Depois de termos visto as características de líderes confiáveis, vamos considerar as qualidades de uma organização confiável. Ei-las:
Líderes ativos. Visão de liderança, tan-to na definição da missão como na busca dos objetivos é vital. Os liderados jamais vão acima dos líderes, nesses aspectos. Líderes sábios são sempre conscientes do papel que os coloca na vanguarda das funções organizacionais para representar, recomendar e reafirmar o progresso.
Objetivos claros. Pode cada membro da equipe compreender e explicar clara-mente a missão da organização? Podem eles descrever suscintamente o que deles se espera? Podem aqueles que estão na linha de frente compreender todos os negócios da organização? Estão eles tão com-prometidos com sua missão, como os administradores? Se não, a grande questão é descobrir onde a liderança falhou, e não onde os liderados falharam.
Consonância de valores. Refletem os valores da organização os mesmos da denominação? Existe dissonância entre o que diz a declaração de missão e a maneira como o trabalho é conduzido? Os princípios escriturísticos devem ser o referencial no processo de tomar decisões; não a conveniência e a esperteza. As pessoas que interagem com ela têm de reconhecê-la como uma entidade espiritual.
Democracia. Busca a organização um consenso harmonioso ou simplesmente quer ganhar um voto? As decisões são tomadas através de um processo de discussão saudável, oração e respeito pelas opiniões alheias? Uma organização confiável terá estabelecido que o processo é tão importante quanto o produto. Os servidores que estão esperando para apoiar e implementar as decisões tomadas, precisam comprovar isso.
Espírito de cooperação. A conquista, a longo prazo, da missão é mais importante para uma organização confiável do que a consecução, a curto prazo, dos seus alvos. Embora não haja nada mau nos alvos em si mesmos, os membros da equipe são melhor motivados pela participação cooperativa em busca de objetivos comuns, em vez de constantes comparações com outros obreiros. Muitos de nós agimos mais como concorrentes do que como colegas; e a liderança leiga acaba refletindo esse comportamento.
Reconhece a iniciativa. Uma organização confiável reconhece a contribuição dos indivíduos cujo serviço pode parecer ordinário ou desprezível. A mecânica que mantém a máquina não é menos vital que o capitão que faz o roteiro do navio. A mão no ombro do servidor, uma palavra de apreço por um trabalho bem feito, ou um sincero “muito obrigado” por algum trabalho extra, são gestos que motivam muito mais do que enaltecimento público. Um bondoso reconhecimento é mais motivador do que pagamento integral.
Gratificação justa. Segundo as Escrituras, daqueles aos quais muito foi confia-do muito é esperado. Cristo usou parábolas sobre recompensa para diferentes níveis de desempenho. Em geral, nossos métodos de recompensa financeira mais produzem mediocridade do que encorajam a excelência. Ninguém deve querer enriquecer às custas da missão; mas também não deve ser encorajado à preguiça devido a uma remuneração abaixo de seu desempenho.
Incentiva à criatividade. Quanto mais a liderança inspirar os membros de sua equipe a explorar seus talentos, inteligência, idéias, e outros recursos, melhor para a missão. As organizações que correm riscos e provêm um ambiente onde as iniciativas ousadas podem ser tentadas, verão crescer a criatividade em áreas consideradas adormecidas. Uma organização confiável não teme errar enquanto luta por objetivos louváveis, encorajando novas idéias, novos métodos e novas aventuras.
Liderança acessível. Líderes sábios estão facilmente disponíveis aos membros de sua equipe, especialmente aqueles que esperam implementar os programas da organização. Na verdade, a visão é mais facilmente captada pela associação com a liderança do que apreendida através de memorandos e editais.
Valoriza os dons. Sabemos que nem todos têm os mesmos dons, nem o mesmo quociente de criatividade. Mas a tentação comum é desvalorizar as pessoas cujos dons diferem dos nossos e supervalorizar aquelas que se parecem conosco. Cada membro da equipe deve ser valorizado por seus dons específicos que contribuem para o avanço da Causa de Deus, dentro dos papéis que lhes foram designados.
Sabe avaliar. Em vez de ser temida, a avaliação clara, aberta e interativa, motiva a equipe para servir melhor. Uma avaliação efetiva está baseada em critérios predeterminados para medir o desempenho e utilizar as lições do passado na construção do futuro. Pouquíssimos obreiros ficarão ressentidos, ao serem avaliados, se participarem no estabelecimento dos critérios pelos quais serão medidos.
Focaliza o futuro. Finalmente, uma organização confiável está mais interessada no amanhã do que no hoje. Tem um aguçado senso de história que afirma a liderança divina no passado e antecipa a vi-tória final. Gasta pouca energia para man-ter o status quo. Possui uma firme com-preensão do crescimento potencial do reino de Deus. Seus planos, pensamentos, orações e programas são intencionalmente direcionados para o triunfo do amor de Deus.
– James Cress.