Tornando Fácil o Aprendizado
O sonho de cada professor é descobrir um método, algum expediente ou meio de dizer uma coisa uma vez, e conservá-la na mente dos alunos para sempre ou pelo menos, até que tenha passado a época dos exames. Os próprios professores encontram-se, eles mesmos, dizendo hoje o que já foi ensinado ontem, e entretanto isto é aparentemente novo, tão distante estão os alunos de se lembrarem. E se for repetido amanhã, não há necessidade de pedir desculpas. Como pode isso ser dito uma vez e as crianças se recordarem? A lei de associação vem com a resposta: A lição deveria ser apresentada em ligação com uma história.
Numa classe de fonética, querendo a professora relacionar a letra S, com certo som, contou a seguinte história: “Certa vez, quando eu era menina, meu pai levou-me a visitar uns amigos que moravam numa fazenda. Eles tinham alguns gansos e eu queria ver os gansinhos. E sabem o que a mamãe ganso disse quando eu tentei agarrar seus filhinhos? Ela disse, ‘Sisssss’, e alongou o pescoço como esta letra S. Quando vocês virem esta letra, lembrem-se de que a mamãe ganso disse, ‘Sisssss'”.
Noutra ocasião, a professora contou esta história a respeito do M. “Meu tio tinha uma vaca, e todas as tardes quando ela vinha à estrebaria para ver seu filhinho, tinha que cruzar três pequenos morros. Ao atravessar o primeiro ela fez, ‘MMMMM’, ao atravessar o segundo, fez ‘MMMMM’, e ao atravessar o terceiro, fez ‘MMMMM’, depois estava com seu bezerro. Vamos brincar como se fôssemos a vaca e estivéssemos indo ver nosso bezerro, passando assim pelos três morros. Enquanto passarmos os três morros faremos aproximar-se e trabalhar por eles com amor”. — Idem, p. 305.
A combatividade, o espírito de debate, precisam ser abandonados. Se quisermos ser semelhantes a Cristo, devemos aproximar-nos do povo, onde o povo está. — Idem, p. 249.
“O caminho mais seguro para destruir as falsas doutrinas é pregar a verdade. Mantende-vos no lado positivo. (…) Mostrai bondade e espírito de simpatia para com o errante. Sede íntimos dos corações”. — Idem, p. 304.
Quando assim trabalhamos, desarmamos o inimigo e fortalecemos nossa própria causa. A freqüência inicial poderá ser sensivelmente pequena, mas será um fundamento seguro sobre o qual poderemos construir. Sabendo quem somos, o público vem. Vêm, para ouvir uma mensagem adventista, para receber literatura adventista. Não haverá grande desilusão. Por outro lado, se pregamos de maneira que as forças da oposição se levantam e nos forçam à defensiva, teremos perdido a iniciativa. Não podemos construir com firmeza, o auditório irá diminuindo, exceto naquelas poucas noites quando nos defendíamos a nós mesmos e enfrentávamos Golias! Isto é o que tem sido observado mais e mais. E não é tempo de mudar de sistema?
Alguns poderão objetar a este amplo quadro para o evangelismo, mas nós podemos apontar os que seguem o inspirado padrão e estão tendo maravilhoso sucesso. Eles estão derribando preconceitos. Contrastai isto com a oposição experimentada pelos que estão colhendo os resultados que nossos predecessores da camuflagem e espírito combativo têm criado. Por que não experimentamos o caminho indicado pelo plano inspirado?