O cenário parece estar pronto. Há instabilidade econômica, corrupção no mundo político, conflitos internacionais, calamidades naturais, violência desenfreada, sucateamento de valores, entre outras coisas. Talvez estejam faltando detalhes de acabamento. Líderes governamentais e outras autoridades planejam e dialogam em busca de soluções, mas há sinais de uma velada e crescente convicção de que elas estão muito além do que a mentalidade humana pode arquitetar. Os protagonistas terrestres movem-se nos bastidores, sob o controle do Diretor do espetáculo, embora não tenham consciência disso. Ele é quem determina o tempo, e o roteiro profético não será alterado.
Dentro em breve, as cortinas serão descerradas. Então, todos entenderão que não são apenas espectadores passivos, mas atores com participação destacada nos momentos decisivos da trama que nada tem de ficção. O ponto culminante dessa participação é sua chegada à encruzilhada em que são chamados a decidir entre servir a Deus ou ao anticristo; escolher entre obedecer às verdades da Palavra de Deus ou aos decretos e tradições humanas. Nesse ponto, recrudescerá a intolerância estabelecida e apoiada por uma união de forças religiosas e políticas do mundo, e todos decidirão seu destino eterno.
Porém, até que cheguemos a esse momento decisivo, devemos ter sempre em mente que nossa missão inclui o dever de nos aproximarmos de outros cristãos a fim de, amorosamente, adverti-los quanto à direção em que marcha o mundo religioso. Em todas as igrejas, há pessoas sinceras que não devem ser deixadas à margem dos nossos esforços missionários e evangelísticos. Entre essas pessoas estão pastores com os quais devemos desenvolver amizade sincera.
Nesse sentido, é-nos aconselhado o seguinte: “Importa que seja sempre manifesto que somos reformadores, mas não fanáticos. Quando nossos obreiros entram em um novo campo, devem procurar relacionar-se com os pastores das várias igrejas do lugar. Muito se tem perdido por negligenciar isto. Se nossos pastores se mostrarem amigáveis e sociáveis, e não agirem como se se envergonhassem da mensagem que apresentam, isto há de ter excelente efeito, e podem dar a esses pastores e a suas congregações impressões favoráveis da verdade…
“Nossos obreiros devem ser muito cuidadosos em não darem a impressão de ser lobos que se procuram introduzir para apanhar as ovelhas, mas deixar que os pastores compreendam sua posição e o objetivo da missão que lhes cabe – chamar a atenção do povo para as verdades da Palavra de Deus” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 143, 144).
Quem sabe, devamos ser mais intencionais no desenvolvimento de planos que nos que ajudem a alcançar esse rebanho invisível. Afinal, o clímax do espetáculo já não pode demorar!
Zinaldo A. Santos