Havia uma cela subterrânea numa antiga prisão egípcia, muito temida pelos prisioneiros. Certa vez um homem de trato foi sentenciado a passar vinte e quatro horas nesse lugar de horror. “A porta estava aberta. Os passos do guarda perdiam-se à distância. Então tudo era tranqüilidade. O homem sentiu-se deprimido, paralisado de mêdo. Formas estranhas e horrendas saíam da obscuridade e apontavam para êle. Sentiu que daí a pouco o terror o conduziria à loucura. Então subitamente ouviu o som de passos no teto, e num tom sereno o capelão chamou-o pelo nome. Oh, jamais houve tão doce música! ‘Deus vos abençoe,’ disse gaguejando o pobre homem. ‘Estais ai?’ ‘Sim,’ respondeu o capelão. ‘E não sairei daqui enquanto não fôrdes sôlto.’ O pobre homem não sabia como agradecer. ‘Pois bem, não me preocuparei tanto agora, estando vós aí dessa maneira.’ O terror se dissipou estando seu amigo tão próxi-mo, invisível, contudo em cima. Assim também ao lado de todos nós está a presença invisível contudo amorosa de nosso Amigo, e as trevas e o perigo não mais terão poder de nos amedrontar.” — Christian Endeavor World.