Com Vergonha de Voltar para o Lar
Os filhos são o tesouro mais precioso dos pais. Os anelos do coração de um pai também são bem ilustrados por Charles F. Brown, numa história narrada a êle por seu colega, que morava em Nova York.
Conhecia um homem que, em sua meninice, ficou cansado de estar em casa, e portanto fugiu. Tornou-se marinheiro e, por dez anos, trabalhou nos navios, ficando grosseiro, rude e bruto. Nunca, durante todo êsse tempo, escreveu uma carta para casa. Pensou que em sua casa já o teriam por morto. Finalmente seu desejo de voltar ao lar tornou-se tão grande, que decidiu realizá-lo.
Entrou no pôrto, tomou um pequeno barco e remou em direção ao lar. Sobreveio-lhe a idéia de que talvez todos estivessem mortos. Tinha vergonha de ser visto durante o dia, e, portanto, esperou até à noite. Então remou em direção de casa, mas viu uma luz, e alguém que se movia na praia. Não desejava encontrar estranhos, e por isso se retirou outra vez. Voltou às dez, mas a luz continuava no mesmo lugar. Retirou-se outra vez e esperou até às onze, mas a luz estava ali ainda, e alguém estava andando pela praia. Aproximou-se do lugar, e eis que seu pai, de barba branca, olhos melancólicos, coração quebrantado, ali estava. Noite após noite, durante dez anos havia colocado uma lanterna para guiar e receber a seu filho que voltaria ao lar paterno.
Deus é assim. É um pai, e nenhum filho jamais será esquecido por Sua mente infinita, e dos propósitos inumeráveis de Seu coração amante.
Sede Meus Imitadores
CONTA-SE a história de um velho cego que sempre levava consigo uma lanterna acesa quando saía à noite.
— O senhor não sabe quando é dia ou noite, disse-lhe alguém certa vez; por que leva sempre consigo essa lanterna?
— Oh, respondeu o velho; trago comigo a luz para que os outros não tropecem em mim!