É tempo de fazer um inventário do que é realmente importante em nossa vida

Computadores, papéis, impressoras, telefone, escrivaninha, lucro ou perda, tudo isso faz parte, entre outras coisas, da vida empresarial. Por causa da importância delas, administradores e gerentes normalmente fazem inventário, o que significa que avaliação constante é um procedimento vital.

Estou sugerindo aos meus colegas de ministério que o Dia do Pastor, que acontece no último sábado deste bimestre, é uma boa ocasião para fazermos um inventário, não de coisas materiais como equipamentos, livros, resultados do trabalho e outros itens, mas uma avaliação do que é realmente importante em nossa vida. Normalmente, somos chamados a ajudar outras pessoas nessa questão, mas estou sugerindo que façamos isso com nós mesmos. Aqui estão quatro idéias que, acredito, são necessárias para um inventário de nossa vida:

Meu desenvolvimento espiritual. Em nossa pregação, visitação de membros, em nosso evangelismo, nosso aconselhamento pastoral e outras atividades ministeriais, enfatizamos sempre a importância de desenvolvimento espiritual. Que podemos dizer a respeito do nosso próprio desenvolvimento nessa área?

Como estamos cultivando nosso crescimento espiritual? Reservar tempo para estudo da Bíblia e oração é absolutamente fundamental. Durante o ano passado, pude ser abençoado pela leitura de As Promessas de Deus, do Pastor H. M. S. Richards. E, neste ano, comecei tudo novamente. Qual é a sua experiência? Que programa você está seguindo em busca de seu crescimento espiritual?

Meu compromisso com o pastorado. Ano passado, tive o privilégio de conduzir uma campanha evangelística em Ri-jeka, Croácia. Os membros da igreja estavam bem organizados para ajudar, e apoiaram com entusiasmo a programação. Sete jovens pastores serviram como obreiros bíblicos; o mais velho tinha 33 anos e o mais jovem, 24. O mais experiente tinha três anos de ministério e o menos experiente, dois meses. Mas a visão e o entusiasmo daquele grupo foram enco-rajadores. E quanto a nós? Como medimos o compromisso com nossa vocação?

Calvin B. Rock escreveu: “Normalmente começamos nossa carreira com entusiástica convicção a respeito dos dons pastorais que nos foram outorgados pelo Espírito Santo.” Porém, depois de servir durante certo período, alguns de nós perdemos a paixão inicial. Como recuperá-la? Quer você se mantenha entusiasmado ou esteja desanimado, não negligencie a comunhão com Deus. Além disso, faz bem gastar tempo com um colega que tenha uma experiência pastoral positiva. Partilhe com ele seus desafios, alegrias e visão do ministério. Estou certo de que ambos serão abençoados.

Minha família. Todos nós temos uma família – pais, esposa, filhos, tios, sobrinhos. Entretanto, em nosso corre-corre, às vezes, a ignoramos, embora nunca devêssemos fazê-lo. Deus não espera que focalizemos sobre as necessidades de outras pessoas em detrimento dos nossos familiares. Temos que desenvolver um equilíbrio saudável que nos permita cumprir nosso ministério sem descuidar da família. Sim, haverá emergências que nos farão adiar compromissos familiares, mas só as emergências realmente inadiáveis deveriam ter esse direito sobre nós. Provavelmente temos descumprido mais promessas feitas à nossa família que a outros grupos.

“Eu gostaria de ter gasto menos tempo com minha família.” Nunca ouvi esse lamento de pastores, ao refletirem sobre o passado. Porém, um dos meus grandes amigos, pastor jubilado, refletindo sobre os anos de atividade, falou-me que, se pudesse começar tudo de novo, gastaria mais tempo com os familiares. E ele foi alguém que, em minha avaliação, não os negligenciava.

Meu tempo. Não somos senhores do tempo, mas podemos determinar como usar o tempo de que dispomos. Freqüentemente, os pastores se queixam de falta de tempo. Mas, talvez, o maior desafio seja planejar seu uso. Se não planejarmos cuidadosamente o uso das horas de cada dia, muitos indivíduos ou projetos roubarão porções preciosas do nosso tempo. Vamos determinar o que é mais importante e, assim, seremos ajudados a utilizar melhor o limitado tempo à nossa disposição.

Que tal seu inventário? Certamente, ele não é igual ao dos empresários seculares, e pode nem ser igual ao de um colega de ministério. Mas, você tem um inventário que é importante em sua vida e seu pastorado. Não ignore isso.

Nikolaus Satelmajer, editor de Ministry