Conheça as principais iniciativas da Igreja Adventista na América do Sul para 2018

Discipulado. Com certeza essa palavra, e tudo o que ela envolve, está cada dia mais presente em seu ministério, suas leituras, seus concílios e seu trabalho com a igreja. Por um lado, estamos insistindo e reforçando essa visão, pois ela resolve uma de nossas grandes carências. Por outro, corremos o risco de tornar a palavra tão comum, repetida e aberta, que venha a perder seu real significado.

Por isso, é importante estabelecer algumas bases bem claras para que esse processo seja mais consistente.

Lema: “Gente cuidando de gente.” As pessoas estão cada vez mais carentes, e o inimigo tem sido cada vez mais intenso em suas tentações. Por isso a igreja precisa desenvolver um forte ambiente relacional, em que as pessoas se sintam abraçadas, amadas, cuidadas e conectadas, ao mesmo tempo em que constroem uma sólida base bíblica e fortalecem sua identidade denominacional. Lembre-se das palavras de Bob Moawad, palestrante e escritor na área de liderança: “Ajude os outros a progredir. Você sempre se erguerá mais alto carregando alguém nos seus ombros.”

Foco: Cuidado de pessoas. Elas são a razão da existência da igreja e seu bem mais precioso. Não podemos nos esquecer de que Jesus veio por pessoas, morreu por pessoas e quando voltar levará apenas pessoas ao Céu. Por mais importantes e necessários que sejam os projetos, metas e resultados, eles precisam estar a serviço de pessoas e não ser um fim em si mesmos.

Método: Liderança e discipulado em rede, onde pastores e membros discipulam e são discipulados por alguém. Não podemos descansar até que todos na igreja estejam conectados, sejam atendidos e pastoreados.

Estrutura: Pequenos grupos ou unidades de ação da Escola Sabatina. Ambas as estruturas não podem ser concorrentes, mas atuar integradas, uma completando a outra. É o conceito de vida em comunidade, “no templo e nas casas” (At 5:42), como nos dias da igreja apostólica.

Alerta: Precisamos de equilíbrio. Discipulado completo e consistente é como uma balança de dois pratos: cuidado e multiplicação, ou cuidado para a multiplicação. É preciso equilibrá-los. Se a ênfase for unilateral, o que deveria ser uma grande visão acabará se tornando uma simples promoção. A proposta vai fracassar, gerar polêmica, perda de apoio, até chegar ao descrédito. Equilíbrio é fundamental, pois multiplicação sem cuidado é ilusão, ao mesmo tempo que cuidado sem multiplicação levará à acomodação.

Objetivo: Multiplicação de novos discípulos. Sem dúvida, o apoio e crescimento mútuos são fundamentais, mas a igreja foi organizada para cumprir a missão de preparar um povo para o encontro com o Senhor. Cuidamos bem do solo, mas sempre com o objetivo de alcançar uma grande colheita. Não movidos por alvos, promoções ou pressões, mas pela clara visão de missão e multiplicação, que são indicadores de qualidade, profundidade e foco do processo. Ellen G. White nos desafia a “trabalhar segundo o plano da adição, e o Senhor operará segundo o plano da multiplicação” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 379). É como o fenômeno dos coelhos na Austrália. Em 1859, 24 deles foram colocados no país e, seis anos depois, sua população já era de 2 milhões de animais.

Com uma visão madura de discipulado, vamos atuar juntos mais uma vez em nosso projeto de ação integrada. Em 2018 teremos menos datas e um foco ainda mais claro para facilitar o cuidado e a multiplicação. Conto com seu envolvimento e promoção para que a igreja continue avançando unida. Quando o pastor vai à frente com paixão, a congregação sempre o segue com motivação.