Deus dirige Sua Causa. Esta afirmação não é absolutamente uma esperança, mas uma certeza.

Na posse desta certeza é que milhares de abnegados e fiéis ministros em todos os tempos têm consumido sua vida na Causa de Deus.

Basta olhar um pouco para trás no tempo e não será difícil enxergar a figura dos pioneiros do movimento adventista.

Antes de mais nada, puseram sua vida em harmonia com os caminhos de Deus, com Seus ideais e normas, com Suas leis e padrões de vida. Entregaram-se, depois, à tarefa árdua de evangelizar em terras inóspitas e com os precários meios de transporte e comunicações da época. Fizeram-no cheios de gozo, reconhecendo o privilégio de conformar sua vida, em cada pormenor, com os caminhos e desejos do Senhor, e seguindo-Lhe o padrão de justiça e nobre viver.

As palavras de Paulo foram repetidas na experiência de quase todos os ministros adventistas:. “Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia”. II Timóteo 1:12.

O êxito da organização humana da Causa de Deus, conforme os moldes divinos, desde os primórdios, deve-se em grande parte a esta certeza que possuíam os pioneiros.

Observando os ouvintes interessados, ensinando-lhes a doutrina bíblica, trabalhando para o benefício espiritual de milhares, obtinham a mais rica experiência e guia divina no seu trabalho ministerial.

Sentiam-se representantes de Deus e nos resultados de sua evangelização podiam discernir a mão abençoadora de Deus.

Levavam vida de intensa oração e profundo estudo das Escrituras, à medida que alargavam as fronteiras atingidas por sua poderosa pregação.

A despeito de passarem privações e sofrerem não pequenas provações, participaram da alegria de levar a mensagem aos grandes centros e aos pequenos recantos do país e em seguida aos quadrantes do mundo.

Almas famintas e sequiosas da Verdade receberam as boas-novas do Amor de Deus, por intermédio dos mensageiros do Senhor.

A existência de conflitos era-lhes real, mas o Espírito Santo os havia preparado para essa realidade. Os perigos enfrentados, a abnegação que lhes foi necessária, as contendas contra forças sobrenaturais, levaram-nos a buscar a sobrenatural ajuda. A batalha foi dirigida pelo representante do Capitão do Exército do Senhor — o Espírito Santo. Não padece dúvida quanto a existência de fraquezas, pecados e erros entre os ministros adventistas, mas resta a certeza de que “o poder da Onipotência acha-se empenhado em favor dos que confiam em Deus”. — O Desejado de Todas as Nações, p. 261.

A mesma coisa se pode dizer do ministério depois de 131 anos de atuação incansável em toda a Terra. Hoje mesmo a Verdade se repete. Se nos primórdios, na ocasião do grande desapontamento, e em muitas outras oportunidades houve os que sucumbiram de muitas maneiras, seria diferente hoje? Não. Ainda se trava a batalha do Bem e do Mal; ainda se enfrentam a Verdade e o Erro; ainda perdura o conflito entre Cristo e Satanás; ainda há vitórias e derrotas; ainda há ganhadores e perdedores; ainda há perseverança e desistência; ainda há os que estão sempre alerta e os que são tomados de surpresa pelo inimigo; ainda há os que têm a certeza de que Deus dirige Sua Causa e os que alimentam apenas a esperança de que assim seja; ainda há os que ficam de pé e os que caem; ainda há os que continuam e os que param. Portanto, não há razão para que alguém se desanime ou sinta receio, agora, “a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado”. Isso tem que ver com a Causa de Deus e com cada ministro também. O maior atestado da direção divina na Causa Adventista é o modo como Deus tem obrado, enchendo-nos de admiração e de confiança na liderança de Cristo.

Permanece a certeza de que “a graça de Deus é para todos quantos a buscam em contrição”. — O Desejado de Todas as Nações, p. 261.

A inspiração deixa claro que do ministro é requerido “Um diário e sincero esforço para conhecer a Deus, e Jesus Cristo, a Quem Ele enviou”. Uma consagração tal traria poder e eficiência à alma.

O conhecimento obtido por meio de diligente exame das Escrituras, seria trazido, qual relâmpago, a iluminar a memória no momento oportuno. Mas se alguém houvesse negligenciado relacionar-se com as palavras de Cristo, se nunca houvesse experimentado o poder da graça na provação, não poderia esperar que o Espírito Santo lhe trouxesse à lembrança as Suas palavras.

“Deviam servir diariamente a Deus com não dividida afeição, e então confiar nEle”. — O Desejado de Todas as Nações, p. 263.

Consumir a vida na Causa de Deus é algo estranho hoje mais que outrora, aos olhos do mundo. Sim, do mundo que oferece um sem-número de atrações. A motivação para a carreira ministerial vem de cima. É isto que faz a diferença. Aqui embaixo há os acenos da glória, da fama, do ganho, das profissões enriquecedoras. Basta um olhar aos nossos filhos. Que profissão escolhem? Que carreira de estudos seguem?

Não é de admirar que o número de candidatos ao ministério diminua, se olharmos o assunto pelo prisma do imediatismo, das vantagens materiais. Mas, quando olhamos as coisas com os bons olhos da Fé, então podemos ver a missão do ministro como uma elevada honra e um sagrado depósito.

Esta visão espiritual, convenhamos, é o que tem faltado a muitos. Peçamos a Deus não nos falte jamais o Colírio que nos mantém os olhos bons, e a Visão perfeita. Instemos com Deus para que a certeza de Sua direção nos mantenha consagrados, deixando-nos consumir na Sua Causa.

PRECE

Senhor!

Incandesce em nossos corações o carvão da nossa sublime e privilegiada vocação.

Dá que permaneçamos chamejantes diante de Ti e aos olhos do mundo.

Faze que o poder incandescente do Espírito Santo sustente a chama sempre viva, do Teu corpo ministerial aqui e em toda a parte.

Permite que se inflamem nossos músculos, nervos, ossos, vasos e veias, e que se queimem as fibras de nosso coração.

Tudo seja para honrar-Te e glorificar-Te, Senhor! Tudo seja para exaltar Jesus,

AMÉM!