Bispo Condena a Pompa em Igreja

A partir de agora, os casamentos celebrados na diocese de Cruz Alta, Rio Grande do Sul, serão cerimônias “sóbrias e simples”, segundo determinação do bispo dom Paulo Moretto, o qual considera o luxo “discriminatório e oposto aos valores evangélicos”. Dom Paulo distribuiu uma carta a todas as paróquias de sua diocese, fixando sua orientação para as celebrações do matrimônio.

Na carta, ele afirma que “num mundo onde as pessoas são valorizadas pelo que têm e não pelo que são, a Igreja deve ser lugar privilegiado e feliz, onde os irmãos ainda podem se encontrar sem vaidades e onde ninguém deve sentir humilhado por não ter. Se a própria Igreja em outro tempo pecou favorecendo a falta de humildade de alguns, é justamente no interior de seus templos que deve começar a penitência, encaminhando o espírito de todo o Povo de Deus para a libertação das coisas passageiras que passam como a sombra”.

O bispo determinou que não haja ostentação na decoração das igrejas — flores, velas e enfeites — que se dispense o uso de tapetes e a contratação de decoradores profissionais e, ainda, que não sejam executadas músicas compostas para outras situações, as quais não condizem com o momento do matrimônio”.

Ao falar sobre a importância do casamento, Dom Paulo afirma: “O casamento é uma festa pública que interessa a toda a comunidade. Sendo assim, e para expressar e celebrar este compromisso, é de todo recomendável que seja um ato litúrgico realizado perante a comunidade cristã e nunca reduzido a um acontecimento social ou restrito a um grupo de convidados. E é mesmo desejável a realização de vários casamentos simultâneos. Não de casais relacionados exclusivamente pelas contingências sociais, mas todos aqueles que se reúnem no amor de Cristo e que têm nele sua única riqueza a ser zelada”.

Lembrando que estas celebrações devem ser autênticas, Dom Paulo salientou que “o que a Igreja festeja — e um matrimônio é ocasião exemplar para isto — é a realidade concreta de que todos os homens são filhos de Deus. E, se na realidade social há injustas desigualdades, o que nos compete é celebrar o verdadeiro e honesto espírito e esforço dos cristãos no sentido de superar a estas injustiças. Superar não só dentro do templo e no tempo limitado de um ato litúrgico, mas superar verdadeiramente na vida social para que todos os homens sejam tratados como filhos de Deus, em igualdade de direitos no trabalho, na educação, nas condições de vida e nas esperanças de um mundo melhor e renovado”. (O Estado de São Paulo de 11/5/1975).

Testemunhas têm 100 mil Ministros

As Testemunhas de Jeová acabam de publicar o seu relatório anual do Brasil. De acordo com o documento, os ministros — leigos ativos — dessa confissão cristã atingiram este ano, em nosso país, o número de 103.173, com o aumento médio de 46 novos ministros por dia.

Não foram apurados ainda os dados mundiais de 1975, mas em 1974 houve, no mundo, um aumento diário de 800 novos ministros, em 207 nações. Dedicam-se a pregar a Bíblia de lar em lar e a participar de congressos periódicos. (O Estado de São Paulo de 14/12/1975).

Os Católicos e a Bíblia

A 28 de setembro, celebrou-se o Dia Nacional da Bíblia. “A comunidade cristã deve refletir sobre a Revelação divina contida na Sagrada Escritura, levando em conta o fato de ter Deus resolvido comunicar aos homens o Seu próprio pensamento na mensagem da salvação que lhes trouxe”. Possuir a Bíblia, ou pelo menos o Novo Testamento é recomendação feita a todas as famílias cristãs, pelas autoridades eclesiásticas da Igreja Católica Romana de hoje. (CEI — outubro de 1975