Deus sabe o quanto a esposa do pastor pode fazer pela família e pela igreja. Ele a considera muito especial

Ao nascer, toda pessoa recebe um nome. Não o escolhemos; nada nos foi perguntado a respeito. Nem poderíamos opinar. O fato é que temos de conviver com ele. Para muitas pessoas, o nome representa a expressão do seu próprio eu; é sua identidade. Carregamos essa identidade pela vida, vivendo situações e experiências as mais diversas, fazendo escolhas profissionais e sentimentais que acabam, de certa forma, exercendo influência sobre ela.

Um exemplo disso é a escolha do cônjuge e o casamento. Chegamos ao altar cheias de sonhos e levando a expectativa de ser felizes para sempre. Ao casarmos com um pastor, as expectativas e os sonhos não são diferentes. Porém, algo acontece à nossa identidade. Em geral, deixamos de ser Helena, Marlene, Júlia, ou seja quem for, e passamos a ser “a esposa do pastor”. Como nos sentimos? Como entendemos ou recebemos essa nova identificação? Onde ficou o nosso nome, a nossa identidade?

Muitas esposas de pastores já fizeram a si mesmas indagações semelhantes. No entanto, existe outra pergunta que precisamos responder: De que forma construímos nossa própria identidade? Notemos alguns fatores que nos ajudam nessa resposta, bem como também ajudam a sobrepujar os conflitos decorrentes de uma crise de identidade:

  • Não mostro apenas aparências. Sei entender as exigências do mundo atual, procuro viver com segurança e amo o que faço.
  • Amo a Deus sobre todas as coisas, e meus familiares e semelhantes, como a mim mesma.
  • Tenho um coração que é feliz e que sabe se doar, não por obrigação, mas porque sou filha de Deus.
  • Aceito que sou criada à imagem e semelhança do Deus vivo, independentemente do cargo ou função que meu esposo desempenha.
  • Busco crescer, diariamente, na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Isso implica passar tempo com Deus. É somente na comunhão diária com Ele que descobrimos quem somos.
  • Cuido de meu esposo e, Conseqüentemente, aprecio cuidar de outros.
  • Minha meta diária é fazer com que as pessoas se sintam melhores, a cada encontro que têm comigo. A vida é uma longa jornada, nem sempre coberta de flores, mas podemos fazer a diferença onde estivermos.
  • Nunca exijo demais de mim mesma. Todo ser humano tem limitações, e nenhuma de nós é diferente disso. Ao dizermos “não”, algumas vezes, estamos apenas mostrando que não somos infalíveis, sobrenaturais.
  • À medida que você e eu promovemos o bem-estar das pessoas que Deus coloca em nosso caminho, estamos simplesmente glorificando a existência de um Deus que nos serviu até a morte. Essa prontidão em servir confirma nossa identidade cristã.
  • Deus nos valoriza muito. Ele sabe o quanto a mulher, esposa e mãe pode fazer em benefício do lar e da igreja. Você é singular. Não é um objeto, mas é um ser capaz de pensar, escolher e ser feliz. Precisamos acreditar nessa singularidade e viver esse amor incondicional, por nós mesmas. Então o viveremos por outros ao nosso redor.

Ao nos reconhecermos únicas e singulares, uma nova luz irradiará e a paz de Cristo envolverá nossa vida. Alimentemos essa convicção. Construamos nossa identidade, fundamentando-a no serviço, na doação, na comunhão. Acima de tudo, vamos baseá-la no amor que nos liberta, santifica e transforma, a fim de sermos nós mesmas, filhas de Deus, escolhidas para uma nobre missão, chamadas para servir.

Heloísa Vargas, diretora do Ministério da Mulher na Associação Catarinense