Os dias atuais, os últimos e os mais difíceis da nossa História, exigem um ministério pastoral de alto nível, poderoso. Temos de ser os líderes espirituais descritos nestas palavras:
“A causa de Deus encontra-se, neste tempo, em necessidade de homens e mulheres possuidores de raras qualidades e boas aptidões administrativas; … que observem paciente e inteiramente as necessidades da obra nos vários campos; que sejam dotados de grande capacidade de trabalho; que possuam coração fervoroso e bondoso, tranqüilidade, bom senso, juízo imparcial; que sejam santificados pelo Espírito de Deus, e possam dizer destemidamente Não, ou Sim, ou Amém, aos planos propostos; que tenham fortes convicções, entendimento claro, e coração puro e compassivo; que ponham em prática as palavras: ‘Todos vós sois irmãos’ (Mat. 23:8); que se esforcem por erguer e restaurar a humanidade caída.” — Obreiros Evangélicos, págs. 424 e 425.
Entre as “raras qualidades” dos líderes da Igreja do século 21, empenhada na missão de tornar o evangelho relevante para o mundo pós-moderno, podemos enumerar as seguintes:
Ambição. Em si mesma, a ambição não é boa nem má; as motivações é que podem ser erradas. A ambição mal-sã é motivada pelo desejo de gratificação do eu, ânsia de exercer poder, e busca de enriquecimento pessoal. A ambição sadia busca a excelência no desenvolvimento dos dons recebidos, para dar o melhor testemunho, tendo em vista a glória de Deus.
Bom relacionamento. Inteligência emocional é um conceito moderno segundo o qual por mais qualificado que seja um profissional, estará em desvantagem se não relacionar-se bem com as pessoas. Uma das marcas de Daniel era seu “espírito excelente” (Dan. 6:3). Por isso, destacou-se nas cortes babilônica e medo-persa, sem recuar um milímetro em sua fidelidade a Deus e sem entrar no jogo da oposição.
Pureza de coração (Mat. 5:8). Nesse texto, pureza significa lealdade, isenção de orgulho e egoísmo; é humildade, abnegação, autenticidade, simplicidade, sinceridade. Os puros de coração possuem a graça da transparência. Nada têm a esconder. Como as superfícies inoxidáveis, entram em contato com a impureza, mas não se contaminam. Levam o Céu no coração.
Serviço. Jesus foi claro ao estabelecer a diferença entre os princípios de liderança mundana e os de Seu reino: “Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mat. 20:25-28).
Este modelo de liderança é o tema desta edição de Ministério.
Zinaldo A. Santos