“Lúcifer” é palavra que entrou para a língua portuguêsa através do latim (de lucis, Juz, e fero, transportar, carregar) e significa etimològicamente “portador de luz”. Corresponde ao grego “phosphoros” (de “phos, luz e “phoros”, que transporta), e ao hebraico “ma’or”, igualmente “portador de luz’.

Os romanos denominavam “lúcifer” ao planêta Vênus, a “estrêla da manhã”, visto ser o corpo celeste de maior brilho depois do Sol e da Lua.

O profeta Isaías comparou o esplendor do rei de Babilônia a “lúcifer”, estrêla da alva, filho da manhã, portador de luz (ma’or). Isa. 14:12. Em II S. Ped. 1:19, Cristo é denominado “Estrêla da alva” (phosphoros, portador de luz, no original grego). Na Vulgata, nessa passagem, está “lúcifer” referindo-se a Cristo.

A aplicação do nome “Lúcifer” a Satanás tem-se feito a partir do século III da era cristã, por escritores da época, tendo em vista o texto de S. Lucas 10:18, que diz: “Eu via Satanás, como raio, cair do Céu.”

A Igreja Adventista do Sétimo Dia aceita como válida essa designação, considerando-se sobretudo revelações do Espírito de Profecia que atestam a posição em extremo exaltada de Satanás antes da rebelião no Céu. Por insurgirse contra a lei de Deus, e pela exaltação própria, perdeu êsse anjo sua luminosa posição. “Foi assim que Lúcifer perdeu seu lugar no Céu.” (O Conflito dos Séculos, pág. 566). Oxalá Lúcifer continuasse sendo sempre Lúcifer. Não teria havido o tenebroso drama do pecado que, graças a Deus, está próximo do fim.

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