Dannecker, o grande escultor alemão, passou oito anos cinzelando o rosto de Cristo. Conseguiu afinal que os sentimentos de amor e tristeza estivessem mesclados de maneira tão perfeita que os espectadores choravam ao contemplá-lo.

Pouco depois, quando lhe pediram que utilizasse seu grande talento para esculpir uma estátua de Vênus, replicou: “Crêem vocês que após contemplar durante tanto tempo o semblante de Cristo, posso dedicar minha atenção a uma deusa pagã?”

Êste é o verdadeiro segrêdo para desprender-se dos ídolos mundanos, “o poder expulsivo de um nôvo afeto”.