F. C. WEBSTER
(Presidente da União Incaica)
DESDE o comêço do Movimento Adventista, o estudo da Bíblia tem sido apontado como sendo o meio mais eficiente de unificar os corações dos filhos de Deus e prepará-los para a vinda do Salvador.
A escola sabatina foi instituída para haver orien-tação no estudo da Bíblia e sua bendita influência ser ininterruptamente a guia dos crentes. Com o decorrer dos anos, a escola sabatina adquiriu a posição de ser talvez o maior meio de ganhar almas de que dispomos para atingir pessoas de tôdas as idades, prepará-las para o batismo e auxiliá-las a “crescerem na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.” Altamente importante é que cada obreiro evangélico reconheça o elevado potencial de ganhar almas proporcionado pela escola sabatina e a sua utilização, ao máximo, em seus esforços de evangelização.
Tem-se tornado notório há muitos anos, que os obreiros de maior êxito e os que produzem os melhores resultados para Deus, são os que se utilizam da escola sabatina bem como dos outros meios estabelecidos pela igreja para a salvação de almas. Não somente êsses obreiros batizam maior número de almas, mas também trazem para a igreja membros mais bem preparados e muitas vêzes mais duradouros.
Temos observado outros obreiros, e alegro-me que estejam em minoria, que parece aceitarem a escola sabatina de forma apenas tolerável, revelando por seu atos e algumas vêzes até por palavras, suas conclusões errôneas de que a escola sabatina não passa de uma instituição para entreter crianças e extorquir dinheiros dos adultos, pelo que, no desempenho de sua nobre vocação de pastor, precisa alhear-se da escola sabatina.
Tem-se tornado procedimento comum entre o ministério adventista que quando um evangelista vai a novo campo para iniciar trabalho, a primeira unidade estável a ser organizada é a escola sabatina. Se realizou uma série de conferências, organizará uma classe bíblica. Dentro de poucas semanas, ela se transformará numa escola sabatina, e, a partir de então, tratará de reter, doutrinar e guiar a mais ampla conversão os seus membros. Poderá acontecer que o obreiro nessa nova área não realiza reunião pública, mas exerça atividade no desenvolvimento de interêsse por meio de visitas pessoais, vendendo O Atalaia ou distribuindo folhetos. Em qualquer dos casos, congregará êsses interessados na escola sabatina, onde participarão da bênção e inspiração do grupo de estudo bíblico. Com o correr do tem-po formamos as nossas fileiras e solidificamos o nosso progresso em tôrno da escola sabatina. Isso, estamos certos, está em conformidade com o plano divino. Não podemos conceber outro meio, além do da escola sabatina, que prossiga com essa divina função até que Jesus venha.
Como obreiros evangélicos, precisamos tratar de que a escola sabatina atinja os divinos ideais de salvar almas e cooperar com êsse grande potencial, bem como utilizá-lo para que se torne um administrador na vinha de Deus.
O obreiro evangélico que tem sob sua jurisdição uma ou mais igrejas ou grupos, deve estudar com cada comissão de igreja os seus objetivos. Deve mostrar aos irmãos o plano divino para que a es-cola sabatina exerça uma influência ganhadora de almas no lar, na igreja e na vizinhança. Em quase cada caso, nossos líderes da escola sabatina, em várias igrejas e grupos, estão dispostos a receber orientação do líder distrital, e mesmo ansiosos de fazê-lo, e maravilham-se ao saber que êle atribui importância e valor tais ao empreendimento para cuja direção foram eleitos.
Creio que o pastor da igreja, sem dúvida, deve ensinar uma classe da escola sabatina, por deparar-lhe excelente oportunidade de entrar em contato com os membros e suas necessidades. Comunica ao pastor o senso de pertencer à escola sabatina, e dá-lhe a oportunidade de observar como são executados os planos gerais da escola sabatina. Naturalmente, deve êle ter um bom professor auxiliar, visto ser muitas vêzes preciso que se ausente em visita a outras igrejas, mas o ter a sua própria classe, vincula-o à escola sabatina. Mesmo quando está em outra igreja que não a sua, bom é aproveitar-se da oportunidade de ensinar uma classe da escola sabatina.
A escola sabatina incluiu em seu programa uma quantidade de projetos meritórios, desde a sua organização. Entre êstes consta o do sustento financeiro e manutenção das missões mundiais. Durante muitos anos cêrca de 50 % do empreendimento das missões têm sido amparados pelas ofertas da escola sabatina — uma excelente contribuição, mas realmente o fruto naturalíssimo do estudo da Bíblia. Estudamos acêrca da dádiva divina a um mundo perdido, do grande zêlo apostólico na disseminação do evangelho no primeiro século, e do grande cometimento que nos constrange a ir a todo o mundo e pregar o evangelho, e respondemos com ofertas voluntárias nascidas do amor.
Nesta época em que os homens pensam grandemente em si, é sobremodo apropriado que guiemos os nossos crentes numa doação sistemática e mesmo com sacrifício, que leva a desviar os pensamentos do eu e focalizá-los em outros. Se nestes dias de materialismo pudermos dessa forma ajudar a conter o egoísmo pelo estímulo do espírito da doação liberal, teremos prestado aos nossos membros um serviço pessoal que os ajudará grandemente a chegar até Canaã.
De todos os membros da escola sabatina quem deve participar liberalmente desta parte do culto da escola sabatina, é o obreiro evangélico e sua família. Assim como é o líder no orar e pregar, deve sê-lo em dar. A verdadeira religião assenta sôbre a doação.
Diz-nos a instrução divina que “a escola sabatina deve ser uma das maiores instrumentalidades, e a mais eficiente no encaminhar almas para Cristo.” — T. E. S., pág. 20.
Com esta clara avaliação do Céu quanto às possibilidades da escola sabatina, trabalhemos por ela, ao mesmo tempo que ela por nós atua em nossos esforços de ganhar almas para Cristo.