Certo dia quente de agôsto, dois cavalos meio esfaimados, puxando um carroção de imigrantes com um cocheiro bêbado, uma mulher enfêrma e quatro crianças, pararam junto de um casebre nas campinas do Estado de Kansas, na América do Norte.

— Tem água? — indagou o cocheiro a uma encantadora menina que estava na porta. Não havia senão um balde de água no poço, que se estava secando, e seus pais achavam-se no momento fora procurando mais águas, mas Raquel levou aquêle balde de água ao carroção, e o grupo sedento imediatamente o esvaziou.

— Lembre-se, menina — disse a enfêrma gratamente — que você fêz êste bem a um dos menos dignos.

Prosseguiram a viagem. Os anos passaram-se, e Raquel cresceu, tornando-se uma mulher. Convidou um orador de assuntos de temperança muito conhecido a fazer conferência em sua cidade.

— Eu gosto de Kansas — começou êle a falar — pois em suas planícies fiz meu primeiro voto de temperança.

A seguir relatou a cena acima. Ao referir-se à menina que lhes deu água — um balde de água — e como seu pai naquele dia arremessou para longe a garrafa de uísque como oferta de gratidão, e êle mesmo prometera à sua mãe juntar-se ao exército dos temperantes, Raquel apenas pôde inclinar a cabeça para ocultar as lágrimas de alegria. — 3.000 Illustrations for Christian Service.