Interessante compilação de citações, feita pelo pastor Miguel Alvarez, atual diretor do Departamento de Colportagem da Associação Bonaerense.

No Catecismo da Doutrina Cristã, explicado pelo Monsenhor Dr. Mariano Núñes Mendoza, lemos:

“Basta crer para salvar-se? Não é suficiente crer para salvar-se, pois disse Jesus Cristo: Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos. . . . Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos Céus, mas aquêle que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céús.”

Em seguida é feito o comentário:

“Para salvar minha alma devo guardar os mandamentos. Para poder observá-los devo conhecê-los. Tenha-se por certo que Deus nos assiste com Sua graça, e com Sua ajuda não há um só mandamento cuja observância seja impossível. . . . Estamos obrigados a observar todos os mandamentos, sem excluir um só. Todo aquêle que voluntariamente e com pleno conhecimento transgride um só dos mandamentos, comete pecado mortal e merece o inferno, porque com êsse pecado deprecia a autoridade de Deus. Quem somos nós para corrigir o que Deus ordenou? . . . Quem é o homem para discutir os direitos de Deus? São falsos cristãos e se enganam a si mesmos os que têm a ousadia de deixar de lado algum dos mandamentos, dizendo: parece-me que não é necessário observar êste ou aquêle mandamento; são exageros; essas palavras pouco valerão diante de Deus no dia do juízo. Devemos observar o que Deus manda, e não o que pensamos.” — Catecismo de la Doctrina Cristiana, do Monsenhor Dr. Mariano Núnez Mendoza, págs. 5, 6, 9, 10 e 12.

“Sabemos que é preciso guardar os mandamentos divinos, pondo em prática as obras preceituadas no Decálogo. … Os Dez Mandamentos não sòmente exigem uma conduta íntegra do homem, nem preceituam coisas factíveis à razão, mas os Dez Mandamentos ordenam muito mais; e o que ordenam não pode ser executado por esfôrço próprio ou com a ajuda da razão. Em primeiro lugar, o Decálogo, ou os Dez Mandamentos, exige que o homem tenha verdadeiro amor e temor a Deus. . . . Além disso, exige inquebrantável firmeza em Deus, … e em terceiro lugar, o Decálogo exige que se obedeça cegamente a Deus suportando tôda angústia e perigo mortais. . . . Somos regenerados pela fé, e também pela fé recebemos o dom do Espírito Santo, a fim de renovar nosso coração, e desta maneira fazer-nos aptos para cumprir a Lei.” — A Justificação Pela Fé, de Filipe Melanchton, págs. 23, 14 e 32 (Obras Clássicas da Reforma).

O pastor batista, João C. Varetto, faz a seguinte declaração numa suposta correspondência com uma crente:

“Uma larga experiência veio demonstrar-me que a abolição da Lei é o ponto que mais devemos conhecer. … Se a Lei está em vigor, os adventistas tèm razão; por outro lado, se, como sustentamos, o Decálogo não faz parte do nôvo concêrto, os adventistas estão de fato vencidos.” — Refutación del Adventismo, de J. C. Varetto, pág. 48.

Outro pastor batista, o prestigioso evangelista Billy Graham, declara:

“Deus estabeleceu o limite entre o bem e o mal, e sempre que passamos êsse limite … infringimos a Lei. Sempre que não cumprimos os Dez Mandamentos . . . transgredimos a Lei de Deus e somos culpados de pecado.” — Paz com Deus, Billy Graham, pág. 56.

Surpreendente posição do escritor batista, Carlos L. Neal:

“A Lei de Moisés, como se encontra nos Dez Mandamentos, . . . foi estabelecida para vigorar até que Cristo viesse, e por isso suas funções terminaram nÊle.” — Evangelismo Personal, C. L. Neal, pág. 135.

Alega o mesmo autor:

“Uma infinidade de católicos não sabem que existe o segundo mandamento, pois as autoridades da Igreja Papal têm tido o cuidado de deixá-lo fora do Catecismo e de outros livros populares que estão em mãos do povo. . . . Todo o mundo sabe que a Igreja de Roma, para favorecer a adoração das imagens, suprimiu o 2° Mandamento do Decálogo, a tanto que tem tido a ousadia de pintar a Moisés segurando as tábuas da Lei, em que estão escritos os Dez Mandamentos, não como foram dados por Deus, mas sim como foram ajustados por ela mesma.” — Ilustraciones, C. L. Neal, págs. 231 e 232.

O escritor Domingos Fernández Suárez, metodista, especifica:

“Apenas será necessário dizer que a Lei foi dada a Israel no Sinai e a nenhum outro povo da Terra. . . . Isto de a Lei estar abolida soa de modo muito suspeitoso aos ouvidos até de muitos que não são adventistas. Não obstante, isto é o centro de tôda a discussão. Se a Lei está em vigor, os adventistas estão certos, e os que os combatem estão equivocados, porque a Lei diz … e o adventista pretende ou procura fazer. … Se não pudesse demonstrar que a Lei está abolida para mim, então iria começar a guardar o sábado e os demais pontos, porque na Lei está ordenado que sejam observados.” — El Cristiano y la Lei, D. Fernández Suárez, capítulos 3 e 5, págs. 37 e 55.

Argumentação do escritor Cláudio Gutiérrez Marín, metodista:

“Moisés, o grande chefe, desceu até o povo .. . abraçando contra o coração as duas tábuas de pedra em que o pensamento e a vontade de Deus acabavam de ser gravados para sempre. . . . Seu valor é divino. Cada um dos Dez Preceitos encerra em si mesmo o mais elevado e puro valor moral. Não há um mandamento maior que o outro. O Deus que ditou o primeiro, ditou também o último e todos foram escritos numa ordem perfeita. Dentro dessa ordem não há categorias morais. . . . Destarte, o caminho da Lei não sòmente é um, mas único, porque se baseia no amor e na sabedoria inalterável de Deus. Por isso também a autoridade da Lei atinge a todos os povos e encerra a expressão exata da consciência universal. A Lei de Deus não se aplica, portanto, ùnicamente ao povo judeu, mas tem fôrça legal para o povo cristão. Cristo mesmo afirmou sua autoridade e vigência universal e eterna ao dizer: ‘Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da Lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer pois que violar um dêstes mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos Céus; aquêle, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos Céús’. . . . Não existe, pois, escusa ou pretexto, justificação ou argúcia para desatender, tergiversar ou intentar dar à Lei mosaica um sentido acomodatício a determinadas circunstâncias, porque o que é de Deus tem sempre valor eterno. Assim o tem compreendido o Romanismo, ao estampar íntegra e literalmente o Decálogo nas diferentes edições de sua Bíblia. Assim também o têm entendido as igrejas Ortodoxa e da Reforma, ao manterem absoluta fidelidade na tradução dos Dez Mandamentos em suas Bíblias autorizadas. No capítulo 20 do livro de Êxodo encontram-se as palavras exatas dessa Lei divina e, quem desejar recrear seu espírito com a maravilha de seu conteúdo, ali deve ir para encontrar a verdade de Deus . . . mas . . . não basta transcrever literalmente as palavras de Deus. É preciso, além disso, ensiná-las assim às pessoas com retidão de pensamento e de coração. … O Romanismo apresenta ao povo crente e incrédulo os Dez Mandamentos da Lei de Deus espantosamente triturados. Não em sua Bíblia, mas sim em seus múltiplos Catecismos destinados ao ensino popular da fé cristã. Nesses Catecismos, autorizados pela censura romana, não aparece o segundo mandamento da Lei de Deus.” — Errores Fundamentales del Romanismo, C. Gutiérrez Marín, págs. 12, 15, 16 e 17.