Informações Precursoras

Graças aos dados que possuímos, a observação dos discos voadores remonta a muito tempo atrás, embora se presuma que as primeiras manifestações foram prestadas pelos pilotos combatentes da famosa Luftwaffe alemã, que no início das hostilidades da Primeira Guerra Mundial dominavam virtualmente o espaço. O mesmo fizeram os pilotos da Real Fôrça Aérea Britânica. Ambas essas fôrças levaram ao conhecimento de suas respectivas entidades superiores a existência de certos fenômenos de forma alongada como a de um cigarro, ou bem circular, que desenvolviam fantásticas velocidades, rodeados de certa luminosidade.

Posteriormente, um homem de negócios dos Estados Unidos, Kenneth Amold, de digna reputação e fé, foi por assim dizer o precursor desta onda de evidências, quando, no dia 24 de junho de 1947, numa viagem que realizava em seu avião particular, de Chechalis a Yakima, no Estado de Washington, sucedeu-lhe que ao passar justo sôbre o Monte Rainer, conseguiu divisar uma séria de grandes discos brilhantes, que em seu relatório, por motivo das formas que apresentavam, identificou como “discos voadores.” Daí procede a origem do nome que têm.

Pouco tempo depois se registra que Carlos MandelI, veterano da guerra aérea no Pacífico, empreendeu uma façanha transcendental em 7 de janeiro de 1948, quando recebeu ordem de levantar vôo da base aérea de Godman Field, onde prestava serviço, com três caças tipo F. 51 Mustang, porquanto sôbre Madisonville se havia detido um disco de grandes proporções. A perseguição que MandelI fêz a êsse artefato culminou, segundo os relatos dos periódicos, com a queda de sua máquina, deixando irreconhecível o corpo do audaz pilôto. 1

Testemunhos Científicos, Militares e Outros

“O presidente da Sociedade Alemã de Astronáutica, um dos inventores da famosa V. 2, Prof. Herman Oberth, opina que existem os discos voadores. Assinalou que essas aparições não são recentes, mas que se vêm processando no mundo desde há séculos, postos agora, porém, em maior evidência pelo telescópio e o radar.” 2

Hugo Dominici, astrônomo italiano, supõe que os discos voadores procedem de Marte, e o astrofísico João Sadan, de Oslo, baseado em estudos e experiências que realiza desde há muito tempo, afirma tratar-se de aeronaves lançadas de outros planêtas.

O Instituto de Meteoritos do Nôvo México, dirigido pelo Dr. Lincon la Pez, foi categórico em afirmar que nenhum fenômeno cósmico ou atmosférico é capaz da menor manobra ou modificação em sua trajetória, contràriamente ao que ocorre com os discos voadores. O diretor do observatório da Escócia assegura haver fotografado um disco voador e conversado com um tripulante do veículo espacial, o qual lhe disse que procedia de Marte, revelando-lhe que usam outros planêtas como gigantescas bases espaciais; por outro lado, o famoso astrônomo Clyde Tomaugh, diretor do observatório do Nôvo México, EE. UU., e descobridor do planêta Plutão, tem expressado sua opinião, entre outros homens de ciência, com estas palavras textuais: “Tenho passado milhares de horas observando o céu e nunca vi algo mais extraordinário e inexplicável do que um disco voador que sobrevoou esta região.” 3

Nos Estados Unidos se desenvolveu grave problema em tôrno do mistério que parece envolver a êstes objetos voadores.

“A Fôrça Aérea dos Estados Unidos publicou em Washington um relatório negando que os referidos discos venham de outro planêta, após haver investigado a operação de 7.000 dêles.” 4

O Major Donaldo Keyhoe, porém, tem levado o assunto a insistentes polêmicas em favor da existência do mistério mais sensacional de nosso século, de tal maneira que já escreveu várias obras a respeito. A Coleção Aeronáutica Argentina publicou um trabalho intitulado: “Discos Voadores do Espaço.” As observações feitas se têm concretizado tanto no setor da experiência aeronáutica como no domínio científico, embora seja verdade que suas afirmações foram desmentidas uma ou outra vez pelo Ministério de Aeronáutica, para evitar a comoção pública. Cumpre recordar que em 1952 produziu-se uma espécie de inquietação coletiva tendente à histeria, provocada por uma série de aparições de discos voadores. A Fôrça Aérea Norte-Americana fêz uma declaração púplica atribuindo as visões a:

  • 1) Fenômenos ópticos atmosféricos
  • 2) Manifestações de sugestão
  • 3) Fantasias com vistas a notoriedade da parte dos informantes.

O público, entretanto, repeliu de pronto tais explicações, devido a que por diversos condutos transcendeu o relatório reservado do Centro de Informações Técnicas Aéreas, que afirmava: “A Fôrça Aérea e seu organismo investigador, o Projeto Livro Azul, concordam em que as conclusões do Major Donaldo Keyhoe, no sentido de que os discos voadores provêm de outros planêtas, são perfeitamente factíveis. Parte de nosso pessoal compreende que pode existir alguma influência de mentes poderosas, dentro dos fenômenos conhecidos por magnetismo e sugestão; outros crêem na existência de fenômenos naturais desconhecidos, pelo menos para nós.”

“Mas se as manobras controladas, de que informam nossos observadores competentes, são corretas, a única explicação que resta é a interplanetária. ‘Menzel’ está equivocado. Sua teoria explica sòmente parte dos casos observados. Nenhum estudioso de destaque aceitou suas conclusões, considerando-as imperfeitas e precipitadas.” 5

(NOTA: O professor de Harvard, Menzel, avistou um disco voador do volante de seu automóvel. Quis explicar o fenômeno atribuindo-o ao contato de duas camadas de distintas temperaturas na atmosfera, manifestando que o ar quente que permanece entre duas camadas frias lança para baixo a luz irradiada por qualquer foco luminoso. A camada quente faz as vêzes de uma pantalha natural, sôbre a qual se projetam imagens que parecem deslocar-se a fantásticas velocidades sôbre o fundo do céu. Freqüentemente o ar quente contém pó e êste aumenta o poder de refração.)

O Major Keyhoe, sem desmentir a teoria de Menzel, declarou que os relatórios do radar provam não serem os discos voadores simples luzes, mas corpos positivamente sólidos. Acusou por outro lado a Fôrça Aérea de ocultar importantes dados probatórios de que os discos voadores constituem aparelhos de reconhecimento enviados por outros planêtas, sob o pretexto de evitar um sentimento de alarma geral. Grande número de homens de ciência e militares apoiaram a teoria do Major Keyhoe, incluindo 40.000 denúncias de observações feitas por testemunhas oculares, muitas delas coletivas. Outras se achavam registadas em cartórios e milhares remontavam a nada menos que 2.000 anos no passado, quando não existia a tecnologia moderna.

Além disso, declarou o Major Keyhoe: “Estamos travando contato com sêres de outros mundos? Isto poderia constituir a maior aventura de todos os tempos; acautelemo-nos, porém, do pânico e da violência de nossos próprios povos, e impeçamos que qualquer êrro trágico transforme pacíficos visitantes interplanetários em inimigos mortais. Êstes dramáticos momentos iniciais podem decidir o destino do mundo.” 6

Em vista das declarações precedentes, a Fôrça Aérea dos Estados Unidos traçou um nôvo enunciado, em cujo relato se fixavam quatro possíveis teorias sôbre a origem dos discos voadores, mas que finalmente foram reduzidas a uma só.

As teorias se resumiam nas seguintes possibilidades:

  • 1) Manifestações, sob formas luminosas, da transmutação da energia nuclear.
  • 2) Armas secretas de espionagem e guerra das grandes potências.
  • 3) Fenômenos celestes naturais, produto da refração.
  • 4) Aparelhos de reconhecimento enviados de outros planêtas.

A primeira das teorias foi eliminada diante da declaração do Dr. Haroldo Urey, da Universidade de Chicago, que disse: “É perfeitamente possível a transmutação da matéria, mas não a da energia.”

A segunda concepção, de que fôssem armas secretas, também foi afastada, pois os objetos luminosos observados, que de repente ficam estáticos e num instante se deslocam a 10.000 km por hora, que sobem e descem perpendicularmente ou dão giros de 90 a 180 graus, não podem atribuir-se a armas secretas dos Estados Unidos ou da Rússia, cujos aparelhos jamais alcançaram semelhante capacidade de manobra.

A terceira possibilidade sòmente explica algumas observações, mas o radar, como deu a conhecer o Major Keyhoe, prova que os discos voadores não são simples luzes, e, sim, corpos positivamente sólidos.

Permanece em pé a última teoria, cuja Validez foi aumentada pelas afirmações do Gen. MacArthur, o qual, estando alheio a todo objetivo de notoriedade e tendo acesso, em virtude de sua elevada posição militar, a relatórios confidenciais destinados a reservar-se ao círculo das altas esferas governantes dos Estados Unidos, afirmou: “Encontramo-nos sob constante observação de criaturas provenientes de outros mundos. Os Estados Unidos e a União Soviética devem unir-se antes de que seja demasiado tarde para enfrentar uma possível invasão de nosso planêta.” 7

Incluiremos neste artigo outros valiosos testemunhos, alguns dos quais se originaram na América do Sul.

BRASIL

Neste país se realizou uma conferência da imprensa no Instituto Geográfico de São Salvador, Bahia. A mesa que a presidiu estava integrada pelo Gen. João de Almeida Freitas, comandante da 1ª Região Militar; pelo Almirante Otávio da Silveira Carneiro, comandante do 2o. Distrito Naval; pelo Coronel-aviador Alfonso Celso Parreiras Horta, comandante da 1ª Base Aérea do Salvador; e por outros.

O Eng°. João Martins apresentou suas obser-vações e estudos sôbre o assunto dos discos voadores. Disse que há 10 anos estava em andamento um plano sistemático, pràticamente militar, de reconhecimento de nossa terra, de nossos meios de transporte e de defesa, dos pontos estratégicos, para uma possível descida de caráter definitivo e permanente . . . Uma coisa ficou patente: agressivos ou não, os discos voadores devem ser encarados com seriedade e objetividade.

Dez dias após a dissertação precedente, um objeto luminoso foi visto do quartel-general de S. Salvador, durante cêrca de duas horas, sendo observado por oficiais, suboficiais e soldados. 8

ARGENTINA

A Comissão Observadora de Objetos Voadores não Identificados (CODOVNI), expressou-se da seguinte maneira através de um comunicado: “Esta Comissão, único organismo que estuda no país o problema dos discos voadores com critério estritamente científico e baseado em fatos concretos . . . (após) minuciosos estudos . . . sôbre os sérios testemunhos existentes no mundo inteiro, foi levada a opinar que os discos são REAIS e procedem, quase seguramente, do espaço. Todavia, a condição atual das investigações sérias não permite ir mais além, dando provas concretas sôbre a procedência, tripulantes e intenções.” 9

Declarou-se também numa mesa-redonda organizada pela Juventude do Ateneu Cultural Ibero-Americano, em que se entreteceram comentários a respeito dos discos voadores, achando-se presentes os Engs. Secundino Rey e Carlos Chichel de IDEA, e o Sr. Paulo Michalocoski, da Comissão de Estudos e Difusão de Astronáutica e Objetos Voadores: “Podemos assegurar que não são terrestres, porque se os Estados Unidos e a Rússia os possuíssem, não haveriam gastado enormes somas na produção de foguetes.”

Concepções Teológicas

Fontes católicas

Em Bonn celebrou-se uma reunião de sociólogos católicos, que foi propagada pela imprensa da Alemanha Ocidental.

Analisando o problema dos discos voadores, a impressão unânime foi que o assunto transcende às observações astronômicas e meteorológicas, para penetrar no domínio da metafísica.

O Padre F. Dessaurer, residente em Munique, considerado verdadeira autoridade como exegeta e filósofo bíblico, afirmou: “Os sêres desconhecidos de outros planêtas devem ser considerados como pessoas, do ponto de vista filosófico, e como criaturas de Deus, do ponto de vista teológico.” 10

O escritor Daniel Rops, no semanário parisiense “Carrefour” apresentou uma dissertação relacionada com os discos voadores, que devido a suas conjeturas revolucionou o mundo da teologia, pois levava o título: “E SE OS DISCOS VOADORES FÔSSEM ANJOS?”

Êste célebre escritor católico faz uma séria reflexão sôbre o assunto, manifestando que as Escrituras Sagradas não negam a existência de outros sêres diferentes dos homens, de outros habitantes do universo, providos de inteligên-c’a, como por exemplo os anjos.

Assinalou Rops, que a presença dos discos voadores é tratada com suma seriedade dentro da ordem religiosa dos jesuítas, a que pertence um amigo seu, a ponto de haver entre seus componentes os que conjeturam que se não forem anjos as referidas manifestações, compõem-se possivelmente de criaturas perfeitas e sem mancha de pecado, que existiríam antes de Adão.

O escritor Gastão Lenormand expressou-se assim: “A possibilidade de que os discos voadores sejam tripulados por indivíduos angélicos, segundo a audaz concepção de Rops, ou de sêres isentos de pecado, segundo a opinião do pastor protestante, não sòmente interessa ao mundo cristão, mas também ao muçulmano, ao budista e aos Lamas do Tibete. Sabe-se igualmente que o Observatório Espectroscópico do Vaticano vem reunindo antecedentes relacionados com o grande mistério do Século XX. Êste Instituto se especializa em aerólitos, e existem nos domínios pontificais outros organismos técnicos, que até êste momento não têm dado a conhecer seu relatório definitivo, que os crentes aguardam com justificada expectativa, já que não se atrevem a crer sem reservas que os estranhos aeronautas sejam criaturas de Deus.

“Esta possibilidade tem sido analisada do ponto de vista teológico . . . por verdadeiras personalidades de categoria eclesiástica, que não a repelem de supetão, inclinando-se a maioria dêles a defender a teoria de que tais visitantes são de outros planêtas.”11

Fontes protestante

Faz vários anos, um pastor protestante proferiu um sermão sensacional. Destacou a altivez sui generis do homem, e mencionou estar a presença dos discos voadores demonstrando que o mais elevado gênio da raça humana ficou reduzido à mínima expressão, diante do que se percebe como a “revelação de uma técnica superior à nossa.”

Asseverou o conferencista: “Não devemos atribuir-nos o que é exclusividade de Deus, porque tudo parece indicar que o Supremo Criador, na incomensurável imensidão do cosmos, conta com um número incomensurável de outras criaturas, que têm aproveitado melhor do que nós sua capacidade mental. Nesse sentido, como os supostos tripulantes dessas fantásticas naves voadoras, são sêres superiores e protegidos pela vontade divina, e não os deveriamos temer, antes facilitar sua comunicação com a Terra.” 12

Testemunhos diversos

Entre os diversos testemunhos que convém destacar, encontra-se o que foi publicado por um autor europeu, o qual asseverou que no dia 23 de abril de 1954, em certo lugar da Normandia, um lavrador chamado Monty, além de presenciar a evolução de um disco voador, teve a oportunidade de falar com um de seus tripulantes. Segundo declarações de Monty a um repórter, depois de restabelecido da impressão que lhe produziu a presença do veículo espacial, um homenzinho de pouco mais de um metro de altura, trajando um fato de tecido brilhante e capacete protetor na cabeça, entabulou com êle uma animada conversação. Conquanto o idioma em que se expressaram fôsse passado por alto na narração, o lavrador recebeu da parte do visitante, ao indagar sua origem, a seguinte resposta: “SOMOS ENVIADOS DO CÉU.”

A êste relato acrescenta-se o que ocorreu a um vendedor de cosméticos, chamado Charley Dupuy, que manteve, segundo foi expressado por uma revista francesa, um diálogo com um dos homenzinhos que parecem visitar os habitantes da Terra. Refere o expositor, que teve a oportunidade de conversar com um dos condutores de um disco voador, de tez branca, e cujos cabelos não pôde contemplar devido a estarem cobertos por um capacete protetor. Afirmou o comerciante que manteve com o tripulante um colóquio em perfeito francês, sendo interrogado acêrca da topografia do lugar. Quase imediatamente, e de um salto, o visitante subiu à cabina de comando, e depois de fechar a portinhola, o disco voador se elevou deixando atrás de si brilhante rasto de luz. 13

Das regiões misteriosas do oriente

Desperta poderosamente a atenção, que a crença de que os sêres humanos recebem visitas de criaturas de outros planêtas, em veículos espaciais conhecidos por “discos voadores,” não se limita à vigente concepção ocidental, nem se reduz exclusivamente ao plano dos pensadores que opinam dentro do denominado cristianismo, mas transcende ao campo das religiões um tanto misteriosas do Oriente. Temos um exemplo disto no que afirmaram alguns Lamas do Tibete: “Cremos firmemente que tornamos a nascer depois de certo tempo. Mas não sòmente nesta Terra. Há milhões de mundos, e sabemos que a maioria dêles são habitados.

“Êsses habitantes podem ter formas muito diversas das que conhecemos; podem ser superiores aos humanos. No Tibete jamais nos apegamos à idéia de que o homem é a forma mais elevada e mais nobre da evolução. Cremos que em outra parte podem ser encontradas formas muito mais elevadas, que não arremessam bombas atômicas.

“No Tibete se têm visto ESTRANHOS APARELHOS NO AR. A maioria os chama de ‘CARRUAGENS DOS DEUSES.’ O Lama Mingyar Dondups declarou que um grupo de Lamas costumam estabelecer contato telepático com êsses ‘deuses,’ que disseram haver estado observando a Terra, aparentemente do mesmo modo que os humanos observam os animais selvagens e perigosos de um jardim zoológico.” 14

O escritor francês, Gastão Lenormand, regista através de sua pena, as ocorrências vividas por um amigo seu, periodista aventureiro, que penetrara no Himalaia. Por meio de extensa carta menciona seu amigo, Pedro D’Habereau, a vasta experiência obtida nas zonas um tanto misteriosas do Oriente, e que depois Lenormand consigna numa de suas obras.

Expressa Pedro D’Habereau, ter observado nos lugares que visitara, atos de devoção, fanatismo e magia que o deixaram assombrado.