Capítulo IX — ENFRENTEMOS A REALIDADE
ARTUR L. BIETZ
(Membro da Associação Médica Americana de Psicologia, Professor de Cristianismo Aplicado no Colégio de Evangelistas Médicos, Pastor da Igreja White Memorial.)
Um grande fumante que lera um artigo excelente acêrca dos males do fumo, ao ser perguntado se abandonara o fumo, respondeu: “Não; deixei de ler os artigos que tratam do assunto.” Êste incidente é uma ilustração de como pode deixar-se de enfrentar a realidade. Muitos preferem ser cegos para a verdade, em lugar de modificar a sua maneira de viver; recusam pôr os dois junto aos outros dois para que que somem quatro. Muitas tragédias poderiam ser evitadas se as pessoas se dispusessem a crer que certas causas específicas conduzem inevitàvelmente. a certos resultados definidos. O enfrentar a realidade e ajustar-se à relação que existe entre a causa e o efeito das coisas, é prova excelente de sanidade mental e emocional. “Recalcitrar contra os aguilhões,” é o passatempo favorito de demasiadas pessoas, e os dedos quebrados e sangrentos dão testemunho de que ignorar a verdade não conduz a bom fim.
Diz-se a uma senhorita que se permanece na companhia do noivo até tardias horas da noite expõe-se a certas tentações que podem levá-la à infelicidade, mais tarde. Ela não aceita êsse conselho e continua freqüentando festas objetáveis e participando de uma pouco recomendável vida noturna. De repente enfrenta a eventual realização do que não desejava. Mas se nos colocamos no terreno da tentação, isso inevitàvelmente nos conduzirá a determinados resultados. Isto foi tantas vêzes comprovado, que não o podem ignorar pessoas inteligentes. A pessoa prudente tira proveito dos erros alheios; só o insensato trata de saber por experiência pessoal que determinadas causas produzem tais ou quais resultados.
Passando por alto as normas da circunspecção, dois casais chegaram a uma excessiva familiaridade, um com o outro. As espôsas e os esposos alternavam inocentemente suas relações, para seguir os costumes sociais, certos de que êsse procedimento não produziría maus resultados. Mas o terreno proibido costuma ser sumamente atrativo para as pessoas que não amadureceram emocionalmente. Embora não se pretendesse fazer nada mau, logo surgiram os ciúmes e produziu-se uma séria atração entre um dos esposos e uma das espôsas. A espôsa de um dêsses casais enamorou-se do espôso da outra, o que resultou em esfacelamento dos lares, tudo porque êsses jovens passaram por alto o fato de que certos resultados seguem-se inevitavelmente a certa espécie de procedimento.
Um pai pede ao filho que aproveite as vantagens de uma boa instrução, para que possa ser capaz de viver com êxito num mundo altamente especializado. Por ser-lhe possível conseguir trabalho e ganhar dinheiro em abundância, não dedicou mais tempo ao estudo e ao preparo para a vida. Ao chegar à idade madura verificou que era pessoa medíocre, incapaz de elevar-se acima do nível do trabalho que conseguira na adolescência, e converteu-se em amargurado e cínico. Quando jovem, não se dispusera a enfrentar a realidade; ao chegar à idade adulta, sofreu as conseqüências de sua mediocridade.
Certos pais advertem a filha a que não cultive a amizade de um moço estouvado e moralmente não muito equilibrado. Passou ela por alto o conselho, por “fora de moda”, e consumou-se o casamento. Logo êsse lar estava desfeito, e a filha que não quisera ver a realidade, achava-se de novo em casa dos pais. Não estava só, porém; seus três filhos com ela estavam, e, já na velhice, tiveram os pais que criar uma segunda família. Tudo isso aconteceu porque uma jovem insensata não quis confiar na experiência dos pais.
A um adolescente, possuidor de um automóvel novo foi dito que fôsse cuidadoso no volante. Advertiu-se-lhe que a velocidade aumenta os riscos de acidentes, mas não prestou atenção nem enfrentou os fatos. Alegremente avançava pela estrada, desprezando as faixas de segurança, até que se produziu um acidente e ficou inválido para o resto da vida.
As leis físicas atuam sem temor nem favoritismo. Se alguém salta do décimo andar de um edifício, desprezando as leis da gravidade, o mais provável é que se mate. A maioria das pessoas enfrenta esta realidade e não faz a prova de dar o salto. No âmbito moral, as leis que o regem não são me-nos dignas de confiança que as que regem o mundo físico. Ao desprezar alguém as leis morais, colherá certos resultados. Ninguém pode recalcitrar contra as leis do universo na mesma forma com que daria pontapés numa bola de futebol, e vencer. O homem quebranta-se; mas a lei nunca se quebra; é, apenas, mantida quando o homem a transgride.
Certo jovem estudante do curso ministerial de um colégio, há uns quarenta anos, considerou que manter-se dentro dos limites da lei de Deus era muito monótono. Abandonou os seus estudos teológicos e começou a cultivar relações sociais dissolutas e imorais. Durante anos pensou que estivesse maravilhosamente bem, mas, com o tempo, a lei da causa e efeito começou a atuar. Êsse jovem são contraiu uma enfermidade venérea, e a lenta destruição de seu organismo durante um período de anos, fez-lhe ver a necessidade de enfrentar devidamente a realidade, tanto no âmbito moral como no mundo físico. A lei é clara: Obedecemos e vivemos; ou desobedecemos e morremos.
Os professores nos colégios advertem os alunos a que devem aplicar-se se querem ter êxito nos estudos. Alguns jovens se dedicam fielmente ao estudo, descobrem que é interessante e passam com êxito os exames finais. Outros, ao não aceitarem a lei de causa e efeito, perdem o tempo e fazem pouco esfôrço honesto, e concentram-se pouco. Passam apenas, ou simplesmente fracassam. Poucas dentre essas pessoas reconhecem sua falta de vontade para enfrentar a realidade. Atuam desordenadamente em face da lei da causa e efeito, e vivem o suficiente para obter a colheita de sua insensatez.
Algumas vêzes os pais ignoram a necessidade de amar e dirigir os próprios filhos. Julgam que as crianças podem crescer sozinhas. Acordam tarde demais para compreender sua insensatez, e então descobrem que os filhos se converteram numa desgraça para êles mesmos e para os demais. Sim, a causa e o efeito estão ìntimamente relacionados entre si; seguem um à outra, como a noite ao dia.
As pessoas que alcançam êxito na vida amoldam-se às leis da existência. Se alguém precisa de uma coisa nova, tem que pagar o preço. As casas não se materializam com base em sonhos nem imaginações. O homem que não paga suas contas perderá seu crédito. A disciplina intelectual não é o resultado da casualidade. Quem quiser possuir mente disciplinada terá que pagar o preço de anos de dedicada aplicação e esfôrço, se deseja ser eficiente em determinado campo de estudos. Alguns quiseram alcançar as recompensas da disciplina, sem submeter-se a ela. A vida não atua dessa maneira. Geralmente obtemos o que pagamos, e nada mais. Muita gente passa a vida caçando privilégios. Mas não existem privilégios no âmbito do moral ou ‘do intelectual.
O médico e o pregador de êxito não são o resultado da casualidade. Um estouvado, se consegue exercer durante algum tempo determinada profissão, enganará as pessoas momentâneamente, mas não sempre. Cedo ou tarde se darão elas conta se seu médico é realmente bem informado e competente, ou não. O médico que continuamente está aprendendo e que é sincero com seus pacientes, terá a aprovação de sua própria consciência e a boa vontade de seus semelhantes. Um pastor pode, por algum tempo, manter a aparência de que é intelectual e alcançar certo êxito superficial, por um ano ou dois em seu campo; mas logo se saberá se verdadeiramente é erudito ou não. Terá êle que manter-se em movimento ou expor-se-á a que as pessoas saibam o que realmente é. Alguns pregadores dizem que chegaram ao “fundo do barril” depois de um ou dois anos. Esta declaração contém mais verdade do que muitos dêsses superficiais servos de Deus gostariam de admitir. Poderão troar, mas, com o tempo, as congregações se cansarão de ouvir troar. Os trovões podem causar sensação e chamar a atenção por algum tempo, mas a pessoa inteligente não se impressiona com êles porque sabe que são inúteis e desconcertantes. O relâmpago e a chuva são mui-to mais necessários do que o trovão.
Um pregador adolescente assombrava seu auditório com sua habilidade de orador. Era tão sensacional o seu êxito, que não viu a necessidade de conseguir instrução mais avançada, e contentou-se com chegar até onde estava. Por que haveria de perder tempo? Podia pregar tão bem quanto qualquer egresso do colégio superior. Com efeito, podia fazê-lo muito melhor que a maioria dêles. Por isso mesmo foi-lhe difícil compreender por que os dirigentes responsáveis da igreja pensaram que não era necessário continuar com seus serviços quando apenas tinha vinte e sete anos de idade. O que as pessoas pensavam que era muito pitoresco num pre-gador ainda criança não suportavam quando esperavam que fôsse homem maduro. As palavras são belas, mas a menos que possuam significação plena, tornam-se uma burla.
As pessoas que não conseguem êxito, continuamente tropeçam com a realidade. Algumas lançam a culpa de suas dificuldades a problemas econômicos, ao passo que outras justificam sua falta de aceitação atribuindo-a à herança adquirida de seus antepassados. Há, também, quem culpa de seus fracassos as pessoas que com elas não simpatizaram. Não lhes foi estendida uma “mão”; não tiveram “pistolão”. Tôdas estas são maneiras de fugir à realidade.
Durante vinte anos um espôso recusou dar à espôsa compreensão, amor e afeto. Quando engravidava, insistia em que devia abortar, porque não estava disposto a arcar com a responsabilidade da paternidade. Exteriormente, era religioso, pois orava e lia a Bíblia; mas a sua oração discrepava com sua atitude. Êsse casal dormia em camas gêmeas, e mais que uma noite a mulher pedia ao marido que lhe pegasse da mão, mas êle respondia que estava cansado demais para que fôsse importuná-lo com sentimentalismo. Era homem eficiente e trabalhador, disposto a ter êxito. Em sua ânsia de afeto, a espôsa, num momento de tentação, lhe foi infiel. Êsse procedimento nunca se justifica, mas, por outro lado, dizer que o marido não teve parte na prá-tica dêste grande pecado, equivale a ignorar a realidade. Ao enfrentar a espôsa, manifestou um ar estranho de justiça própria; não se sentia, no mínimo que fôsse, culpado do que acontecera. Foi-lhe totalmente impossível enfrentar a realidade, pelo menos na parte que lhe coubera no fracasso de seu casamento.
As pessoas, mental e emocionalmente sãs tratam de compreender as leis que regem a vida. Uma vez que as conhecem, empregam-nas como guia para orientar-lhes o procedimento. Com esta espécie de conduta, logo os seus esforços redundarão em êxito. Também tratam de regular as condições que o estimulam, com o fim de controlar ao máximo suas reações. Tais pessoas dominam e corrigem suas tendências de fugir à realidade, de maneira que possam lançar um ataque razoável sôbre os requisitos do mundo social, espiritual e econômico. Estas atitudes científicas são a essência do viver sadio.
Dotado de rica experiência, o indivíduo precisa adquirir a organização mental que lhe coloque o comportamento em harmonia com a realidade. Às vêzes, encontramo-nos todos em presença de fôrças que escapam ao nosso domínio. A pressão dessas fôrças sôbre o indivíduo varia segundo as circunstâncias e os casos; mas quer a pessoa esteja delas consciente quer não, sua personalidade fica influenciada por essas fôrças em grau que, amiúde, se compreende plenamente.
Devemos relacionar-nos com essas leis, de maneira que trabalhem em nosso favor, e não contra nós. É impossível escolher as circunstâncias que nos irão influir sôbre a vida, mas possível é escolher a forma em que nos relacionaremos com essas circunstâncias. Nossas reações em face dos acontecimentos são mais importantes do que os próprios êxitos. Algumas pessoas fortalecem o caráter, ao passo que outras se rebelam contra elas e se amarguram pelo êxito que outras alcançam. O que acontece depende em grande medida da natureza do material sôbre que é desferido o golpe. Alguns sabem como converter um fracasso em vitória radiante, ao passo que outros, não dispostos a enfrentar a realidade, caem para não mais erguerem-se. Não é o que acontece, mas a maneira de reagirmos em face dos acontecimentos, o que estabelece a diferença entre uma pessoa e outra. Por certo devemos reconhecer que às vêzes temos que enfrentar a incerteza, mas nunca seremos derrotados se aprendemos a viver junto com ela, aceitando-lhe o desafio.
Um aspirante a missionário perguntava a um veterano das missões, qual considerava o requisito fundamental para alcançar êxito no campo. Êste missionário experimentado, e que ostentava as cicatrizes da batalha, disse-lhe que três eram os requisitos para alcançar êxito no campo missionário. O primeiro, era adaptabilidade, o segundo, adaptabilidade, e o terceiro, adaptabilidade. Esta é a maneira de dizer que o missionário de êxito precisa aprender a ajustar-se à realidade das circunstâncias adversas e mutáveis. Muitos foram enviados ao campo missionário apenas para de lá voltarem, poucos meses depois, por lhes haver faltado a capacidade de ajustar-se ao ambiente estranho que os readava.
Alguns pais ocupam o lugar de amortecedores entre a realidade e seus filhos, e sempre os estão protegendo. Por não conhecerem por si mesmos a realidade, êsses filhos não sabem como a vida é. Devem os pais ensinar os filhos a enfrentar a realidade, ou a geração jovem será incapaz de ajustar-se à vida quando chegar à maturidade. As crianças devem aprender a brincar com outras crianças, porque em tal situação não estão amparadas nem protegidas. Devem aprender a dar e a receber, a enfrentar as conseqüências que resultam da repulsa da parte de seus companheiros de brinquedos. Isto pode ser-lhes difícil, a princípio, mas as crianças logo aprendem a cooperar, para não serem expulsas do grupo. À medida que a criança progride na escola, descobre a realidade das relações ordenadas que existem entre as diversas formas de matéria e as diferentes manifestações de energia. Pode usá-las para seu próprio bem até ao ponto em que aprenda as leis por cujo meio atua a autoridade, e conseguirá que seu comportamento se harmonize com essas leis.
Repetidamente as pessoas se recusam a aceitar o imutável. Há uma oraçãozinha cheia de significação, feita pelas crianças nos países anglo-saxões que, traduzida para o português, rezaria mais ou menos como segue: “Senhor, ajuda-me a aceitar o que não pode ser mudado, e a mudar o que pode ser mudado, e concede-me a graça de notar a diferença existente entre estas duas coisas.” Ê uma oração que todos deveriamos fazer.
Disse, certa vez, uma senhora: “Durante quarenta anos tratei de modificar o meu marido, mas sem êxito. Creio que não me resta outra solução que não a de divorciar-me dêle.” Antes de casar-se, tinha uma concepção do marido ideal de que necessitava. Incapaz de encontrar justamente o de que necessitava, casou-se com êsse homem com a esperança de modificá-lo de acôrdo com o seu conceito do ideal. Isso, por certo, não aconteceu. Nunca o aceitou tal qual era, e o amesquinhou perante os filhos. A situação tornou-se cada vez mais insuportável e, por fim, desfez-se o lar. Se o tivesse aceitado tal como era, e o houvesse rodeado de uma atmosfera de amor e compreensão, êle teria sido capaz de desenvolver-se muito mais do que conseguira depois de vinte anos de casamento.
Alguns pais não querem aceitar o filho que nasceu. Uma mãe queria uma filha mas, em vez disso, nasceu-lhe um filho. Não aceitou a realidade. Em vez disso, buscou converter em realidade o seu desejo, tratando o filho como se fôsse menina. Não lhe foi permitido brincar com outros meninos, e o seu cabelo foi penteado, até aos seis anos, como se se tratasse de uma menina. A mãe não queria que o seu queridinho participasse dos brinquedos, que considerava violentos, dos outros meninos. O rapazinho logo compreendeu que não era menina, e que tampouco lhe permitiam que fôsse rapaz. A circunstância de essa mãe, carente de maturidade emocional não querer aceitá-lo tal como era, contribuiu para fazer dêsse rapaz um inválido emocional por tôda a vida. Não pôde casar-se; seus afetos se dirigiam mais para os homens do que para as mulheres. Atualmente, é sexualmente invertido e vive uma existência caótica. Tudo isso porque uma mãe não quis aceitar a realidade.
Uma mãe decepcionada decidiu que a filhinha alcançasse êxito como concertista de piano; começou a ensinar-lhe muito antes que amadurecesse normalmente para poder desenvolver essa atividade, de maneira tal que a pobre criança não teve infância normal. Enquanto outras crianças brincavam com suas bonecas, ela estudava piano, sob a vigilância da mãe. Se bem que a criança não fôsse um gênio musical, a mãe persistia em seu plano. E na adolescência, sacrificada no altar das ambições frustradas da mãe, deu mostras notáveis de desajustamentos emocionais em sua personalidade. A falta de vontade da mãe de aceitar a realidade no tocante às deficiências da filha, ocasionou a ruína da moça.
Continuamente os sêres humanos se destroem a si mesmos por sua falta de vontade para ajustar-se à verdade. Uma senhorita estava enamorada, mas o noivo atraiçou-a e casou-se com outra. Desde êsse momento a senhorita afastou-se de todo convívio social; não quis mais cultivar amizades com moços. Continuou amando o moço que a traíra, conquanto não houvesse possibilidade de com êle casar-se. Não quis enfrentar a realidade e converteu-se em solteirona desiludida e amargurada. Se houvesse enfrentado a realidade e se tivesse a ela ajustado, teria iniciado novas amizades, sua vida se teria desenvolvido normalmente, e é provável que se tivesse casado e sido feliz.
No livro Great Expectations (Grandes Expectativas), de Carlos Dickens, lemos o caso do engano da Srta. Havisham, que ia casar-se. Era um momento de grande excitação e felicidade. Os convidados estavam reunidos para celebrar o faustoso aconteci-mento, e o banquete de bodas estava preparado. A moça estava ataviada com seu vestido de noiva, mas o seu prometido nunca chegou. A jovem parou todos os relógios de sua casa justamente vinte minutos antes das nove horas, o momento de sua desilusão. Desceu tôdas as persianas para que a luz do Sol nunca mais lhe entrasse na casa desde então. Viveu na escuridão, apenas alumiada de quando em quando pela luz de velas, e o bôlo dos noivos permaneceu na mesa, à mercê das aranhas, e suas teias, e dos ratos. O que fôra uma vez um alvo vestido de noiva, pendia em pregas amarelecidas do corpo emagrecido da Srta. Havisham, porque a vida fôra detida no momento fatal em que o destino lhe desferiu o golpe da desilusão. Aos vinte minutos para as nove horas, sossobrou ela, para nunca mais viver vida normal, porque não pôde enfrentar a realidade.
(Continua)