O livro de Provérbios nos apresenta as bases para um planejamento de sucesso: “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor” (Pv 16:1). “Os planos mediante os conselhos têm bom êxito” (Pv 20:18). “Os planos do diligente tendem à abundância” (Pv 21:5).
Nesses textos, há três palavras-chave: “Senhor”, “conselhos” e “diligência”. É fundamental buscar ao Senhor, Sua vontade e Seus propósitos para nós e para a igreja. Além disso, um planejamento requer conselhos de quem tem o dom de administrar. A diligência é a palavra-chave para o sucesso do que foi planejado. Ela envolve acompanhamento diário, semanal e mensal da execução do projeto.
Existem modelos de planejamento que levam a bons resultados, mas nem sempre de excelentes realizações. Líderes, igrejas e instituições podem reproduzir todos os anos as mesmas coisas boas, apenas trocando datas e capas de seus planos de trabalho. Conforme diz Jim Collins, em seu livro Empresas Feitas Para Vencer, “a grande maioria das empresas jamais se torna excelente, só porque já é bastante boa – e esse é seu principal problema” (p. 17).
“Modalidades mais simples de trabalhar devem ser ideadas e adotadas nas igrejas”
De acordo com o Sistema de Gestão da Secretaria da Igreja, no território da Divisão Sul-Americana, há mais de cinco mil igrejas que dobraram o número de membros nos últimos cinco anos. Ao mesmo tempo, temos o registro de um número similar de igrejas que continuam com o mesmo número há muitos anos. Talvez o problema seja o fato de que muitos querem ver sua igreja crescer, mas não sabem como fazer isso. Para começar, convém notar as palavras do filósofo Peter Koestenbaum: “Qualquer um que tenha feito a diferença para o bem ou para o mal tem três atributos comuns: visão, disciplina e paixão”. E mais: “Os melhores líderes operam em quatro dimensões: visão, realidade, ética e coragem para alcançar resultados significativos e sustentados” (Stephen R. Covey, O 8º Hábito: Da Eficácia à Grandeza, p. 68, 66).
Isso chama nossa atenção para a necessidade de planejar sabiamente, visando ao crescimento da igreja. Nesse sentido, Stephen Covey afirma que “grandes líderes entendem que conseguem executar, de forma excelente, apenas duas ou três metas por vez”, sendo essas metas as mais importantes.
Um modelo de planejamento, elaborado pela Associação Ministerial (veja páginas 32 e 33 desta edição), propõe o estabelecimento de três metas principais: (1) Estratégia – onde, como e quando acontecerá o evangelismo? (2) Discipulado – viver na prática o Ciclo do Discipulado, em suas três fases. (3) Desenvolvimento de líderes – potencializar e desenvolver esse dom na Escola Sabatina e nos pequenos grupos.
O gráfico abaixo mostra que quanto maior o número de metas, menores são as chances de chegada a um resultado excelente.
Número de metas | Metas atingidas com excelência |
1-3 | 1-3 |
4-10 | 1-2 |
11-20 | 0 |
Estabelecidas e colocadas em execução as metas principais, segue-se o acompanhamento delas, feito pela comissão da igreja. Duas perguntas devem ser respondidas pelo líder de cada departamento: (1) O que você e seu departamento realizaram neste mês para alcançar a grande meta? (2) O que você e seu departamento se propõem realizar no próximo mês para alcançar a grande meta?
Simplificação é a palavra-chave no planejamento. Ellen G. White afirmou: “Modalidades mais simples de trabalhar devem ser ideadas e adotadas nas igrejas. Se os membros aceitarem unanimemente esses planos e perseverantemente os executarem, recolherão recompensa farta; porque a sua experiência se irá enriquecendo, a habilidade aumentando e, por seus esforços, pessoas serão salvas” (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 66).