Diariamente, o pastor lida com questões éticas. Por essa razão, nunca é exaustivo lembrar o padrão de conduta que devemos revelar em nossa vida pessoal e no trato com as pessoas. Aqui estão alguns aspectos que devemos ter em mente quanto à ética pastoral:
Pregação. Não é apenas transmitir informações, mas o anúncio do que o Senhor Jesus Cristo está fazendo em nossa vida, de modo que os ouvintes compreendam que eles também podem experimentar nova vida em Cristo.
Privacidade. Embora seja necessária, ela não descarta a responsabilidade. Em termos práticos, não podemos separar a vida pública da vida privada. Somos em público o que somos na privacidade.
“Os pastores devem ter um plano de crescimento espiritual. Qual é o seu?”
Família. “O bem-estar espiritual da família [do pastor] está em primeiro lugar. Não é tanto a religião do púlpito, mas a religião na família que revela nosso verdadeiro caráter” (Ellen G. White, Pastoral Ministry, p. 58). Alguns de nós éramos mais ternos, compreensivos, perdoadores, atenciosos, sempre procurando razões para elogiar a esposa, antes do casamento. Não devemos abandonar esses comportamentos e atitudes que fortalecem a vida familiar.
Comparação com outros pastores. Lembra-se do primeiro sermão que pregou em alguma igreja? Alguns disseram que você era melhor pregador do que seu antecessor. Noel S. Fraser, que foi missionário na Índia, lembra-nos de que “a mesma língua que critica nosso antecessor também nos criticará depois”. Podemos ter êxito, sem permitir que sejamos comparados com os que nos antecederam. Afinal, o êxito é determinado por Deus mediante nossa fidelidade à nossa vocação.
Relacionamento denominacional. Congregações adventistas do sétimo dia fazem parte de uma estrutura organizacional mundial, da qual também participo como pastor e ministro dessa denominação. Portanto, tenho responsabilidades éticas quanto a isso. Se eu critico a Igreja, não devo ficar surpreso quando os irmãos seguem meu exemplo e também me criticam.
Aconselhamento. Considerando que o aconselhamento pastoral requer fidelidade a padrões profissionais estritos, aqui estão alguns princípios que ajudam a evitar cair em armadilhas perigosas: 1) Reconheça seus limites. 2) Aconselhamento é apenas uma parte do ministério. 3) Os pastores não podem abordar todas as questões, como se eles fossem especialistas em tudo. Há casos que requerem o encaminhamento da pessoa a um profissional especializado. 4) Em caso de conflito interpessoal, não tire conclusões antes de ouvir as duas partes. 5) Seja estritamente confidencial. Isso protege seu ministério e a pessoa aconselhada. 6) Procure saber quais são as implicações legais, diante de um relato, por exemplo, de abuso sexual infantil.
Sexo. Descuido quanto à conduta sexual tem trazido consequências devastadoras a muitos pastores. Autoconfiança e situação de poder são duas razões pelas quais alguns têm cruzado a linha que não deviam ter cruzado. Quais são alguns cuidados que o pastor deve tomar? 1) Ame sua esposa e faça propaganda disso. Os laços entre os dois são tão fortes que todos entendem a mensagem, mesmo quando você está sozinho? 2) Esteja atento para sua vulnerabilidade. O que acontece a outros também pode acontecer com você. 3) Reconheça sua responsabilidade diante de Deus e para com a pessoa que busca seu conselho. 4) Esteja preparado para fugir do pecado. Algumas pessoas o procurarão com interesse sexual disfarçado. Haverá situações em que a única alternativa será correr, literalmente, à semelhança de José. 5) Fortaleça sua espiritualidade. Os pastores devem ter um plano de crescimento espiritual. Qual é o seu?