“Alguns ministros não são bastante cuidadosos em seus hábitos de alimentação. Ingerem grandes quantidades de alimento, e muita variedade numa refeição. … Não tem regras pelas quais regulem seu regime, mas condescendem em comer frutas e nozes entre as refeições, pondo pesada carga sôbre os órgãos digestivos. . . .

“Quando a pessoa sofre por excesso de trabalho, seria melhor privar-se de quando em quando de uma refeição, e dar assim à natureza ocasião de se recuperar. Nossos obreiros poderiam, por seu exemplo, fazer mais em favor da reforma pró-saúde, do que pregando-a.” — Obreiros Evangélicos, pág. 227.

“As pessoas remetem para a sua mesa estas coi-sas [bolos e tortas suculentos, e pratos variados] e convidam-no para a mesa delas. Dessa maneira os ministros são tentados a comer demais, e alimento que é nocivo. .. . Deve o ministro recusar essa bem intencionada mas insensata hospitalidade, embora com o risco de parecer descortês. E o povo deve possuir demasiada verdadeira bondade para forçá-lo a semelhante alternativa. Erram ao tentarem o ministro com alimento insalubre. Talento precioso tem-se assim perdido para a causa de Deus; e muitos, se bem que vivam, são desprovidos de metade do vigor e da robustez de suas faculdades. Os ministros, acima de quaisquer outras pessoas, devem economizar a fôrça do cérebro e dos nervos. Devem evitar todo alimento ou beberagem que tenha a tendência de irritar ou excitar os nervos. O excitamento será seguido de depressão. A complascência entenebrecerá a mente, e tomará o pensamento difícil e confuso. Homem nenhum pode tornar-se obreiro bem-sucedido nas coisas espirituais sem que observe temperança estrita em seus hábitos alimentares. Deus não pode permitir que Seu Espírito Santo repouse sôbre quem, sabendo como deve comer para gozar saúde, persiste num procedimento que lhe enfraquecerá a mente e o corpo.” — Counsels on Diet an Foods, págs. 55 e 56.

“A intemperança no comer, mesmo da comida saudável, exercerá debilitante influência sôbre o organismo, embotando as mais vivas e santas emoções. . .. Hábitos de estrita temperança aliados com o exercício muscular e mental, manterão o vigor da mente e do corpo, e comunicarão poder de resistência aos que se empenham no ministério, aos redatores, e a todos cujos hábitos são sedentários. …” — Test. Sel. [Ed. mundial], Vol. I, pág. 416.

“Os que pesquisam esta Palavra devem conservar a mente bem clara. Nunca devem condescender com o apetite pervertido no comer e beber.

“Se o fazem, o cérebro ficará perturbado; ficarão incapacitados para suportar o esfôrço de cavar fundo para encontrar a significação das coisas atinentes às cenas finais da história desta Terra,” —Testimonies to Ministers, pág. 114.

“Necessitais de mente clara e enérgica, a fim de apreciar o elevado caráter da verdade, valorizar a expiação e colocar a verdadeira estima nas coisas eternas. Se prosseguis procedendo erroneamente e condescendeis com hábitos errôneos de comer, e com isso enfraqueceis as faculdades intelectuais, não tereis em tão alta estima a salvação e a vida eterna que vos inspirarão a pautar a vossa vida pela de Cristo; não fareis os esforços diligentes e abnegados para a conformidade integral com à vontade de Deus, que a Sua Palavra requer e que são necessários para conceder-nos aptidão moral para o toque final da imortalidade.” — Counsels on Diet and Foods, pág. 47.

“A fim de prestar a Deus serviço perfeito, devemos ter conceitos claros de Sua vontade. Isto exigirá de nós que usemos sòmente alimento saudável, preparado de maneira simples, para que os nervos do cérebro não sejam danificados e nos impossibilitem de discernir o valor da expiação, e a riqueza inestimável do purificador sangue de Cris-to.”—The Review and Herald, de 18 de março, 1880.

“A espécie e eficiência da obra dependem grandemente do estado físico dos obreiros. Muitas reuniões de comissão e outras têm assumido matiz aziago devido ao estado dispéptico dos que delas participam. E muito sermão recebeu a sombra escura da indigestão do ministro.

“A saúde é uma bênção inestimável, e está mais intimamente relacionada com a consciência e a religião, do que muitos julgam.” — Counsels on Health, pág. 566 .

“Vêzes sem conta uma tão grande quantidade de alimento é ingerida no sábado que a mente se torna obtusa e estúpida, incapaz de apreciar as coisas espirituais. Os hábitos de comer têm muito que ver com os muitos cultos religiosos enfadonhos do sábado. …

“A experiência religiosa é grandemente afetada pela maneira em que o estômago é tratado. . . . As coisas sagradas não são apreciadas. Diminui o zêlo espiritual. Perde-se a paz de espírito. Há dissenção, luta e discórdia. Proferem-se palavras de impaciência, e cometem-se atos indelicados; seguem-se práticas desonestas, e manifesta-se ira — e tudo porque os nervos do cérebro estão alterados pelo excesso amontoado no estômago. …

“O comedor imprudente não percebe que se está desqualificando para prestar conselho sábio, desqualificando-se para estabelecer planos para o melhor avanço da obra de Deus. … Não pode discernir as coisas espirituais, e, quando em reuniões de concilio deve dizer sim, diz não. Apresenta proposições que muito se afastam da realidade, porque o alimento que comeu lhe entorpeceu o cérebro.” — Idem, págs. 577 e 578.

“O estômago sobrecarregado não pode fazer devidamente seu trabalho. O resultado é uma sensação desagradável de embotamento do cérebro, e a mente não atua com rapidez. … O cérebro [fica] confuso. . ..

“Os efeitos da alimentação errada são levados para as reuniões de concilio e comissões executivas. O cérebro é afetado pelo estado do estômago. O estômago perturbado produz estado de espírito perturbado e indeciso. O estômago doente produz estado doentio do cérebro, tomando muitas vêzes a pessoa obstinada em manter opiniões errôneas. A suposta sabedoria dessa pessoa é para Deus loucura.

“Apresento isto como causa da situação em muitas reuniões de concilio e de comissões executivas, onde a assuntos que exigiam estudo acurado, bem pouca consideração foi dada, e decisões da maior importância foram tomadas precipitadamente. Muitas vêzes, quando deveria ter havido unanimidade de sentimento na afirmativa, opiniões decididamente negativas mudaram inteiramente a atmosfera de uma reunião. Êsses resultados têm-me sido apresentados repetidas vêzes.

“Apresento êstes assuntos agora porque sou instruída a dizer aos meus irmãos no ministério: Pela intemperança no comer, vós vos incapacitais para ver com clareza a diferença existente entre o fogo sagrado e o comum.” — Test. Set., [Ed. mundial], Vol. III, págs. 197 e 198.

“Se sois convidados a participar de uma reunião de concilio, perguntai-vos se vossas faculdades de percepção estão no devido estado para considerar maduramente os fatos. Se não estiverdes na condição apropriada, se tendes o cérebro confuso, não tendes o direito de participar da reunião. Sois facciosos? É o vosso gênio afável e fragrante, ou tão alterado e desagradável que será levado a fazer decisões apressadas? Senti-vos como que desejosos de combater alguém? Se assim é, não ide à reunião; pois se ali fôrdes certamente desonrareis a Deus, Apanhai um machado e cortai lenha ou empenhai-vos em algum exercício físico até que o espírito se acalme e venha a ser utilizável. Exatamente como o vosso estômago está criando um distúrbio cerebral, vossas palavras criarão um distúrbio na assembléia. Maior dificuldade é motivada pelos órgãos digestivos perturbados do que muitas pessoas imaginam.

“Devemos sempre comer o alimento mais sim-ples. Muitas vêzes é ingerido duas vêzes mais alimento do que o organismo necessita. A natureza tem que esforçar-se muito para libertar-se do excesso. Tratai vosso estômago na devida maneira, e êle fará o melhor possível.” — Medicai Ministry, pág. 295.

“Homens e mulheres há, de excelente habilidade natural, que não produzem a metade do que poderiam fazer se exercessem controle no conter o apetite.

“Muitos escritores e oradores falham neste ponto. Depois de comerem abundantemente entregam-se a ocupações sedentárias, lendo, estudando ou escrevendo, não permitindo-se tempo para exercício físico. Como conseqüência, é obstado o livre curso do pensamento e das palavras. Não podem êles escrever nem falar com a fôrça e a intensidade necessárias para atingir o coração; seus esforços são frouxos e infrutíferos. …

“Eis uma sugestão para todos quantos se ocupam em trabalho sedentário e princípalmente mental; experimentem-na quem possuir suficiente valor moral e domínio próprio: Em cada refeição tomai apenas duas ou três espécies de alimento simples, e não comei mais do que é necessário para satisfazer a fome.” — Counsels on Diet and Foods, págs. 138 e 139.

(Fim da Série)