Num grande transatlântico, certo pastor de renome falava, numa manhã de domingo a respeito das respostas de Deus à oração. Havia no auditório um homem cuja expressão cínica demonstrava claramente a falta de simpatia para com as idéias do orador. Terminado o culto, um amigo abordou-lhe com esta pergunta :
— Que achou do sermão?
— Ora, não passa de uma conversa de criança! — foi a resposta.
À tarde o ministro foi solicitado a falar no alojamento da 3a. classe, e a maioria de seu auditório da manhã o seguiu. O Cético achou-se só. Cedendo a um impulso, dirigiu-se ao comissário de víveres, e pediu-lhe uma laranja.
— Sirva-se — respondeu, indicando-lhe uma grande tijela.
O cético pôs duas delas no bôlso, e foi perambular nas imediações da multidão que ouvia o ministro. Achava-se lá sentada uma velha senhora, de rosto erguido e olhos fechados, dormindo. Pensando em fazer uma brincadeira, pôs-lhe no colo, mansamente, as laranjas, e saiu um pouco. Posteriormente, voltando onde estêve, viu-a a comer a laranja.
— Está gostando, mamãezinha? — indagou, zombando.
E ela respondeu, delicadamente.
— Oh, eu estava com uma sêde incrível devido ao enjôo do mar, precisei sentar-me aqui, e orei para que meu Pai celestial me enviasse uma laranja. Estava adormecida e ao acordar, havia aqui duas no meu colo.
O escarnecedor tornou-se um interessado na mensagem, e encontrou o Salvador — Ilustrations for Preachers and Speakers, by Keith L. Brooks.
“A voz humana no canto é um dos talentos dados por Deus para ser empregado para Sua glória” — Evangelismo, pág. 498.