Ao ascender ao Céu, Jesus tinha em mente apenas um meio para que o mundo inteiro conhecesse o Seu amor redentor e o Seu poder transformador: a pregação do evangelho. Essa tarefa deveria ter a participação direta de cada crente. “Portanto, ide”, disse Ele, “fazei discípulos…” E ainda: “Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis Minhas testemunhas…” “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, então virá o fim.”

É interessante notar que os discípulos primeiramente estiveram relacionados com Cristo, dEle aprendendo, recebendo Seu poder, a fim de estarem capacitados para relacionar-se evangelisticamente com outras pessoas. De igual forma, hoje, a vida de um cristão deveria ser uma “boa nova”, antes de que ele pudesse compartilhar as “boas novas”.

No capítulo 13 do Evangelho de Mateus, encontramos esse assunto narrado de maneira muito clara. Na parábola do semeador, a semente é a mensagem (Mat. 13:19). Ela tem dificuldade para produzir frutos, em virtude das circunstâncias adversas do terreno; mas a se- mente que cai em terra boa produz frutos abundantes. Qual a razão disso?

A segunda parábola, a do joio, contém a resposta para essa indagação. Nessa parábola, a semente refere-se aos crentes (Mat. 13:38). Noutras palavras, os que respondem positiva­ mente à semente (mensagem) na primeira parábola, transformam-se em semente na segunda parábola.

Segundo tal perspectiva, evangelismo significa expressar o que Deus realizou em minha vida, e a maneira como isso aconteceu. Evangelismo não é simplesmente uma atividade especial limitada a um determinado tempo. Evangelismo é um estilo de vida. É a demonstra­ção do que Cristo faz através de Seus filhos, quando eles se envolvem em proclamar, ensinar e servir.

Por que então quando apresentamos cursos de treinamento evangelístico, mostramo-nos mais preocupados em ensinar ao povo como dizer a mensagem, em lugar de ensinar-lhes a ser a mensagem?

Nisso devemos refletir.

Alejandro Bullón.