Em sua terceira epístola, João escreveu: “Não tenho alegria maior do que ouvir que meus filhos estão andando na verdade” (3Jo 4). Esse também é o sentimento de Deus a nosso respeito e jamais podemos nos esquecer disso. Enquanto andamos com Jesus, nossa vida reflete essa alegria e a revelamos por meio de pelo menos três atitudes.
Prazer na comunhão. O mesmo desejo alimentado pelo salmista deve ser nosso desejo: “Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por Ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 42:1, 2). E Deus, certamente, o satisfará: “‘Sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro. Então vocês clamarão a Mim, virão orar a Mim, e Eu os ouvirei. Vocês Me procurarão e Me acharão quando Me procurarem de todo o coração’” (Jr 29:11-13).
“Não podemos ser felizes seguindo os impulsos do próprio coração”
Portanto, “consagrem-se a Deus pela manhã; façam disto sua primeira tarefa. Seja sua oração: ‘Toma-me, Senhor, para ser Teu inteiramente. Aos Teus pés deponho todos os meus projetos. Usa-me hoje em Teu serviço. Permanece comigo, e permite que toda a minha obra se faça em Ti.’ Essa é uma questão diária. Cada manhã consagrem-se a Deus para esse dia. Submetam-Lhe todos os seus planos, para que se executem ou deixem de se executar, conforme o indicar a Sua providência. Assim, dia a dia vocês poderão entregar às mãos de Deus a própria vida, e assim ela se moldará mais e mais segundo a vida de Cristo” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 70).
Prazer na transformação pessoal. “Jesus quer que sejamos felizes, mas não o podemos ser seguindo a própria vontade e os impulsos do próprio coração… Nossas noções, nossas peculiaridades, são inteiramente humanas e não devem ser satisfeitas nem tratadas complacentemente. O eu precisa ser crucificado, não de quando em quando, mas a cada dia, e o físico, a mente e o espírito precisam subordinar-se à vontade de Deus. A glória de Deus, a perfeição do caráter, eis o que deve constituir o alvo, o desígnio da nossa vida. Os seguidores de Cristo precisam imitá-Lo na disposição… Semelhante a Cristo, eis a divisa, não ser como nosso pai ou nossa mãe, mas semelhantes a Jesus Cristo – ocultos em Cristo, revestidos da justiça de Cristo, possuídos de Seu Espírito” (Ellen G. White, Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 27).
Diz-nos o apóstolo Paulo: “Se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” (2Co 5:17).
Prazer na missão. “Cada raio de luz lançado sobre outros será refletido sobre nosso próprio coração. Cada palavra de bondade e compaixão proferida aos tristes, cada ação que vise a aliviar os oprimidos, e cada doação para suprir as necessidades de nossos semelhantes, dados ou feitos para glorificar a Deus, resultarão em bênçãos para o doador. Os que assim trabalham, estão obedecendo a uma lei do Céu e receberão a aprovação de Deus. O prazer de fazer o bem aos outros comunica aos sentimentos calor que atravessa os nervos, aviva a circulação do sangue e promove saúde mental e física” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 56).
Em medida infinitamente superior à alegria sentida por João, é a alegria de Deus ao ver que Seus filhos andam na verdade, espargindo luz em meio às trevas. Conforme vimos, essa alegria deve ser patente em nosso desejo de estar sempre com Jesus, ao imitá-Lo de tal maneira que inspiremos outros a fazer o mesmo: “Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo” (1Co 11:1), Paulo desafiou seu rebanho em Corinto. Finalmente, nosso ministério também refletirá, em relação a outros, a alegria de Deus em trabalhar por nós. “Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer” (1Pe 5:2).
Que o Senhor nos permita revelar ao mundo esse estilo de vida!