Ensinam os adventistas do sétimo dia, em sua literatura autorizada, que aquêles que adoram no domingo e rejeitam por completo os ensinamentos adventistas, têm o sinal da apostasia, ou o “sinal da bêsta ? Não ensina a Sra. White que aquêles que agora guardam o domingo já possuem o sinal da bêsta?
Nossos pontos de vista doutrinários baseiam-se na Bíblia, não nos escritos da Sra. White. Mas desde que seu nome foi introduzido na questão, uma explícita declaração de sua pena deveria deixar o assunto bem claro. O que segue foi escrito por ela em 1899:
Ninguém recebeu até agora o sinal da bêsta. Ainda não chegou o tempo de prova. Há cristãos verdadeiros em tôdas as igrejas, inclusive na comunidade católico-romana. Ninguém é condenado sem que haja recebido iluminação e se tenha compenetrado da obrigatoriedade do quarto mandamento. Mas quando fôr expedido o decreto que impõe o sábado espúrio, e o alto clamor do terceiro anjo advertir os homens contra a adoração da bêsta e de sua imagem, será, traçada com clareza a linha divisória entre o falso e o verdadeiro. Então os que ainda persistirem na transgressão receberão o sinal da bêsta. — Evangelismo, pág. 234. (Grifo nosso.)
Êste foi o ensinamento uniforme dela através dos anos — não obstante as citações que os detratores desvirtuaram e tiraram do contexto. Esta posição é mantida pela mesma escritora em O Conflito dos Séculos:
Mas os cristãos das gerações passadas observaram o domingo, supondo que em assim fazendo estavam a guardar o sábado bíblico; e hoje existem verdadeiros cristãos em tôdas as igrejas, não excetuando a comunhão católica romana, que crêem sinceramente ser o domingo o dia de repouso divinamente instituído. Deus aceita a sinceridade de propósito de tais pessoas e sua integridade. Quando, porém, a observância do domingo fôr imposta por lei, e o mundo fôr esclarecido relativamente à obrigação do verdadeiro sábado, quem então transgredir o mandamento de Deus para obedecer a um preceito que não tem maior autoridade que a de Roma, honrará desta maneira ao papado mais do que Deus. . . . Ao rejeitarem os homens a instituição queDeu s declarou ser o sinal de Sua autoridade, e honrarem em seu lugar a que Roma escolheu como sinal de sua supremacia, aceitarão, de fato, o sinal de fidelidade para com Roma — ‘o sinal da bêsta’. E sòmente depois que esta situação esteja assim plenamente exposta perante o povo, e êste seja levado a optar entre os mandamentos de Deus e os dos homens, é que, então, aquêles que continuam a transgredir hão de receber o ‘sinal da bêsta’. — pág. 486. (Grifo nosso.)
A observância do domingo ainda não é o sinal da bêsta, e só o será quando sair o decreto que obrigue os homens a guardar êste falso sábado. Virá o tempo quando êste dia será a prova, mas êsse tempo ainda não chegou. — Ellen G. White, Manuscrito 118, 1899.
A resposta, portanto, à pergunta se a Sra. White afirmava que todos os que agora não aceitam e observam o sétimo dia como o sábado possuem o “sinal da apostasia”, é um categórico Não.
Temos a firme convicção de que milhões de cristãos piedosos de tôdas as crenças, através de todos os séculos do passado, bem como aquêles que atualmente confiam sinceramente no Salvador Jesus Cristo para se salvarem e que O seguem em conformidade com a luz que receberam, inquestionàvelmente estão salvos. Milhares de tais cristãos sofreram o martírio por Cristo e por sua fé. De mais a mais, por certo serão incluídos inúmeros católicos romanos. Deus conhece o coração e lida com as intenções e o entendimento. Essas pessoas fazem parte de Suas “outras ovelhas” (S. João 10:16). Êle não Se engana. O princípio bíblico é claro: “Aquêle, pois, que sabe fazer o bem, e o não faz, comete pecado.” S. Tiago 4:17.
Os adventistas do sétimo dia interpretam as profecias relativas à bêsta, e o acatamento que se dá à sua obra, como algo que aparecerá distintamente antes da volta do Senhor em glória. Entendemos que esta questão então se tornará uma prova mundial.