“Senhor, usa-me. Faze de mim um ganhador de almas. Envia-me como um evangelista. Faze-me ver o reavivamento. Não permitas que me acomode a um ministério ordinário; livra-me de nada conseguir. Tenho só uma vida a ser vivida, e quero investi-la toda em Tua Causa. Faze-me viver para os outros. Capacita-me a ganhar pessoas perdidas para o Senhor Jesus Cristo. Que Tua bênção repouse sobre o meu ministério!”
Seria cativante visitar uma igreja do primeiro século e notar o seu programa de evangelismo. Ganhar almas para Cristo era o mais alto ideal de todo crente. Não havia mais elevada honra do que esta. Não havia para os primitivos cristãos maior glória do que transportar almas da escravidão do pecado para a liberdade dos filhos de Deus.
A maravilhosa comissão evangélica não se restringiu, somente, à Palestina. A ordem foi categórica: “Até os confins da Terra’’. Lemos do Espírito de Profecia o seguinte: “Como os raios do Sol penetram até aos mais afastados recantos do globo, assim designa Deus que a luz do Evangelho se estenda a toda alma sobre a Terra. Se a igreja de Cristo estivesse cumprindo o desígnio de nosso Senhor, a luz se espargiría sobre quantos estão assentados nas trevas e na região da sombra da morte”. — O Maior Discurso de Cristo, p. 45.
Toda igreja, grande ou pequena, deve ser uma agência evangelizadora, pois do contrário será como um farol cuja luz está extinta. Imaginai o que pode acontecer em alto mar se a luz do farol estiver apagada. Cumpre-nos como ministros, anciãos e membros leigos da Igreja Adventista, reconhecer claramente que se não houver evangelismo em nossas igrejas, elas perderão sua razão de existência.
Por quanto tempo um pescador poderia sustentar-se pescando um único peixe? Por quanto tempo poderia uma fábrica de automóveis manter-se em operação sem nunca produzir um automóvel? De igual sorte precisa a igreja ganhar almas ou deixar de existir. Sua vida disso depende. É para este fim que ela veio à existência.
“Longamente tem Deus esperado que o espírito de serviço se apodere de toda a igreja, de maneira que cada um trabalhe para Ele segundo sua habilidade. Quando os homens da igreja de Deus fizerem a obra que lhes é indicada nos necessitados campos nacionais e estrangeiros, em cumprimento da comissão evangélica, todo o mundo será logo advertido, e o Senhor Jesus retornará à Terra com poder e grande glória. ‘E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim’”. (S. Mat. 24:14) – AA, p. 111.
A obra de salvar almas eleva-se acima de qualquer outra tarefa, assim como a vida eterna é mais importante que a temporal. Deus confere grande importância a esta espécie de trabalho, colocando-a no topo da lista de trabalho que nos pede que façamos. “A conversão de almas para Deus é a maior e mais nobre tarefa de que seres humanos possam participar’’. — 7T, p. 52.
O crescimento da igreja e sua prosperidade estão intimamente ligados à causa do evangelismo. Ainda não se descobriu melhor meio de revigorar a igreja, do que a conquista de almas. Ganhemos almas, e a igreja estará repleta de adoradores. Ganhemos almas, e aumentarão os dízimos e as ofertas. Ganhemos almas, e nossas reuniões de oração serão mais freqüentadas. Ganhemos almas, e as matrículas aumentarão em nossas escolas primárias. Ganhemos almas, e teremos mais colportores e mais livros serão vendidos. Ganhemos almas, e a igreja voltará ao seu primeiro amor, esquecendo-se os membros do pecado e da mundanidade. Ganhemos almas, e o púlpito se inflamará de zelo por Cristo e pelas almas perdidas. Ganhemos almas, e os sermões fluirão aquecidos pelo Espírito Santo. Ganhemos almas, e a localidade, a cidade e o país serão levados a ver o espetáculo maravilhoso de uma igreja sendo incendiada para o Senhor.
Vemos, portanto, que salvar almas é o mais elevado, nobre e santo trabalho de que homens e mulheres são chamados a participar, e o mais importante trabalho deste mundo. Não devemos permitir que coisa alguma nos impeça de realizá-lo. Nossa principal tarefa é tornar conhecido este evangelho do reino, fazendo disso nossa preocupação fundamental.
Tremenda responsabilidade pesa sobre os ombros de cada um de nós. Com a promessa da breve volta de Cristo para redimir um mundo perdido, com a perspectiva de abundante colheita de almas, com a confortadora promessa de poder a tantos quantos se dedicarem a Seu serviço, poderiamos nós permanecer indiferentes a tal apelo? Poderiam nossos corações permanecer frios e alheios ao caloroso chamado, para que todos se tornem tochas de fogo para um mundo frio e agonizante?
Lemos do Espírito de Profecia o seguinte: “Não somente sobre o ministro ordenado repousa a responsabilidade de sair e cumprir esta missão. Todo o que haja recebido a Cristo é chamado a trabalhar pela salvação de seus semelhantes’’. — SC, pp. 11, 12.
Como nunca na História, devemos trabalhar com fervor a fim de trazer os perdidos a Cristo. Com ânimo no coração e fortalecidos pelo Senhor, devemos traçar planos para um avanço maior e mais rápido. Escreve a Sra. White: “Os que, no dia da batalha, se põem indiferentes na retaguarda, como se não tivessem interesse nem sentissem responsabilidade quanto ao resultado da luta, melhor seria que mudassem de atitude, ou deixassem desde logo as fileiras”. — Id., pp. 82, 83. A chama do Evangelho deve agora mesmo ser acesa em nossos corações e arder mais e mais, sendo usada para a salvação de um mundo necessitado.
Certo ministro do Evangelho, desejando ser usado por Deus, em agonia de alma assim orou: “Senhor, usa-me. Faze de mim um ganhador de almas. Envia-me como um evangelista. Faze-me ver o reavivamento. Não permitas que me acomode a um ministério ordinário; livra-me de nada conseguir. Tenho só uma vida a ser vivida, e quero investi-la toda em Tua Causa. Faze-me viver para os outros. Capacita-me a ganhar pessoas perdidas para o Senhor Jesus Cristo. Que Tua bênção repouse sobre o meu ministério!”
Então perguntou: “Senhor, quais são as qualificações para a obra evangelística? Como posso ser usado por Ti? Há condições a satisfazer? Se há, revela-me isso a mim. Que devo fazer? Torna-me conhecidos os requisitos preliminares. Ajuda-me a satisfazer as condições, sejam quais forem, de maneira que não desperdice minha vida. Não devo falhar”.
Confiemos mais e mais na grande comissão evangélica, em seu cumprimento e triunfo. Ampliemos diariamente nossa experiência evangelística. Não neguemos a Deus nossos talentos e nosso coração. Levantemo-nos, sob o poder divino, e haveremos de terminar a obra de Deus na Terra! •