NUMA oficina em Cremona, na Itália, Antônio observava atentamente enquanto o mestre Nicolau Amati entalhava, ajustava e envernizava a madeira que no futuro produziría bela música.
— Nenhum violino sai desta oficina sem a máxima perfeição que eu possa dar-lhe — dizia o artífice para o jovem. — Nunca me envergonho dos instrumentos musicais que levam o nome de Nicolau Amati.
Após diversos anos de aprendizado, Antônio recebeu afinal a autorização para fabricar seu primeiro violino.
— Excelente violino! disse o mestre ao vê-lo depois de pronto.
Agora que começara a gravar o nome nos instrumentos que fabricava, Antônio Stradivarius resolveu colocar nas mãos dos músicos apenas os melhores violinos que pudesse fazer. Passou a ter sua própria oficina, e quando faleceu seu amado instrutor, foram-lhe entregues as ferramentas que êste possuira.
Antônio procurava constantemente aprimorar os instrumentos que confeccionava. Deviam produzir som abundante e melodioso.
Hoje, 250 anos depois, famosos violinistas tocam nesses Stradivarius, perante milhares de pessoas. Embora Antônio recebesse apenas o equivalente a seis cruzeiros novos (NCr$ 6,00) por instrumento fabricado, atualmente cada um dêles vale mais de duzentos mil cruzeiros novos (NCrS 200.000,00). – Escolhido.