ARTHUR L. WHITE

(Secretário das Publicações da Sra. Ellen G. White)

Parte III

TODA a América, nestes dias, está terrivelmente excitada com os novos milagres realizados pelo hipnotismo no campo da Medicina, da Odontologia e da Psiquiatria.” Assim se expressa Lester David em artigo “O que Realmente Acontece Quando Sois Hipnotizados,” na edição de agôsto de 1956 de Coronet. E isso não é uma atenuação da verdade.

Para os adventistas do sétimo dia as numerosas notícias diárias e artigos bem redigidos que visam a informar o público no tocante à hipnose assumem significação especial em vista dos bem definidos conselhos a nós dados faz tantos anos pela serva do Senhor — por cujos conselhos podemos avaliar êstes novos descobrimentos.

Além das revistas populares, também as técnicas publicam novas e empolgantes notícias de realizações maravilhosas no emprêgo do hipnotismo e predizem o papel importante que a hipnose em breve terá na prática da arte de curar.

A revista Tinte, de 7 de fevereiro de 1955, em artigo “Hipnose Para Queimaduras,” dá conta do trabalho de um “grupo de cinco homens da South-western Medicai School da Universidade de Texas, enumerando os resultados fenomenais no tratamento de queimaduras graves em que “a hipnose resolveu seis casos difíceis.” A artigo termina com as conclusões do psicólogo Harold Crasilneck, chefe do grupo, de que “como agora vemos, a hipnose tem um papel hem definido e específico na Medicina.” — Time, de 7 de fevereiro de 1955, págs. 48 e 49.

Poucos meses antes, a revista Look publicou um artigo bem ilustrado, “Hipnotismo, a Gata-Boralheira da Ciência,” e o iniciava com um aviso: “Sem alarde, uns poucos médicos e dentistas estão utilizando o hipnotismo.” — Look, de 29 de junho de 1954, pág. 32.

Ao ser a história relatada em letra de fôrma e ilustrada, o leitor é informado de que “em anos recentes, têm surgido relatos nos periódicos científicos referentes ao êxito crescente do hipnotismo na medicina, na cirurgia e na odontologia. Tem sido usado como auxiliar nos partos. . . . Verificaram os psiquiatras que o hipnotismo pode abreviar o longo processo da psicanálise. Relatam os dentistas que o hipnotismo é excelente para crianças ou adultos que temem a cadeira do dentista. Em vez de usar a hipnose como substituto da novocaína ou do gás, usam-no os dentistas para relaxar o paciente e para ajudá-lo a vencer os seus temores.” — Idem, pág. 35.

Lembrar-se-á o leitor de outros artigos, numerosos demais para serem aqui mencionados, aparecidos na imprensa nos últimos dois anos, mas o clímax parece haver sido atingido no relato publicado em Newsweek, de 25 de junho de 1956, como segue:

Cirurgia Sob Hipnose

O primeiro caso de alta cirurgia do pulmão sob hipnose foi apresentado na reunião da Associação Médica Americana, em Chicago, a semana passada, pelo Dr.’ Milton J. Marner, anestesista do Cedars and Lebanon Hospital, de Los Angeles. Foi removido um tumor do pulmão de uma senhora de vinte e cinco anos, submetida a hipnose profunda, auxiliada por drogas preparatórias. Por espaço de duas e meia horas que durou a operação, ela obedeceu a tôdas as instruções ministradas, com exceção da de reter a respiração, de forma que foi empregada uma droga para diminuir a respiração. Uma semana depois, voltou ela para casa, em “excelentes condições.”

A hipnose, observou o Dr. Marmer, “é o único meio de anestesia que não origina perigo algum para o paciente.” Em mãos peritas, o processo “torna-o destemido em face da operação, não sente dor durante a mesma, e sente-se bastante confortável depois.” — Pág. 88.

“Tirar o embuste,” diz Lester David, “bem como as encenações, e a hipnose emerge, afinal, como um benefício extraordinário para a humanidade.” — Coronet, agôsto de 1956, pág. 79.

Que a hipnose devesse ser tão altamente louvada e divulgada em geral como uma ciência que é “um benefício extraordinário para a humanidade” não é surprêsa para os adventistas do sétimo dia. Cinqüenta anos faz, e mesmo mais, quando a hipnose era mal vista e não tinha prestígio no mundo científico, Ellen White tachou-a de “uma ciência” e escreveu acêrca de seu uso na prática da medicina como uma “ciência” que pode aparentar alguma coisa “bela,” alguma coisa ‘valiosa”. (Ver Medicai Ministry, págs. 111 e 112.) Noutras declarações ela a designou “chamada ciência” (A Ciência do Bom Viver, pág. 207).

Mas não é apenas neste desenvolvimento do hipnotismo como uma “ciência” ou “chamada ciência” que êstes conselhos na forma de solenes advertências têm significação especial para os adventistas do sétimo dia. Êstes conselhos encontrados nos seus primeiros e últimos livros, e em muitos intermediários, constituem guia seguro em nossa presente atitude para com o hipnotismo, tanto do ponto de vista do médico como do leigo.

Iniciemos com a primeira referência feita nos escritos de Ellen White, com o que retrocedemos ao ano 1845. Quase não precisaríamos dizer que o que hoje chamamos hipnotismo era então conhecido por mesmerismo.

“Um médico que era acatado mesmerista disse-me que as minhas visões eram mesmerismo, que eu era pessoa muito sugestionável, e êle me podia mesmerizar e dar-me uma visão. Eu lhe disse que o Senhor me mostrara em visão que o mesmerismo provinha do diabo, do abismo, e que logo iria para lá juntamente com as pessoas que continuassem a usa-lo. Consenti em que êle me mesmerizas-se, se lhe fôsse possível. Ele tentou durante mais de meia hora, recorrendo a diferentes operações e desistiu. Pela fé em Deus eu pude resistir à sua influência, de modo que não teve sôbre mim efeito algum.” — Early Writings, pág. 21.

A disputa nesta experiência era sôbre o domínio da mente de Ellen White pelo operador. Ela resistiu às suas tentativas e, assim, não foi influenciada. No emprêgo bem-sucedido do hipnotismo, o fator essencial reconhecido tanto na literatura profana como nos escritos de Ellen White, é a submissão cooperante do indivíduo ao hipnotizador.

Uma quantidade de cuidadosos escritores tentou definir o que ocorre quando um indivíduo é hipnotizado.                                            

Norman Carlisle sumariza da maneira seguinte:

“O ser hipnotizado tem o efeito de pôr a vossa mente subconsciente sob domínio, sem interferir com vossa mente consciente, que em geral comanda os vossos pensamentos e ações. Assim, em vez de receberdes ordens de vossa mente consciente, vós a recebeis do hipnotizador. Por algum motivo, entretanto, vossa mente não discerne que as instruções provêm de fora.” — What Is Hypnotism?, Coronet, dezembro de 1954, pág. 151.

E Lester David diz do hipnotismo:

“Sintetizando, é a capacidade de um indivíduo pôr outro numa espécie de transe durante o qual o indivíduo é incapaz de fazer qualquer coisa que não seja pela direção do hipnotizador.” — Coronet, agôsto de 1956, pág. 75.

John Pfeiffer, em seu artigo publicado por New York Times Magazine, condensado em Science Digest de setembro de 1956, explica:

“O cérebro tende a realizar tanto quanto possível automàticamente e é necessário um ato da vontade para a concentração. Se a vossa fôrça de vontade fica enfraquecida, como no caso da hipnose, essa tendência tem livre curso. A monotonia das sugestões repetidas . . . produz uma espécie de meio-sono ou transe, durante o qual podemos tornar-nos autômatos em alto grau”. — Págs. 43 e 44.

Êste mesmo fator básico para a hipnose bem-sucedida é apresentada de outra maneira em recente artigo de Newsweek, em estilo de perguntas e respostas:

Pode uma pessoa ser hipnotizada contra a sua vontade?

“—Ninguém pode ser hipnotizado sem que (1) queira sê-lo e (2) coopere amplamente com as su-gestões do hipnotizador.” — 9 de abril de 1956, pág. 110.

À luz dêste princípio básico de absoluta submissão do indivíduo ao hipnotizador, é que o conselho de Ellen White assume importância especial. Notai esta advertência oportuna, proferida num sermão de manhã de sábado em um de nossos sanatórios, em 1901:

“A nenhum indivíduo deve ser permitido assumir o domínio da mente de outra pessoa, na suposição de que, em assim procedendo, lhe está garantido o recebimento de grande proveito. A cura da mente é um dos mais perigosos enganos que pode ser praticado em qualquer indivíduo. Um alívio temporário pode ser sentido, mas a mente de quem é assim dominada nunca mais é tão forte nem tão segura. . . . Não está no desígnio divino que qualquer ser humano submeta a sua mente a outro ser humano. O Cristo ressuscitado, que está agora entronizado à destra do Pai, é o poderoso Curador. A Êle recorrei para a capacidade de cura. Cinicamente por Êle podem os pecadores se achegarem a Deus tais como estão. Nunca podem êles fazê-lo através da mente de homem nenhum.” — Sra. E. G. White, manuscrito N°. 105, 1901 (Medicai Ministry, págs. 115 e 116).

Para que não haja dúvida alguma justamente quanto ao que ela se referia quando falou de uma pessoa assumir o domínio da mente de outra, citamos outra advertência proferida uns poucos anos mais tarde numa comunicação dirigida aos obreiros principais da denominação, em que ela emprega os têrmos “mesmerismo” e “hipnotismo.”

“Não devem os homens e as mulheres estudar a ciência de dominar a mente das pessoas de suas relações. Esta é uma ciência que Satanás ensina. Devemos evitar qualquer coisa desta espécie. Não devemos brincar com o mesmerismo e o hipnotismo — a ciência daquele que perdeu o seu primeiro estado, e foi expulso das cortes celestes.” — Medicai Ministry, págs. 110 e 111.

Em A Ciência do Bom Viver, publicado em inglês, no mesmo ano 1905, depois de escrever sôbre a verdadeira “cura da mente”, Ellen G. White descreve, como segue, os azares de uma mente controlar outra:

“Uma forma de cura mental existe, entretanto, que é um dos mais eficazes meios para o mal. Mediante essa chamada ciência, a mente de uns é submetida ao domínio de outra, de modo que a individualidade do mais fraco imerge na do espírito mais forte. Uma pessoa executa a vontade de outra. Pretende-se, assim, poder mudar o curso dos pensamentos, comunicar os impulsos promotores de saúde, e habilitar o doente a resistir e vencer a moléstia.

“Êste método de cura tem sido empregado por pessoas que ignoravam sua natureza e tendências reais, e acreditavam ser êle um modo de beneficiar os doentes. Mas a chamada ciência baseia-se em falsos princípios. É estranha à natureza dos princípios de Cristo. Aquêle que atrai as mentes para si, leva-as a separar-se da verdadeira Fonte de sua fôrça.

“Não é desígnio de Deus que criatura humana alguma submeta a mente e a vontade ao domínio de outra, tornando-se um instrumento passivo em suas mãos. Ninguém deve fundir sua individualidade na de outrem. Não deve considerar nenhum ser humano como fonte de cura. Sua confiança deve estar em Deus. Na dignidade da varonilidade que lhe foi dada pelo Senhor, deve ser por Êle próprio dirigido, e não por nenhuma inteligência humana.” — A Ciência do Bo Viver, págs. 207 e 208.

Explicando mais amplamente os princípios básicos numa advertência enviada ao superintendente médico de um de nossos grandes sanatórios, Ellen White escreveu, e citamos boa parte:

“Estou tão preocupada com o seu caso que tenho que prosseguir escrevendo-lhe para que na sua cegueira não aconteça que não veja o em que necessita de reforma. Eu fui instruída de que você está entretendo idéias com que Deus o proibiu que se ocupasse. Eu as chamarei de um espécie de cura mental. Você supõe poder usar essa cura mental em sua profissão de médico. Em tons da mais grave advertência foram proferidas as palavras: Cuidado, cuidado, com o lugar onde pisais e aonde é levada a vossa mente. Deus não lhe designou êsse trabalho. A teoria da mente controlar a mente originou-se com Satanás para introduzir-se como obreiro-chefe, com o fito de pôr a filosifia humana onde a filosofia divina deve estar.

“Nenhum homem nem mulher deve exercer a própria vontade para dominar os sentidos ou a razão de outrem, de forma que a mente da pessoa seja submetida passivamente à vontade de quem esteja exercendo o domínio. Esta ciência pode dar a aparência de ser alguma coisa bela, mas é uma ciência que de modo nenhum você deve usar. . . . Existe algo melhor em que você empenhar-se do que o domínio da natureza humana sôbre a natureza hu-mana.

“Eu ergo o sinal de perigo. A única cura mental segura envolve muito. Deve o médico educar o povo a desviar o olhar do humano para o divino. Aquêle que fêz a mente do homem sabe precisamente o dê que necessita a mente.

“Na prática da ciência que você está preconizando, você está ministrando uma instrução que não é segura para as pessoas a quem você ensina. Perigoso é contaminar as mentes com a ciência da cura mental.

“Esta ciência pode parecer-lhe muito valiosa; mas para você e para outros ela é um engano preparado por Satanás. É o encanto da serpente que fere para a morte espiritual. Abrange muito do que parece maravilhoso, mas está alheio à natureza e ao espírito de Cristo. Esta ciência não conduz Àquele que é a vida e a salvação . . .

“Não se intrometa nessas coisas que agora lhe parecem ser tão atrativas, mas não conduzem a Cristo. Deixe que sua ambição suba mais alto, para o puro, o verdadeiro companheirismo com Aquêle em quem você pode gloriar-se com segurança. Então, sua religião será uma potência para o bem. Você não transmitirá, então, o que se tornará uma armadilha para a morte.” — Sra. E. G. White, carta 121, 1901 (Medicai Ministry, págs. 111 e 112.)

Tão preocupada estava Ellen White com o caso dêsse médico como lhe fôra revelado, que salientou os pontos principais por meio de repetição e recapitulação de experiências passadas. Apresentamos outro passo da comunicação, que reflete o assunto em sua grande importância:

“No início de minha obra tive eu que pelejar com a ciência da cura mental. Fui mandada de lugar a lugar para declarar a falsidade desta ciência, em que muitos estavam ingressando. A cura mental foi aceita muito ingênuamente — para aliviar a tensão sôbre a mente de inválidos nervosos. Mas, oh! como foram tristes os resultados! Deus me enviou de lugar a lugar para repreender tudo quanto se referia a essa ciência. Desejo falar-lhe com tôda a clareza. Iniciou você um trabalho que não se coaduna com o de um médico cristão e não deve ter acolhida em nossas instituições de saúde. Conquanto possa aparentar inofensiva, essa cura mental, se aplicada aos pacientes, sê-lo-á, em seu desenvolvimento, para sua destruição e não para sua restauração. O terceiro capítulo de II Timóteo descreve as pessoas que aceitam o êrro, tal como uma mente a exercer domínio sôbre outra mente. Deus nos livre de uma tal coisa. A cura mental é uma das maiores ciências de Satanás, e é importante que nossos médicos vejam com clareza o caráter real desta ciência; pois por seu intermédio lhes sobrevirão grandes tentações. A esta ciência não deve ser concedido espaço algum disponível em nossos hospitais.

“Deus não concebeu um raio de luz ou de animação para que nossos médicos se empenhem em que uma mente domine completamente a mente de outrem, de forma que uma neutralize a vontade da outra. Aprendamos os processos e os propósitos divinos. Não alcance o inimigo vantagem alguma sôbre vós. Não o leve êle à ousadia de tentar o domínio de outra mente até que se torne uma má-quina em suas mãos. Esta é a ciência da atuação de Satanás.” — Ibidem, págs. 113 e 114.

Outro aspecto interessante dêste estudo é a mudança verificada nas declarações concernentes à extensão de um mau ato a que pode ser levada a pessoa que está sob a hipnose. O artigo de Newsweek apresenta êste assunto da forma seguinte:

“Pode a pessoa hipnotizada ser forçada a praticar atos criminosos?

“Não. O indivíduo hipnotizado nunca fará nem dirá coisa alguma que esteja em desacordo com seu código de moral ou de ética.” — 9 de abril de 1956, pág. 110.

Sôbre êste ponto discorda John Pfeiffer, pois escreve :

“Crê-se comumente que a pessoa que esteja sob efeitos hipnóticos não cometerá crimes, que só praticará os atos que não colidam com suas normas de legalidade. Mas esta noção não é inteiramente verdadeira. De fato, foram realizadas experiências pela Universidade de Siracusa e pelo Colégio Broo-klin, que indicam que o critério moral pode ser suspenso.” — Science Digest, setembro de 1956, pág. 44.

Lester David também declara que “as experiências demonstraram que as pessoas hipnotizadas podem praticar um ato ilegal que esteja efetivamente em contradição com a sua personalidade.” — Coronet, agôsto de 1956, pág. 78.

Mas os adventistas do sétimo dia foram já informados, faz já meio século:

“Terrível é o poder assim entregue a homens e mulheres de má imaginação. Que oportunidades proporciona isto aos que vivem de se aproveitar das fraquezas e tolices dos outros! Quantos, por meio do poder exercido sôbre mentes fracas ou enfêrmas, encontrarão meio de satisfazer cobiçosas paixões ou ganancias de lucro!” — A Ciência do Bom Viver, pág. 209.

Notável é que Ellen White haja escrito há anos sôbre o que vemos hoje claramente no reavivamento da hipnose e feito soar uma clarinada de advertência que proporciona guia seguro no que, de outra maneira, seria uma situação muito embaraçosa; igualmente notável é que muitas décadas antes das pesquisas científicas ela nos tenha apresentado afirmativamente o devido prisma da medicina psicossomática. Escrevendo em 1872, a mensageira do Senhor declarou — e verifica-se que suas palavras tèm muito maior significação hoje do que tiveram há oito décadas:

“Bela coisa é tratar com homens e mulheres cuja mente bem como o corpo estão enfermos. Precisam ter grande sabedoria os médicos da instituição [Sanatório de Battle Creek] a fim de curar o corpo por intermédio da mente. Poucos, porém, reconhecem o poder que a mente exerce sôbre o corpo.

Grande parte das doenças que afligem a humanidade tem sua origem na mente e só podem ser curadas pela restauração da saúde da mente.” — Testimonies, Vol. III, pág. 184.

Ainda em A Ciência do Bom Viver, encontramos o conselho publicado em 1905:

“No tratamento do enfêrmo não se deveria esquecer o efeito da influência mental. Devidamente usada, essa influência proporciona um dos mais eficazes meios de combater a moléstia.” — Pág. 207.

Como êste artigo não tem o propósito de apresentar o lado positivo dêste assunto, apenas indicaremos ao leitor o capítulo A Cura Mental, em A Ciência do Bom Viver, págs. 207-222, e a seção sexta: Sistemas Certo e Errado de Cura Mental, de Medicai Ministry, págs. 105-117.

Habilmente usa Satanás êste conhecimento das leis que governam a mente humana. Escrevendo sôbre isto, declarou Ellen White, em artigo publicado em 1844:

“Em muitos casos a imaginação é fascinada pela pesquisa científica, e os homens são lisonjeados pela convicção de sua própria capacidade. As ciências que tratam da mente humana são muito exaltadas. Elas são boas no seu devido lugar; mas delas se apodera Satanás como poderosa instrumentalidade sua para enganar e destruir as almas.” — The Signs of the Times, 6 de novembro de 1884.

“A vantagem que êle [Satanás] tira das ciências, ciências pertinentes com a mente humana, é tremenda. Nesse ponto, qual serpente, êle imperceptìvelmente se insinua para corromper a obra divina.

“Esta penetração de Satanás por meio das ciências está bem ideada. Por meio do canal da frenologia, da psicologia, e do mesmerismo, atinge êle mais diretamente o povo desta geração e atua com aquêle poder que lhe caracterizará os esforços próximo do fim do tempo da graça. As mentes de milhares foram assim envenenadas, e levadas à infidelidade. Conquanto se creia que uma mente humana tão maravilhosamente influencia outra, Satanás, que está pronto a utilizar tôda vantagem, insinua-se e atua à direita e à esquerda. E conquanto os que se devotam a estas ciências, enalteçam-nas até aos céus por motivo das grandes e boas obras que êles afirmam ser por elas operadas, pouco sabem êles que poder para o mal estão acalentando; mas é um poder que ainda atuará com todos os sinais e prodígios de mentira — com todo o engano da injustiça. Anote a influência dessas ciências, prezado leitor; pois a luta entre Cristo e Satanás ainda não findou.” — Ibidem.

(Fim da Série)