“Parecia-me ver todo o Céu perante mim, e o próprio Deus,” foi o que Jorge Frederico Haendel disse de sua experiência ao compor a música espiritual e arrebatadora do incomparável oratório O Messias.
O oratório começa descrevendo a divina profecia do primeiro advento de nosso Salvador, e continua então a história através dos sofrimentos, morte, ressurreição e vitória final do Filho de Deus.
Por tôda parte desta obra-prima é exposta a fé do homem em sua própria ressurreição. Oh! que inspiração, que enlêvo advém à alma ao unir-se ela inconscientemente à glória do “Côro de Aleluia”!
O Messias foi composto há 216 anos, no surpreendentemente curto período de três semanas e dois dias. O coração de Jorge Haendel ficara impressionado por um apêlo proveniente de Dublin. Dizia o seguinte: “Nossas prisões estão repletas de presos por causa de dívidas. Dê-nos um concêrto e deixe os lucros destinarem-se para a abertura das portas da prisão.” O compositor pôs mãos à obra, e seu oratório, considerado o maior dos que êle produziu, veio à existência. Foi um imediato sucesso. O salão não pôde conter tôdas as pessoas que vinham noite após noite — não para divertir-se mas para serem elevadas em direção ao Céu.
Consta que o rei Jorge II compareceu uma noite à apresentação do O Messias. Inclinou-se cada vez mais para a frente em seu assento. A música comoveu-o até às lágrimas. Quando o côro chegou às palavras: “O Deus onipotente reina,” o rei levantou-se, como se não pudesse conter-se. Todos seguiram seu exemplo, permanecendo em pé até o côro terminar. Nós também podemos ser elevados espiritualmente ao nos postarmos em adoração perante Deus, lembrando-nos de que “o Deus onipotente reina.”
Os grandes temas de verdades espirituais do O Messias aplicam-se a qualquer época do ano. … Se tivermos a oportunidade de ouvir O Messias, compenetremo-nos de sua mensagem. Que ela nos aqueça o coração em amor, nos eleve a alma em adoração e fortaleça nossa fé na esperança de um glorioso futuro com o Rei dos reis e Senhor dos senhores.