“Caca nova invenção tem sua origem em Deus para apressar o Dia do Senhor.” — Fundamentais of Christian Education, pág. 409.

Tem sido a preocupação do Departamento do Rádio nos campos da União Sul-Brasileira, fazer com que a mensagem levada ao povo através do Rádio, seja mais extensiva e com resultados mais positivos, razão porque vem dando especial atenção em reunir as fôrças da igreja para maior aproveitamento na colheita de almas.

Unindo as Fôrças para Evangelizar

Em 1960 foi planejada forte campanha a favor do programa “A Voz da Profecia” em diversas cidades do território da USB e principalmente nas Capitais: Pôrto Alegre, Curitiba e São Paulo. Milhares de convites, anúncios e cartazes, foram levados ao público através de jornais, rádios, veículos, aviões e pelos corajosos obreiros e membros das igrejas, nas ruas, fábricas, nos aglomerados do povo e em especial nos lares, alertando a todos a ouvirem a Grande Mensagem pelo rádio.

Os resultados são os mais animadores, pois não só aumentou o número de ouvintes e matriculados na Escola Radiopostal, como também várias famílias têm ingressado na Igreja. Os irmãos continuam visitando os lares e inscrevendo os interessados, para o estudo da Bíblia.

Casa Verde Amadurece !

Em São Paulo foram distribuídos, pelas sessenta igrejas e grupos da Capital e arredores, 500.000 convites alertando o povo a ouvir a “Voz da Profecia”. Logo depois a mesa administrativa planejou uma série de conferências no populoso bairro de Casa Verde que deveria ser dirigida pelo pastor Alcides Campolongo, diretor departamental do Rádio.

Planos foram elaborados. Três sábados antes de iniciar a série, um grupo de irmãos de diversas igrejas se reuniu na sala do pequeno grupo de Casa Verde e juntando suas fôrças com êles e os obreiros, levaram aos lares vizinhos do bairro, 30.000 convites que indicavam o programa e horário da “Voz da Profecia”. O mesmo convite foi repetido nos lares por duas vêzes e no terceiro sábado os irmãos levaram juntamente o convite para a primeira conferência que teve início no dia 28 de agôsto de 1960, com o salão superlotado desde a primeira conferência.

Grande era o interêsse. As crianças foram separadas para uma sala anexa, sob a direção da irmã Neide Campolongo, espôsa do evangelista, tendo como auxiliares as irmãs: Dorinha Felix, Leonor Trivelato, Nair F. Negrão, espôsas dos obreiros bíblicos. Oitenta e mais crianças eram assim evangelizadas, enquanto o salão de adultos, sempre superlotado, era atendido pelo pastor Campolongo e seus obreiros: Oswaldo Felix, Abel Trivelato, Benedito Fontoura, Wilma Valente e Ester Prado.

Já na oitava conferência foi introduzida a parte inicial e final do programa a “Voz da Profecia”, tornando-o mais e mais relacionado com as conferências. Na décima palestra, planejou-se que o orador da “Voz da Profecia”, falasse ao povo. Só então, é que foi plenamente identificada a “Voz da Profecia” com as conferências públicas, pois o convite agora, trazia o nome do orador da “Voz da Profecia” e que o mesmo falaria ao povo, no salão de conferências.

Quando o pastor Roberto Rabello perguntou quantos eram ouvintes da “Voz” quase a totalidade ergueu a mão. Pelo menos 80% a 90% eram ouvintes.

As conferências continuaram animadas!

Mais Estabilidade e Frutos

Perguntando aos obreiros bíblicos que tinham em mãos 400 endereços, qual a atitude dos interessados destas conferências em comparação com interessados em outras séries não identificadas ou entrosadas com a “Voz da Profecia”, tivemos a seguinte resposta: “Neste plano, desde o início se relacionou o interessado com a ‘Voz da Profecia’ e a conferência.”

“Em outras séries, o povo ficava em atitude de expectativa (sem saber de que procedência eram as conferências), até que era apresentado o assunto em relação com o Movimento Adventista. Isto trazia um sentimento de ansiedade e preocupação desfavoráveis a uma decisão mais segura do interessado.”

Disseram os obreiros, que podiam trabalhar num ambiente de confiança. Isto favoreceu a estabilidade da assistência às conferências e em decisões pela verdade.

Os obreiros bíblicos chegaram a trabalhar das 8:00 às 23:00 horas. Tal era o interêsse de recepção nos lares.

O evangelista por sua vez levou a sobrecarga dos seus Departamentos de Rádio, Relações Públicas e Temperança, enquanto realizou a série de conferências três noites por semana.

Aproveitando a Obra Médica

Depois de apresentar os temas sôbre temperança o evangelista convidou o médico Dr. Ajax Silveira, ancião da igreja, para dar consultas e conselhos sôbre o problema do tabagismo e alcoolismo, o que fêz aos domingos, das 15:00 às 19:00 horas, quando foram atendidas pessoas inclusive com medicamentos grátis, prèviamente conseguidos pelos obreiros com os laboratórios.

Também a espôsa do evangelista, deu uma série de aulas sôbre arte culinária e alimentação adequada, para as senhoras e moças, cinco semanas antes do batismo.

135 no Primeiro Batismo da Série

Êste foi o maior batismo de uma série registado no Brasil! Mais 40 pessoas aguardam o próximo batismo.

A valorosa equipe evangelística

Depois de oito meses de conferências, foi realizado no dia 8 de abril de 1961 o primeiro batismo, quando 135 almas foram levadas por um grupo de seis pastôres às águas batismais no batistério da Igreja Central de São Paulo.

Três ônibus especiais foram lotados, além de outros transportes, para conduzir os candidatos e interessados do bairro de Casa Verde, ao local do batismo.

O templo Central estêve superlotado com mais de 1.200 pessoas que testemunharam ao som do órgão, quartetos e coros a comovente cena da grande festa batismal que contou com a presença do pastor geral da União Sul-Brasileira, Moysés S. Nigri, que dirigiu o sermão do batismo; o pastor geral da Associação Paulista, Oswaldo R. Azevedo; o pastor Siegfried Kümpel, diretor da Faculdade de Teologia do Instituto Adventista de Ensino, que dirigiu palavras de ânimo aos batizandos, concitando-os a serem

Flagrante da cena batismal

fiéis na luta por Cristo e Sua Verdade; o pastor João Linhares, professor do Instituto Adventista de Ensino, e grande número de pas-tôres dos diversos distritos da Capital.

Fatos Curiosos

  • 1. Os mais idosos do grupo: A irmã Ana Gomes Teixeira, com 84 anos de idade, e o irmão Roque Batista com 81 anos.
  • 2. Os mais novos:’ O irmão Eldever Carnovali, com 10½ anos e a irmã Ana Maria Santana com 11 anos, juntamente com seus pais.
  • 3. Foram batizados 85 do sexo feminino, 50 do sexo masculino, fazendo parte do grupo geral, 40 jovens.
  • 4.  De diversas religiões: Católicos, 61; Pentecostais, 35; Presbiterianos, 11; Metodistas, 3; Batistas, 3; Espíritas, 5; Luteranos, 2; Testemunhas de Jeová, 2; sem religião, 4; filhos de adventistas, 9.

Alcoólatras se Convertem

João Caetano foi batizado com sua esposa e três filhos. Foi um dos maiores alcoólatras e ébrios de Casa Verde. Quando bebia, quase sempre a família tinha que ir buscá-lo nos botequins, pois do contrário êle passava as noites fora de casa e ao relento. Em casa, quando alcoolizado, não reconhecia os familiares e os tratava àsperamente. Mas, após a sua conversão, tornou-se um espôso exemplar, atestado por sua espôsa D. Tereza Caetano, e seus filhos.

Jordão G. de Oliveira. Êste homem foi terrível em suas ações e alcoólatra também. Brigava diariamente com a espôsa, havendo se separado dela várias vêzes. Certa feita, depois de uma acalorada discussão, êle alvejou-a com 5 tiros e estêve longo tempo separado dela. Mais tarde voltou a viver com a espôsa e começaram a assistir às conferências de Casa Verde. Êle e sua espôsa foram batizados e vivem uma nova vida com Cristo Jesus.

A primeira Escola Sabatina teve 300 presentes entre crianças e adultos. Contava o grupo de Casa Verde com apenas 30 membros, inclusive crianças. Hoje, 270 fazem parte da Escola Sabatina ali.

Grandes Possibilidades para o Futuro

Esperamos que os pastôres e evangelistas levem em conta as grandes possibilidades e vantagens que o programa “A Voz da Profecia” lhes proporciona em seu plano de evangelização. Logo, outras séries serão realizadas, de diferentes maneiras, e assim poderemos ver nos diversos sistemas, como se poderá aproveitar melhor o trabalho do Rádio no plano geral do evangelismo.

Duas igrejas, em bairros de São Paulo, estão cuidando de 130 pessoas levando aos lares, cada semana, nova lição da Escola Radiopostal. Esperamos que êstes alunos sejam logo reunidos, no interêsse de que lhes sejam ministradas as últimas lições do curso, dando-lhes então os certificados numa grande festa de formatura e em seguida convidá-los a seguirem com o curso avançado por meio de uma bem planejada aula bíblica. Cremos que êste método trará, sem dúvida alguma, resultados impressionantes em decisões pela verdade.

Planeja-se, também, o preparo prévio de algumas cidades, alertando o povo a ouvir o programa da “Voz” e depois de um ou dois meses, visitar novamente os lares, matriculando os interessados na Escola Radiopostal. Depois dêstes contatos com alunos pelos membros missionários da igreja, iniciar então uma série de conferências públicas, convidando o público em geral, como fazem os evangelistas, e particularmente, aos matriculados por aquêles que os têm auxiliado no preparo das lições.

Um plano menor é o de convidar o público (depois de preparo prévio), para ouvir um dos representantes da “Voz da Profecia”, em uma série de assuntos especiais, por uma semana ou quinze dias, com os temas principais, levar então os interessados para a igreja (ou continuar no salão), deixando-os aos cuidados do pastor distrital.

Apêlo

“Os ministros designados por Deus hão de achar necessário envidar esforços extraordinários para atrair a atenção das multidões.” — Obreiros Evangélicos, pág. 122.

“Devemos fazer algo fora do curso comum das coisas. Temos que prender a atenção.” — Idem, pág. 123.

“A Obra de Deus na Terra nunca poderá ser finalizada enquanto os homens e mulheres que compõem nossa igreja não se unam à obra, e ajuntem seus esforços aos dos ministros e oficiais da igreja.” — Idem, pág. 365.