíblia claramente diz que “No princípio criou Deus o Céu e a Terra”. E mais, “os Céus por Sua palavra se fizeram, e pelo sopro de Sua boca o exército deles” (Gên. 1:1; Salmo 33:6 e 9).
Uma das teorias evolucionistas para a origem dos seres vivos, defende a idéia de que originou-se, no oceano, uma solução de compostos orgânicos que começaram a reagir entre si, tomando-se cada vez mais complexos, até que se transformaram em estruturas com poder auto-reprodutor, compatíveis com um vírus.
Há, no entanto, uma complicação. Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios. Somente são capazes de se multiplicarem no interior da célula de um hospedeiro. Que células parasitariam, se os vírus foram os primeiros seres vivos? Eis a questão que fica no ar.
Quanto ao ser humano, são vários os argumentos apresentados pelos evolucionistas para negar sua origem divina. Um desses mais famosos argumentos materializou-se no aparecimento do chamado Homem de Java, o Pithecanthroupos Erectus. Entre os anos de 1891 e 1899, foram encontrados na Ilha de Java um fêmur, o fragmento de um maxilar, uma calota craniana e três dentes molares. Com o achado, os defensores do evolucionismo imaginaram ter em mãos a prova de que o homem era um descendente do macaco, a partir do julgamento que fizeram das características do material.
Desde o início, os cientistas diferiram grandemente a respeito da identificação da-queles ossos. Para alguns, eles eram de homem; outros afirmavam pertencerem a macaco; e ainda outros defendiam que o material procedia de um babuíno. Todavia, um exame efetuado naqueles restos não deixa dúvidas.
Primeiro, o fêmur encontrado é reto e delgado. O fêmur dos macacos é encorpado e curvo, ficando bem patente que se trata do fêmur de um ser humano.
Em segundo lugar, um maxilar humano quando visto de cima, mostra-se oval, alargando-se para trás. Não há espaço entre os dentes incisivos e os caninos. Quase sempre possui queixo. O maxilar do macaco quando visto da mesma posição, é retangular, mostrando acentuado espaço entre os incisivos e caninos, sem queixo. No maxilar encontra-do, não é visto espaço entre os dentes incisivos e os caninos, e existe queixo. Por conseguinte, suas características são tipicamente humanas.
Em terceiro lugar, no homem, os músculos do crânio fixam-se ao lado do mesmo. No caso dos macacos, esses músculos encontram-se na linha média. Na calota craniana encontrada em Java, a fixação é lateral, tal como ocorre com os homens. A arcada supra-orbitária é pronunciada, mas não é contínua como nos macacos. Ela diminui e quase desaparece no meio, uma característica também dos humanos.
Finalmente, o quarto ponto. Foram encontrados três dentes. Um deles distava três quilômetros dos demais, possuindo também características de humanos, isto é, longos de um lado a outro. Os dos macacos são mais compridos da frente para trás. Os outros dois são antropóides; consequentemente necessitariam de maxilar e músculos grandes para operá-los, evidenciando, assim, que não pertenciam ao maxilar encontrado não sendo também compatíveis com o crânio.
Neanderthal e Cro-Magnon
Perto de Düsseldorf, corre o Rio Düssel por uma garganta chamada a Garganta de Neanderthal. Numa das margens, num paredão calcário, foram achados uns ossos, e nova controvérsia começou a ser travada, agora, sobre o chamado Homem de Neanderthal. Esse teria sido o primeiro homem de verdade, no sentido técnico da palavra, a habitar a parte noroeste do Velho Mundo. Posteriormente, diz-se, apareceu o Homem de Cro-Magnon, pertencente à mesma espécie que os vários homens de hoje. Belamente formado, tinha o cérebro grande, possuindo as qualificações essenciais para a civilização. Originário da Ásia, durante milhares de anos esse tipo permaneceu como senhor da Europa, criando uma cultura que, tendo-se em vista a época e as oportunidades de que dispunham, foi notável.
Colocamos os dois juntos, propositadamente, pois as avaliações feitas de ambos com suas modernas contrapartes, têm gerado alguma confusão. Não é correto comparar o crânio do moderno europeu com o do achado de Neanderthal. Eles possuem características raciais diferentes. O europeu de hoje, com a testa relativamente reta, e um queixo saliente, sem prognatismo, deve ser comparado com a raça fóssil do CroMagnon, possuidora das mesmas características. Ao fazermos isso, verificaremos que os povos de CroMagnon eram mais altos e de melhor compleição.
Os crânios fossilizados de Neanderthal deveriam ser comparados com sua moderna contraparte, aos sertanejos australianos. Nesse caso, verifica-se que o Homem de Neanderthal, com a mesma arcada supra-orbital acentuada e maxilares projetados para frente, tinha uma caixa craniana maior do que os aborígenes australianos vivos.
No local onde foram encontrados os restos de Neanderthal, os escavadores se depararam com uma superfície dura, que parecia ser o chão da caverna. Após ultrapassá-lo, a uma profundidade de dois metros e meio, acharam fragmentos de um crânio moderno. Segundo a revista Harparis, “os neanderthalenses não eram tolhidos no desenvolvimento, encurvados, nem brutais, conforme se afirmava. Muitos deles sofriam artrite”.
Quando pela primeira vez essas pessoas de baixa estatura, atarracadas, foram descobertas, o Dr. Boule escolheu um crânio e um esqueleto como típicos de todos os cavernícolas de Neanderthal. O fato, no entanto, é que o esqueleto de Chapple-aux-Saints está longe de cumprir tal propósito. Na realidade, ele é a estrutura óssea de um velho doente, curvado pela idade. Seu maxilar está perfurado por alguma doença ulcerosa.
Hoje, está demonstrado que houve exagero nas pretendidas características simiescas dos fósseis. Alguns com reconstruções diferentes para um mesmo achado, como é o caso do Zinjantropus, que é representado por três tipos diferentes baseados nas teorias concebidas pelos autores.
Como é possível observar, são várias as falhas encontradas na Teoria da Evolução.
Evidentemente, tanto o evolucionismo como o criacionismo exigem fé. Para o criacionismo, “fé é a certeza das coisas que se esperam e a convicção dos fatos que se não vêem” (Heb. 11:1).
Crer em felizes acasos exige mais fé do que acreditar em Deus. Nem por isso é pequeno o número dos que defendem o darwinismo. Evangelizá-los é um desafio para nós.
Por outro lado a juventude de nossa igreja deve ser alicerçada no “assim diz o Senhor”, a fim de que não seja levada de roldão pela dúvida. Proclamemos, pois, com sabedoria, vigor e entusiasmo a mensagem apocalíptica: “Temei a Deus e dai-Lhe glória … E adorai Aquele que fez o Céu, a Terra e o mar, e as fontes das águas.” (Apoc. 14:7).