Esta pergunta parece ser uma das primeiras que surgem quando se toma em consideração os aspectos das campanhas evangelísticas longas ou breves. É estranho e presunçoso querer limitar o poder do Espírito Santo. A salvação é uma experiência que pode ser efetuada num instante, ao passo que o desenvolvimento do caráter cristão exige mais tempo. Mas quem poderá dizer se o mesmo leva um mês, um ano, ou a vida inteira?

Certo número de fatôres contribuem para a perda dos conversos:

1.  Ausência de participação nas atividades missionárias e sociais da igreja.
2.  Ausência de cuidado pastoral.
3.  Circunstâncias fora do comum na família e no trabalho.

Através de anos de atividade evangelística descobrimos diversas coisas que às vêzes parecem ser absurdas. Descobrimos que —

1.  Muitos conversos se tornaram bons adventistas do sétimo dia e fortes membros da igreja, sem terem tido qualquer conhecimento anterior sôbre os ensinos dos adventistas do sétimo dia. Muitos dêles foram o resultado de campanhas breves.

2.  Grande parte dos conversos que ganhamos numa campanha longa ou breve, provêm de lares adventistas, ou são pessoas que  tiveram contato com a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Não é necessário que haja uma campanha demorada para realizar isso.

3. Grande porcentagem das perdas que sofremos consiste tanto de pessoas que já tiveram conhecimento anterior dos adventistas do sétimo dia, como de pessoas que ouviram a mensagem pela primeira vez nas reuniões evangelísticas.

4. A porcentagem de perdas é proporcional ao número de pessoas ganhas, tanto nas campanhas longas como breves. Em outras palavras, se há cem indivíduos que se batizam em resultado duma campanha, há maior número de apostasias nesse grupo do que noutro que se componha de apenas dez indivíduos batizados. Mas a proporção ou porcentagem é a mesma.

Elma rápida investigação, levada a efeito nas igrejas de nosso território em que foram realizadas campanhas breves no decorrer dos três últimos anos, demonstrou uma perda de aproximadamente 15 por cento sôbre aquêles que foram ganhos. Êste número não é maior do que as perdas que experimentamos no mesmo período de tempo em outras igrejas onde não houve alguma campanha intensiva.

Podemos pois concluir que tudo o que se menciona por aí de que as campanhas breves não apresentam resultados duradouros, não tem fundamento. Reconhecemos o valor das campanhas breves e intensivas, porque elas trazem almas para a verdade num período de tempo mais curto. Manter êsses conversos toma-se então a responsabilidade do pastor e da igreja com que aquêles estão relacionados.

Podemos resumir o que dissemos, da seguinte maneira:

1.  Mais território pode ser abrangido com várias campanhas breves.
2.  Mais igrejas são influenciadas e estimuladas por uma campanha evangelística.
3. Nas séries longas a despesa é menor para a Associação, porque nelas tomam parte mais adventistas que contribuem para as campanhas.
4. Os resultados em batismos são maiores.
5. Aquêles que permanecem fiéis à mensagem e à igreja constituem maior número, em razão de que mais pessoas são ganhas inicialmente.