Para Deus, nada existe mais precioso na Terra que Sua igreja. As Escrituras a ela se referem utilizando imagens variadas, belas e significativas. Paulo a identifica como “coluna e baluarte da verdade” (I Tim. 3:15). Aos Coríntios, ele externou seu desejo de que a comunidade cristã ali sediada fosse apresentada “como virgem pura a um só esposo, que é Cristo” (II Cor. 11:2). De acordo com Zacarias, “eles [o povo de Deus] são pedras de uma coroa, e resplandecem na terra dEle” (Zac. 9:16). E mais: “…aquele que tocar em vós toca na menina do Seu olho” (Zac. 2:8). E Ellen White assegura: “A igreja, débil e defeituosa, precisando ser repreendida, advertida e aconselhada, é o único objeto na Terra ao qual Cristo confere Sua suprema consideração.” – Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 355.
Outras imagens, também mencionadas pelo apóstolo Paulo, adicionam a esses privilégios a razão de existir da igreja. A primeira é a imagem do corpo formado de muitos membros articulados, coordenados e em pleno funcionamento (I Cor. 12:12-31). A segunda é a de um edifício vivo e que cresce (Efés. 2:19-21). “Quando Paulo fala da igreja como um corpo”, opina Ray Stedman, “deixa claro que ninguém se reúne a esse corpo a não ser por um novo nascimento, através da fé em Jesus Cristo. Não há outro caminho que leve a Seu corpo. Uma vez que alguém se tornou membro desse corpo, tem uma contribuição a fazer.” No caso do edifício, todo cristão é um tijolo acrescentado a esse edifício, uma pedra viva, parte vital do grande templo que o Espírito Santo está construindo como residência de Deus.
De acordo com o contexto das passagens bíblicas que emolduram tais imagens, o pano de fundo no qual elas são pintadas é o de uma igreja viva destinada a expandir-se, crescer. A idéia de expansão da igreja está presente em toda a Bíblia. Os salmos cantam o louvor e a salvação de Deus até às “extremidades da Terra”, até aos “confins da Terra” (Sal. 2:8; 65:8). Em Isaías, o Deus “que congrega os dispersos de Israel” fala “aos estrangeiros que se chegam” a Ele, O aceitam e são integrados ao Seu povo que deve formar “uma casa de oração para todos os povos” (Isa. 56:6-8).
O que o Antigo Testamento preconiza em termos de crescimento da igreja é confirmado no Novo Testamento. Aí encontramos o amor de Deus direcionado ao “mundo”, a “todo aquele que crê” (João 3:16), a menção de ovelhas desgarradas que devem ser encaminhadas ao aprisco do Bom Pastor (João 10:16) e o mandato de Cristo à igreja (Mat. 28:19). O conceito de crescimento estava presente no ensino de Jesus, ao Ele falar de quantidade (Mat. 13:17-14:8), colheita (João 4:35), produção de frutos (João 15:5 e 8), busca de pessoas (Luc. 15:21-24), entre outras figuras. Sendo Ele a Luz do mundo, estabeleceu uma comunidade para que fosse luz, iluminando o caminho de homens e mulheres na direção de Deus (Mat. 5:16). Nós fazemos parte dessa comunidade.
Zinaldo A. Santos, editor da revista Ministério.