NO FUTURO SURGIRÃO ENGANOS DE TODO TIPO, E PRECISAMOS DE TERRENO SÓLIDO PARA OS NOSSOS PÉS. PRECISAMOS DE SÓLIDOS PILARES PARA O EDIFÍCIO. NÃO SE DEVE TIRAR NEM MESMO UM ALFINETE DAQUILO QUE O SENHOR ESTABELECEU. O INIMIGO PROCURARA INTRODUZIR FALSAS DOUTRINAS, COMO POR EXEMPLO A DE QUE NÃO EXISTE UM SANTUARIO (1).
A crença na existência de um santuário celestial onde Jesus agora ministra em favor dos homens caídos, constitui uma pedra fundamental da fé adventista.
Separar esta doutrina seria demolir a estrutura doutrinária fortalecida através dos anos, e que motivou a coesão eclesiástica da igreja remanescente.
O santuário celestial, estudado à luz dos símbolos do antigo cerimonial, contém um profundo significado, porque “é o templo de Deus que está no Céu, do qual Paulo fala em Hebreus 8 e nos capítulos seguintes, e do qual também o Senhor Jesus, como nosso sumo sacerdote, é ministro”.2
O ministério sacerdotal do Filho de Deus deixaria de ter sentido bíblico algum se se omitisse a realidade do tabernáculo celestial. “Esta obra do juízo investigativo no santuário celestial começou em 1844, em cumprimento dos 2.300 anos, e terminará com o tempo de prova”.3
À luz destas declarações que contêm a síntese das crenças fundamentais de nossa igreja, convém destacar certos aspectos desta verdade distintiva sobre o santuário celestial — não de um santuário celestial feito de material como cimento, pedra, ladrilhos, etc, com tudo enfim que implicaria a qualidade o que é literal em nossa vida de todos os dias,4 nem tão simbólico a ponto de parecer que se “se trata de algo irreal, místico, imaginário ou visionário”,5 mas “daquele verdadeiro tabernáculo que o Senhor construiu, não o homem”.6
- 1. Há um Santuário real no Céu.
Paulo: Heb. 8:2.
João: Apoc. 15:5.
White: “Cristo entrou num santuário celeste para oferecer o Seu próprio sangue”.7 “O verdadeiro tabernáculo no Céu é o santuário do novo pacto”.8
- 2. O Santuário celestial não é o Céu, senão que está no Céu.
Paulo: Heb. 8:2, 9:11.
João: Apoc. 13:6, 15:5.
White: “O santuário no Céu é centro mesmo da obra de Cristo em favor dos homens”.9
- 3. Esta doutrina é partilhada pelos autores do Antigo Testamento.
Moisés: Êxo. 24:9; 25:40; 26:30, etc.
Davi: I Crôn. 28:19.
Esdras: II Crôn. 30:27.
- 4. Esta crença é reforçada no Novo Testamento.
Paulo: Heb. caps. 8, 9, 10.
João: Apoc. caps. 11, 13, 15, 19 e outros.
- 5. Este dogma de fé aparece sustentado nos escritos do Espírito de Profecia.
- 6. O santuário celestial é o que viram Moisés e João.
Moisés: Êxo. 25:40; Núm. 8:4.
João: Apoc. 11:19 e outros.
White: “Deus apresentou a Moisés no monte uma visão do santuário celestial”.10
“E João diz que viu o santuário celestial. Aquele santuário, no qual Jesus oficia em nosso favor, é o grande original, do qual o santuário construído por Moisés era uma cópia”.11
- 7. O Santuário celestial foi modelo para o terrestre.
Moisés: Êxo. 25:40.
White: “É o grande original [o santuário terrestre] do qual o santuário construído por Moisés era uma cópia”.12
“O santuário celestial, no qual Jesus ministra, é o grande modelo, do qual o santuário construído por Moisés não era mais do que uma transcrição”.13
“Moisés fez o santuário terrestre segundo um modelo que lhe foi mostrado”.14
- 8. O santuário celestial tem as mesmas características do terrestre.
Davi: I Crôn. 28:19.
- 9. O santuário celestial é de maiores dimensões que o terrestre.
Paulo: Heb. 9:11: “Maior e mais perfeito tabernáculo”.
White: “Foi uma representação em miniatura [o santuário terrestre] do templo celestial”.15
- 10. A negação da existência do santuário celestial afastará alguns da fé.
Paulo: I Cor. 11:19.
Pedro: II S. Pedro 2:1.
White: “O inimigo proporá falsas doutrinas, tais como a de que não existe um santuário. Este é um dos pontos nos quais alguns se afastarão da fé”.16
CONCLUSÃO
Aprouve à Divindade dar aos homens caídos certas manifestações evidentes vinculadas com as maravilhas das realidades celestiais. Entre elas, o Tabernáculo, erigido durante a peregrinação para Canaã, constitui um símbolo fundamental do plano da salvação: “Sei que a questão do santuário”, destaca o Espírito de Profecia”, como a temos sustentado durante tantos anos, está baseada na justiça e na verdade. O inimigo é quem desvia as mentes. Agrada-lhe quando os que conhecem a verdade se dedicam a colecionar textos para amontoá-los em tomo de teorias errôneas, que não têm o fundamento da verdade”.4
É certo que o Criador não nos deu as características exatas do assento do Seu trono nem muitas coisas que ‘‘o olho não viu, e o ouvido não ouviu”, mas isto não autoriza a quem apenas pode resistir a “sombras” dessa realidade, a pôr em dúvida a existência por desconhecer a medida exata, o tamanho ou a forma do tabernáculo onde o Filho de Deus ministra.
A necessidade de uma representação adequada para a economia paleotestamentária, tornou concreto um santuário “segundo o modelo celestial”, cujas medidas correspondiam, evidentemente, aos padrões humanos. (…) Mas quem pode medir as distâncias siderais? Seria necessário, para manter a fé de um mundo em rebelião, uma declaração da Divindade transmitida em metros? Em côvados? Em anos-luz?
“Satanás está lutando continuamente para sugerir suposições fantásticas com respeito ao santuário, degradando as maravilhosas apresentações de Deus e o ministério de Cristo por nossa salvação, a fim de convertê-las em algo que se ajuste à mente carnal. Ele tira do coração dos crentes o poder diretor dessas representações divinas e supre-o com teorias fantásticas inventadas para anular as verdades da expiação, e para destruir nossa confiança nas doutrinas que temos considerado como sagradas desde que foram dadas pela primeira vez na mensagem do terceiro anjo”.5
- 1. Ed. p. 168.
- 2. El Mlnisterio Adventista, março-abril de 1960, p. 20.
- 3. Resumo das Doutrinas Fundamentais, no Voto Batismal, p. 2, n.° 8.
- 4. El Ministerio Adventista, nov.-dez. de 1968, pp. 22, 23.
- 5. Ibid.
- 6. Heb. 8:12.
- 7. Test. Seletos, II, p. 211.
- 8. Conflito dos Séculos, p. 469; Test. Seletos, II, p. 210; O Desejado, p. 138.
- 9. Conflito dos Séculos, p. 543; Test. Seletos, I, p. 89; II, pp. 211-213; Conflito dos Séculos, p. 469.
- 10. Patriarcas e Profetas, p. 356.
- 11. Id., pp. 370, 371; Conflito dos Séculos, p. 466.
- 12. Ibid.
- 13. Conflito dos Séculos, p. 466.
- 14. Id., 467.
- 15. Patriarcas e Profetas, p. 356.
- 16. Ed. p. 168.
- 17. Obreiros Evangélicos, p. 318.
- 18. Ed. p. 169.