Um articulista conta na revista Putnam’s Monthly que um seu amigo possuía raríssima planta num grande vaso, o qual estava junto de um pequeno lago. Nunca florescera e, na verdade, mal se mantinha viva. Tudo se fêz para que crescesse, mas sem nenhum resultado. Certa vez, seu proprietário saiu de férias e, no dia da partida, um menino negligente que devia cuidar do jardim resvalou no vaso, quebrando-o, e a planta caiu no lago. Vendo a planta mergulhar até ao fundo, o menino deixou-a lá. Algumas semanas depois, voltava o proprietário. Certo dia, pôde verificar uma planta viçosa, luxuriante e desconhecida emergindo da água. Soube, então, o que sucedera à sua planta. Tardiamente descobriu que se tratava de uma planta aquática e que definhara por ter sido posta num vaso. O mesmo tem ocorrido, muitas vêzes, com as almas famintas e sedentas. Acontece o que, à primeira vista, parece ser uma calamidade, uma aflição terrível, uma grande angústia, para depois provar-se ser exatamente o que se tornava necessário para aprimorar o caráter, e pôr em relêvo as latentes faculdades de viço e paciência. — Illustrations for Preacher and Speakers, por Keith L. Brooks.