Durante uma viagem de Manaus a Brasília, li estas palavras tão simples, porém muito transparentes: “A perda do rumo começa com o esquecimento do passado; mais especificamente, com o esquecimento da direção de Deus no passado. Quando isso ocorre, os cristãos perdem seu sentido de identidade e, com a falta de identidade, acontece a extinção da missão e do propósito. Depois de tudo, se não soubermos quem somos em relação ao plano de Deus, que teremos para dizer ao mundo?” (George Knight, A Menos que nos Esqueçamos [MM 2014], Aces).

A história cristã está cheia de corpos religiosos que se esqueceram da própria origem. Como resultado, não têm rumo para o futuro. Porém, quanto à Igreja Adventista do Sétimo Dia, Ellen G. White escreveu: “Ao recapitular a nossa história passada, havendo percorrido todos os passos de nosso progresso até ao nosso estado atual, posso dizer: Louvado seja Deus! Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 162).

“Depois de setenta anos de trabalho ativo em muitos países, escrevendo e pregando, a Sra. White adormeceu pacificamente em Jesus, em seu lar, próximo de Santa Helena, Califórnia, a 16 de julho de 1915” (Vida e Ensinos, Apêndices, p. 215).

Durante este ano, lembraremos os 100 anos da morte não apenas de uma grande mulher, mas da mensageira do Senhor para a Igreja Adventista do Sétimo Dia; mais especificamente, mensageira de Deus para mim e para você. Bem faremos em reler os conselhos e orientações recebidos, e fazer uma autoavaliação. Como está nossa vida em relação aos propósitos de Deus para Seus filhos hoje, especialmente no que se refere à mensagem de saúde?

Se não soubermos quem somos em relação ao plano de Deus, que teremos para dizer ao mundo?”

Como adventistas do sétimo dia, entendemos que a verdade presente se encontra na mensagem do terceiro anjo de Apocalipse 14, e Ellen G. White nos diz que “embora a reforma de saúde não seja a terceira mensagem angélica, está com ela intimamente relacionada. Os que proclamam a mensagem devem ensinar também a reforma de saúde. É um assunto que precisamos compreender, a fim de estarmos preparados para os eventos que estão bem perto de nós, e ela deve ter um lugar de evidência” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 77).

“Muito do preconceito que impede a verdade do terceiro anjo de alcançar o coração do povo podia ser removido, se mais atenção fosse dada à reforma de saúde. Quando o povo se torna interessado neste assunto, o caminho fica muitas vezes preparado para a entrada de outras verdades. Se virem que somos inteligentes com relação à saúde, estarão mais prontos a crer que somos corretos também em doutrinas bíblicas” (Ibid., p. 76).

“A obra da reforma de saúde é o meio empregado pelo Senhor para diminuir o sofrimento de nosso mundo, e para purificar Sua igreja. Ensinem ao povo que eles podem desempenhar o papel da mão ajudadora de Deus, mediante sua cooperação com o Obreiro-Mestre na restauração da saúde física e espiritual. Esta obra traz o selo divino, e há de abrir portas para a entrada de outras verdades preciosas. Há lugar para trabalharem todos quantos efetuarem esta obra inteligentemente” (Ibid., p. 77).

Se pregássemos e praticássemos mais os princípios de saúde, os resultados do trabalho dos pastores seriam duplicados (Medical Ministry, p. 245) e “a eficiência de nossos obreiros seria centuplicada” (Evangelismo, p. 408).

Durante este ano, especialmente, lembremo-nos da nossa história e coloquemos em prática os conselhos que o Senhor nos deu. “Perguntem pelos caminhos antigos, perguntem pelo bom caminho. Sigam-no e acharão descanso” (Jr 6:16).