O hábito de ler é indispensável a pastores e esposas. Isso contribui para o crescimento espiritual pessoal e para a eficácia do trabalho
Vivendo em um país em que o índice de livros lidos é menos de um por habitante, somos uma geração habituada à internet, televisão, e outros recursos que nos condicionam a receber mensagens prontas em forma de imagens rápidas. Não existem problemas com as imagens em si, mas a questão é o que sobra da nossa capacidade de interpretação, quando elas não estão presentes.
Educadores têm se unido num esforço constante para divulgar os benefícios da leitura, inculcar nas crianças o gosto pelos livros bem como enfrentar o grande desafio de lhes ensinar a interpretar o que leem. E quanto a nós, líderes cristãos, pregadores e instrutores, que temos a fé pautada no “assim está escrito”, acaso temos nos adicionado ao número daqueles que a cada dia leem menos?
Hábito a ser cultivado
Pastores e esposas não podem prescindir da leitura. Eles são instrutores de verdades eternas e necessitam estar “preparados para responder a todo aquele que [lhes] pedir a razão da [sua] esperança” (lPe 3:15). Com a oração e a meditação, a leitura da Bíblia e de bons livros auxilia o pregador no preparo de mensagens espiritualmente ricas, nutritivas, relevantes e transformadoras de vidas.
O apóstolo Paulo cultivava o hábito da leitura. Estando na prisão, certo da proximidade do seu martírio, pediu a Timóteo: “Quando vieres, traze… os livros, especialmente os pergaminhos” (2Tm 4:13). Devemos ser perseverantes no cultivo do hábito da leitura. Se reconhecemos que nosso crescimento espiritual depende também da leitura, devemos levar isso em consideração.
Deus guiou a produção das Escrituras e as fez chegar até nós, com o propósito, entre outros, de nos preservar contra o mal (Sl 119:11). Caso tenhamos dificuldade para entender o que lemos, devemos nos lembrar da promessa que nos garante a assistência divina: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente… e ser-lhe-á concedida” (Tg 1:5).
Alimento mental nutritivo
Durante a leitura, cada ideia do autor evoca conceitos, imagens que produzem o sentido do que é lido. É o que chamamos de inferência. Segundo esse processo, as palavras lidas acionam o conhecimento prévio (as vivências) que nos permitem entender ou não o que estamos lendo. Por isso, o mesmo texto pode ser lido por duas pessoas e ser entendido apenas por uma delas. Ou elas o entendem de modo diferente.
Isso explica o fato de que também devemos estar familiarizados e envolvidos com assuntos de interesses eternos. Devemos preencher nossos arquivos mentais com material que possa ser usado para aumentar nossa capacidade de compreensão, quando lermos textos que tenham conteúdo enobrecedor.
Evidentemente, necessitamos da direção do Espírito Santo porque, caso não tenhamos sólida bagagem espiritual, o processo da compreensão do que lemos será penoso e poderá nos levar a diminuir o interesse em alimentar e desenvolver nossa salvação (Fp 2:12). Quando nos concentramos demasiadamente nas coisas do mundo, mesmo que sejam importantes, as coisas do Céu se tornam de entendimento difícil. Por essa razão, Paulo aconselhou: “Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente…” (Rm 12:2).
Sugestões
Com o propósito de ajudar você a melhorar a qualidade de sua leitura, oferecemos estas sugestões:
♦ Comece lendo sobre assuntos que tratem de alguma coisa do seu interesse.
♦ Escolha textos curtos e, depois, tente explicar o que leu. Caso não consiga, leia novamente.
♦ Cuide para que haja progresso no tamanho e no tipo de texto. Nossa mente precisa ser desafiada a crescer.
♦ Faça uso do dicionário, para esclarecer palavras desconhecidas.
♦ Desenvolva interesse por assuntos importantes, não desista diante das dificuldades.
Lembre-se de que Deus tem bênçãos maravilhosas para você, através da leitura inspiradora.