O crescimento da Igreja é registrado cuidadosa e continuamente no livro de Atos. E sempre que se tenta explicá-lo, como um dos métodos para salvar pecadores, recorre-se a Lucas em seu minucioso e interessante documento tão rico de testemunhos dos primitivos cristãos. Seu estilo é reconhecido como de confiança, pois foi de uma performance técnica sem precedentes (Luc. 1:1 a 4).
Ademais, em se tratando de elaborar um conjunto de idéias que pudesse expressar esse raciocínio de crescimento, Lucas usa expressões que não deixam dúvidas sobre seu propósito de passar para a História como o maior cronista do avanço da Igreja primitiva, e lembrar aos seus leitores o cumprimento da promessa do Espírito Santo. Ora o historiador fala da conversão de “alguns” (Atos 17:3 e 34), ora da conversão de “muitos” (9:42; 11:21; 13:43), ou, ainda, a expressão “muita gente” (11:24; 19:26). As palavras “multidão de crentes” (Atos 5:14), “numerosa multidão” (17:4), “grande multidão” (14:1) e “multidões” (8:6) ocorrem algumas vezes.
Lucas se mostra cuidadoso com os números, quando usa a palavra “quase” para falar dos acréscimos: “quase três mil pessoas” (Atos 2:41), ou “quase cinco mil” (4:4). Ao mesmo tempo, não se atemorizava ao mencionar a conversão de “dezenas de milhares” de judeus (Atos 21:20), nem a conversão de “todos os habitantes de Lídia e Sarona” ou a conversão da “população inteira” (Atos 9:35).
De todas essas observações, conclui-se que a preocupação com o crescimento numérico da Igreja, por razões nobres, como a salvação de pecadores e a expansão do reino de Deus, não é pecaminosa. Essa mesma preocupação é encontrada no maior de todos os missionários, depois de Jesus: “Sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível.” (I Cor. 9:19). Não se pode dizer o mesmo, porém, se a motivação pelo crescimento da Igreja é exclusivamente para a promoção humana e denominacional. Muito embora, isso também efetive de algum modo o crescimento (Fil. 1:15 a 18).
Em apenas 30 anos de missão, a Igreja cresceu a ponto de alcançar os mais importantes centros populosos do mundo de então, e neles se estabeleceu. Foi a obra missionária mais bem-sucedida da História, quanto à rapidez, à qualidade, o volume e a extensão geográfica. Numa época em que não havia aparelhos de amplificação de som, nem jornais, nem emissoras de rádio e televisão, nem telefone, telex, fax, nem gráfica, xerox ou computadores.
Numa época em que só havia transporte marítimo, navios vagarosos e inseguros que dependiam do vento, das estrelas e das boas estações. E o transporte terrestre mais moderno era um carro puxado a cavalo. No entanto, apesar da precariedade de todos esses elementos, algo parecia estar bem presente na vida da Igreja primitiva, o que toma nosso envolvimento missionário nesses tempos de modernidade e tecnologia de ponta, uma catástrofe.
Apesar das dificuldades, a Igreja, nos 30 anos seguidos ao Pentecostes, e orientada pelo Espírito, estabeleceu-se na capital do judaísmo, Jerusalém; na capital da magia, Éfeso; na capital do prazer, Corinto; na capital do helenismo, Atenas; e na capital do império, Roma.
Em Éfeso, na Ásia Menor, havia 300 mil habitantes; em Corinto, na Acaia, havia 500 mil; em Atenas, Grécia, havia 250 mil; e em Roma, na Itália, quase um milhão de habitantes. Roma está a 200 quilômetros de Jerusalém, em linha reta. E a população de todo o Império nesta época inaugural e áurea das missões cristãs era de 54 milhões de habitantes.
No século passado, os ingleses se orgulhavam de pertencer a um império no qual o sol não se punha. Era uma realidade de domínio sem precedentes na história das nações modernas. A Igreja do primeiro século caminhara para um tal crescimento geográfico pelo poder do Espírito Santo.
No entanto, qual a diferença do crescimento experimentado naquele tempo com o de hoje? Havia uma diferença. Alguns consideram o crescimento da Igreja primitiva como um crescimento horizontal e não vertical, tentando explicar que ela estava mais interessada com o número de igrejas e não com o número de membros. O objetivo era construir-se um imenso tapete e não uma imensa torre.
Seria esse o propósito do Espírito Santo ao permitir tal crescimento, ensinando-nos uma lição para a nossa Missão Global? Não seria uma estratégia poderosa para expandir nossa geografia eclesiástica? Ás regiões alcançadas seriam costuradas entre si até que o tapete cobrisse toda a face da Terra.
Essa era a vontade de Deus desde o Velho Testamento, no chamado a Abraão e aos profetas. Abraão e seus descendentes foram escolhidos e chamados para serem uma bênção para “todas as famílias da Terra” (Gên 18:18; 22:18; 26:4), “todos os confins da Terra” (Salmo 67:1 a 7), para todos os termos da Terra” (Isaías 45:22). Era preciso levar o recado de que Deus é um só “até ao nascente do sol e até ao poente” (Isaías 45:5 e 6), “até a extremidade da Terra” (Isaías 49:6), “para os que estão longe e para os que estão perto” (Isaías 57:19), de modo que a Terra se encha do conhecimento do Senhor “como as águas cobrem o mar” (Isaías 11:9; Hab. 2:14). Ao enunciar a grande comissão, o Senhor Jesus mesmo deixou bem clara a idéia do tapete, ao ordenar o anúncio do evangelho a “todas as nações” (Mar. 16:15), “tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da Terra” (Atos 1:8).
O mais conhecido e propagado versículo da Bíblia, João 3:16, afirma que “Deus amou ao mundo”, e não parte dele. Desde o momento em que o véu do templo se rasgou, Jesus é a propiciação não somente pelos nossos próprios pecados, “mas ainda pelos do mundo inteiro” (I João 2:1 e 2). Não é à toa, pois, que o primeiro grande anúncio das grandezas de Deus tenha sido feito em várias línguas, e ouvido por um público proveniente “de todas as nações debaixo do sol” (Atos 2:5 a 13).
A relação dos povos, feita por Lucas, inclui asiáticos, africanos, europeus, começa no Oriente, termina no Ocidente, e coloca a Judéia mais ou menos no meio. No dia de Pentecostes, o Espírito começou a construir o maior e mais belo tapete do mundo. E cobriría a extensão da Terra com as boas-novas de salvação.
Quando a igreja de Jerusalém já estava se transformando numa superigreja, já com cinco mil membros, levantou-se grande perseguição contra ela e “todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria” (Atos 8:1). Se, por um lado, a perseguição desestimula a igreja vertical, das grandes torres; por outro, é responsável pelo tapete missionário da igreja horizontal. A perseguição foi o instrumento adequado para impedir que a Igreja ficasse só em Jerusalém, mas se espalhasse por toda a “Judéia e Samaria, até os confins da Terra” conforme os planos do Espírito Santo.
Não foi essa a única vez em que, pela intervenção divina, Sua vontade foi executada de maneira soberana. No passado, após o Dilúvio, Ele usou a confusão lingüística (Gên. 11:1 a 9). Em ambos os casos há um lugar comum: os homens desejariam ficar num mesmo lugar, criando uma megacidade, e noutro, uma megaigreja. Deus queria, no entanto, que enchessem a Terra com Sua mensagem. Tanto em Babel, como em Jerusalém, a torre não se completou.
Com a perseguição à Igreja, uma multidão de crentes foi espalhada pela Judéia e Samaria, cumprindo o dito do Senhor, chegando até a Fenícia, Chipre e Antioquia. E os que estavam dispersos “iam por toda a parte pregando a Palavra” (Atos 8:4; 11:19 e 20). Foi uma dispersão e não uma debandada. Na dispersão, por mais dolorosa que tenha sido, cumpriram-se os propósitos de Deus. Numa debandada, entretanto evidencia-se o resultado da incoerência humana na execução dos projetos divinos, como foi o caso de Teudas e seus 400 discípulos, e de Judas, não o Iscariotes (Atos 5:36 e 37). A bem da verdade, os dispersos anunciavam a Palavra apenas aos judeus, deixando de lado os gentios. Alguns mais ousados, contudo, falavam aos gregos, pelo que a “mão do Senhor estava com eles, e muitos, crendo, se converteram ao Senhor” (Atos ll:19 e 21).
A Igreja em Atos cresceu em ambiente de forte perseguição, manifestada de várias formas e em muitas ocasiões. Em forma de “ameaças” (Atos 4:17 e 29; 9:1), “açoites” (Atos 5:40; 16:22), “espancamentos” (Atos 21:32), “prisões” (Atos 4:1; 5:18), “apedrejamento” (Atos 7:58), e “mortes” (Atos 7:54 a 60). Muitos tiveram que testemunhar sob tortura. Saulo usou esse instrumento diabólico de persuasão, pois isso era comum nos dias dos apóstolos (Atos 26:11). A perseguição era de todos os lados. Ora partia dos judeus (Atos 4:1; 5:17; 13:45), ora vinha da autoridade civil (Atos 12:1 e 2). Herodes, por exemplo, mandou “prender alguns da igreja para maltratar” (Atos 12:1).
Não poucas vezes a perseguição era movida por pessoas que se viam economicamente prejudicadas pelo anúncio e progresso do evangelho. É o caso daqueles homens que se viram sem o lucro de sua empresa, ao ser curada uma jovem possessa de espírito adivinhador que lhes dava muito rendimento (Atos 16:16 a 26). É também o caso do sindicato dos ourives de Éfeso, que temia uma queda na venda dos nichos da deusa Diana dos efésios, só porque Paulo pregava o óbvio: “Não são deuses os que são feitos por mãos humanas” (Atos 19:23 a 40).
A igreja de Atos passou pelo teste do sofrimento. Não esteve isenta dos percalços. Sofreu muito com escândalos como o de Ananias e Safira. Como resultado de um crescimento fora do controle humano, demasiado serviço e acúmulo de afazeres, generalizou-se um problema de discriminação entre judeus e os “quase” judeus. A discriminação incomodou a tal ponto, trazendo humilhação, sofrimento, injustiça, tristeza, ressentimento, queixa e murmuração (Atos 6:1 a 6). Se o assunto não fosse tratado com sabedoria e rapidez, quem sabe, a crise seria levada às conseqüências até de um cisma prematuro.
Houve falsas conversões, como batismos indevidos e apressados. Simão, o mago, não era digno do batismo cristão, mas Filipe não conseguiu enxergar a iniqüidade escondida no interior daquele homem espalhafatoso e o batizou (Atos 8:9 a 24). Houve fracasso missionário. João Marcos não estava preparado para enfrentar o batente com as privações da vida missionária, e retomou ao seu país de origem, causando não pequeno descontentamento entre os líderes. Alguns eram como os fariseus que corriam o mundo inteiro para fazer um prosélito e tomá-lo pior do que o infiel.
Houve também atividade contra-missionária, quando indivíduos trilharam o mesmo itinerário dos verdadeiros missionários, para acrescentar usos e costumes já peremptos do judaísmo tradicional aos novos crentes (Atosl5:l e 24). Houve desavença entre missionários cheios do Espírito, de tal natureza que tiveram de separar-se (13:36 a 41).
Noutra ocasião, um acidente em Trôade, muito grave, que a mídia sensacionalista de hoje exploraria bastante, Paulo prolongou a pregação até tarde da noite, e um dos ouvintes sentado no parapeito da janela, dormiu profusamente, caiu e morreu. Sendo menor, a situação ficaria delicada ainda mais para a Igreja. O que aconteceu em seguida, denota a profunda realidade em que vivia a Igreja apostólica, de um carismatismo fora de qualquer suspeita. Ainda a acrescentar a presença de lobos vorazes que dizimavam o rebanho, introduzindo doutrinas falsas, e outros que, de fora, tentavam destruir a obra de Deus por motivos inconfessáveis (Atos 20:29 e 30). A Igreja crescia e todo o seu mobilismo tenderia a acrescentar ainda mais os que deveriam ser salvos (Atos 2:47).
Quantidade e qualidade
O crescimento da Igreja, no livro de Atos, é entendido em duas frentes: qualitativa e quantitativa. Havia uma preocupação maior com o espiritual, acima do numérico. Isso não significa que medir o crescimento da Igreja em número seja algo abjetável, mas que tem o seu devido lugar. O corpo humano, para usar uma metáfora comum, cresce na mesma rapidez em que suas células se multiplicam. A estratégia apostólica dirigida pelo Espírito Santo, era semelhante a esse fenômeno. A ênfase no crescimento espiritual, interior, tomara o crescimento exterior mais seguro e fortalecido em sua duradoura experiência. Era uma estratégia que poderia ser usada hoje com muito resultado no crescimento. Os novos membros precisavam de arrependimento (Atos 2:38), conversão (3:19) e fé em Jesus (2:44). Só então eram batizados. E, uma vez batizados, eram revisitados (14:21 e 22) e exortados a permanecerem firmes na fé.
Eram organizados em igrejas locais e colocados sob os cuidados de presbíteros e diáconos, eleitos pela própria comunidade (Atos 14:23). Por meio de cartas pastorais, os novos crentes eram admoestados, animados e corrigidos, encorajados e disciplinados, e doutrinados na fé que abraçaram.
Além das cartas conhecidas de Paulo, João, Pedro, Tiago, e das sete cartas às igrejas da Ásia Menor, outras não canônicas circulavam entre as igrejas (Col. 4:16). Essas cartas apelavam dramaticamente em favor de uma nova vida cheia do Espírito e de frutos. Elas tratam de todos os desvios de comportamento, e de fé na esperança de conduzir toda a Igreja à plenitude de Deus. Falam de sexo, inveja, ira, briga, juízo temerário, murmuração, amor ao dinheiro, ação social, humildade, deveres pátrios, família e tudo o mais. A soma de todas essas providências tinha o único objetivo de elevar o nível espiritual da Igreja.
Ministério da graça
Não haveria nada para contar no primeiro volume da História da Igreja se antes não tivesse havido um colossal derramamento da graça de Deus. Não haveria nenhuma boa-nova para anunciar e nenhuma alteração na rotina da História se a graça não fosse matéria de fato. A graça antecede à descida do Espírito Santo. Ela foi introduzida entre nós, no cenário humano, quando o “Verbo Se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (João 1:14). Todos estavam convencidos de que “a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (João 1:17). É a mais importante idéia do Novo Testamento em relação à salvação da humanidade. “Onde abundou o pecado superabundou a graça” (Rom.5:20), não em virtude de algum mérito humano, mas pelo maravilhoso amor de Deus revelado na pessoa de Jesus Cristo.
No primeiro concilio da história da Igreja, Pedro deixou bem claro o fundamento da graça. “Nós cremos e somos salvos pela graça do Senhor Jesus, do mesmo modo que eles, os gentios” (Atos 15:11). Paulo se refere aos eventos do livro de Atos quando lembra a Tito que “a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tito 2:11) e que pela fé temos acesso a essa graça (Efés. 2:8).
A graça de Deus foi derramada a todos os homens e mulheres, a fim de reuni-los sob o estandarte da verdade e proclamar com estrepitoso estrondo o amor de Deus que redime. Jesus havia transmitido aos Seus ouvintes as insondáveis dimensões da graça salvadora, ao demonstrar a atitude daquele pai apaixonado pelo filho que retoma e é recebido com abraços, beijos, roupa nova, anel no dedo, sandálias nos pés, bezerro cevado, música, dança e muita alegria; não obstante todas as loucuras anteriormente cometidas. O crescimento da Igreja se faz através da volta dos filhos pródigos, e somente é possível por causa do sucesso derramado abundantemente por Deus, por meio de Jesus Cristo.
Aprendizes
Não há como duvidar da pertinácia da vontade de Jesus em ver Sua Igreja crescer. Ele demonstrou isso de tal forma, que Sua estratégia com os apóstolos foi prepará-los a fim de se encontrar de frente com o crescimento a partir do Pentecostes. A razão é porque Sua estratégia, embora de poucos anos e com pessoas não tão bem preparadas, deveria suportar o convívio diário da labuta missionária. Eram homens que nunca haviam pensado em ministério religioso. Não conheciam nem a mente de Deus nem a psicologia humana. Nada de Teologia, pior ainda de Missiologia. Seus defeitos pessoais eram tantos que qualquer, como mestre, teria desanimado no primeiro momento.
O Mestre dos mestres, entretanto, mostrou-se digno do título e Se tomou um treinador de sucesso destes homens que abalaram o mundo e transtornaram as ideologias do seu tempo. O segredo do sucesso de Jesus como treinador de pescadores de homens veio através das seguintes providências:
1. Convivência. Jesus os designou para estarem com Ele. (Mar. 3:14). Eles estavam sempre com o Senhor, nas viagens, nas curas e nos milagres, nos discursos, nas conversas, nos atritos, na canseira, na hospedagem, nas refeições e nas orações. O contato foi tanto que mais tarde o próprio Sinédrio reconheceu que Pedro e João “haviam estado com Jesus”. (Atos 4:13).
2. Estágio. Os Evangelhos dizem que “chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois a dois” (Mat. 6:7), a “pregar o reino de Deus e a curar os enfermos” (Luc. 9:2). Essas coisas só se aprende fazendo.
3. Correção. Qualquer erro de interpretação, de conduta ou de reação cometido pelos discípulos, era imediatamente corrigido pelo Mestre. “Por que sois assim tão tímidos? Como é que não tendes fé?” (Mar. 4:40).
4. Assimilação. Jesus deu aos apóstolos a capacidade de pouco a pouco se apropriarem de Sua divindade, autoridade, idéias e sentimentos. Graças a esse processo de aprendizagem, Pedro e João, diante do Sinédrio, declararam: “Nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (Atos 4:30). Em suas epístolas, ambos insistem no fato de que o ensino deles está baseado naquilo de que eles foram testemunhas vivas, daquilo que viram, ouviram e apalparam com suas mãos.
Devido aos fatos relatados até aqui, todo crente que tem o privilégio de sentar-se nos bancos de uma igreja, como seu membro regular, tem a responsabilidade de se tomar um discípulo de Jesus, submetendo-se aos Seus ensinos, tais como se encontram na Bíblia. Aprender do maior de todos os mestres é escrever novamente o livro de Atos, na vida da Igreja desses tempos modernos. Estamos aqui, na verdade, para transtornar o mundo com a loucura da pregação (Atos 17:6). O sucesso dos apóstolos está no fato de terem anunciado o evangelho em todos os lugares. Eles alcançaram o mundo todo, de acordo com o programa traçado por Jesus. Trabalharam intensamente, “todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e anunciar Jesus o Cristo” (Atos 5:42). Eles foram bem-sucedidos com a elite poderosa de seu tempo: o comandante do regimento italiano (Atos 10:1 a 18), o governador de Chipre (13:4 a 12), senhoras da alta sociedade de Tessalônica (17:1 a 13), a proprietária de uma boutique em Filipos (16:11 a 15), filósofos epicureus e estóicos de Atenas (17:16 a 34). o chefe da sinagoga de Corinto (18:5 a 11), os governadores Fé-lix e Festo, e o rei Agripa (25:1 a 12, 33; 26:2), o governador de Malta (28:1 a 10), e o Sinédrio judaico (4:5 a 22); 5:17 a 42; 6:12 a 60; 22:30 a 23:10).
Os apóstolos romperam todas as barreiras geográficas, étnicas e sociais. Pregaram o evangelho tanto “em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria”. Persuadiram a judeus e gregos. Testemunharam de Cristo a grandes e pequenos. Por isso o crescimento da Igreja se tomou a salvação para o mundo. A estratégia na mente de Deus e nas mãos dos apóstolos, que se tomou o sucesso de crescimento para o mundo inteiro, cumprindo-se o “Ide” divino.