ARTUR L. BIETZ

(Membro da Associação Médica Americana de Psicologia, Professor de Cristianismo Aplicado no Colégio de Evangelistas Médicos, Pastor da Igreja White Memorial)

CAPÍTULO V

Não Nos Enganemos a Nós Mesmos

“SEMPRE senti desprêzo por certo tipo de mulheres, disse-me uma jovem, intimamente me alegrava de não ser igual a elas. Faz pouco tempo, porém, aconteceu-me a coisa mais estranha do mundo. Alguém me filmou e gravou a minha vez durante uns quinze minutos; e, por estranho que pareça, falo exatamente como essas mulheres que aborrecí durante tanto tempo, e tenho o seu mesmo aspecto. Poderá você imaginar que alguém se haja enganado mais a si próprio do que eu?

Pode haver certa verdade na idéia de que se quisermos saber como somos, devemos lançar um olhar às pessoas de quem não gostamos. Geralmente temos dificuldades com as pessoas que demonstram fraquezas semelhantes às nossas. Duas pessoas teimosas descobrem ràpidamente a má característica que uma e outra têm. Quem deseja manobrar tudo à sua maneira logo descobre alguém que gosta de proceder da mesma forma. A fôrça irresistível choca-se com um objeto inamovível, e produz-se a explosão.

Disse certa vez uma senhora, cujos dentes rangiam de ira:

— Meu marido é o homem mais vil da Terra. Acusa-me a mim de tôdas as coisas de que êle próprio é o culpado. Viu você alguma vez alguém mais malvado?

Anote em seu canhenho que as faltas que descobre nos demais são as fraquezas que observa no seu próprio caráter. Por estranho que pareça, refletimo-nos nos outros. O que observamos em quem nos rodeia é amiúde um quadro muito mais exato de nós mesmos, do que dêles. Se não lhe agrada o que vê nos demais, fará V. S. muito bem em lançar um olhar atento sôbre si próprio. A verdade acêrca de nós mesmos tem o estranho hábito de resvalar para os cantos escuros, de forma que a não podemos descobrir.

Tem V. S. a coragem necessária para enfrentar a verdade, quando se trata de sua própria pessoa? É V. S. suficientemente forte para combater a tendência de enganar-se a si mesma? Poucos sêres humanos possuem valentia suficiente para fazê-lo. Um aluno que fracassara nos estudos dizia que a derrota não fôra culpa sua. Estava certo de que os competentes do corpo docente se haviam mancomunado para fazê-lo fracassar, devido a que trabalhava com demasiada fidelidade e sobrepujava outros alunos que não estudavam com tanta intensidade quanto êle. Acrescentava que estavam invejosos dêle e haviam forjado uma trama que lhe produzira o fracasso nos exames. Dizia, também, que o restante dos alunos tampouco valia nada pois não o apreciavam. Em todo o tempo da conversação nunca admitiu que fracassara por não haver estado à altura das normas requeridas pelo colégio. Era-lhe demasiado difícil aceitar a verdade. Devido a que era débil demais para lutar contra si mesmo, justificava-se buscando encon-trar faltas nos demais.

Uma senhora, cuja voz não era apreciada por ser de qualidade inferior, afirmava que as pessoas não sabiam compreender a música elevada que ela cantava, e que as demais cantoras nunca lhe pediam que o fizesse por sentirem muita inveja. Enchia-se de amargura e ódio contra o mundo, porque carecia de senso para apreciar a boa música, mas nunca quis confessar que essa falta de aprêço pudesse ser motivada por suas próprias deficiências.

Um escritor ainda imaturo, criticava um editor por não haver querido publicar seus escritos devido a que lhe era impossível imprimi-los por motivo de seu estilo deficiente. Em lugar de dar ouvidos aos conselhos do editor, êsse pseudo escritor, guardou a chave o seu manuscrito, manifestando que aguardaria até encontrar um “editor sensato” que quisesse reconhecer o “verdadeiro mérito” de sua produção. O escritor pensava: “A gente não está suficientemente instruída para apreciar alguma coisa verdadeiramente valiosa.” O engano próprio manifesta-se em forma estranha.

A pessoa que a si própria se engana, ao enfrentar as dificuldades, tende imediatamente a encontrar refúgio na crítica, na enfermidade simula da, na comiseração própria, e noutros métodos de ocultar a verdade. A pessoa sensata trata de encontrar o fracasso em si mesma, e não nos demais. Quanto mais critique, mais alto sobe, porque corrige as dificuldades que os demais tiveram a amabilidade de mostrar-lhe. Os melhores amigos que o homem pode ter são os que lhe dizem a verdade.

A honradez ao enfrentar os problemas fortalece a pessoa contra os resultados devastadores da comiseração própria, e a põe no caminho do êxito. Se os demais riem de V. S., aprenda a rir com êles. Se pode melhorar a saúde rindo, por que não melhora V. S. a sua, rindo com êles? Não se tome V. S. a si próprio demasiado a sério. Nin-guém mais o faz; por que, então, o fará V. S.?

Disse alguém: “Parece-me que todos me odeiam; que ninguém me ama”. Precisa o homem estar possuído de egoísmo colossal para pensar que todo o mundo esteja suficientemente interessado em sua pessoa para nêle pensar, e não falemos já em aborrecê-lo. Assim como V. S. se pergunta que pensam de si os demais, por sua vez êles gostariam de saber o que V. S. dêles pensa. Por que, então, assumir atitudes forçadas? Enfrente a verdade.

Dois homens passaram a tarde conversando. Ao aprestar-se o visitante para sair, o dono da casa desculpou-se de haver monopolizado a conversação, e disse:

— Temo haver estado a falar de mim tôda a tarde. Espero que você me perdoe.

Respondeu-lhe o outro:

— Não se preocupe. Enquanto você falava de si, eu pensava em mim.

Isto pode parecer humorístico, mas é demasiado certo para ser simples anedota. Todos quantos enfrentam a verdade o admitirão. A pessoa can-sativa é a que fala de si mesma quando nós queremos que fale de nós.

Certo personagem que aparece numas historietas norte-americanas, afigura-se interessante porque reflete muito o caráter dos leitores. Constantemente está assumindo grande importância pessoal. Sempre fala de façanhas; nunca fracassa. Em maior ou menor grau, a maioria dos sêres humanos tem a tendência de assumir atitudes que estão completamente fora de proporção com sua verdadeira importância. Aceite-se V. S., tal qual é, e deixe de pôr-se por cima dos demais. Essas atitudes têm como único fim chamar a atenção.

O caminho mais curto para a saúde mental é o que nos assinala uma lealdade e veracidade absolutas no tocante a nós mesmos. Ninguém po-derá progredir verdadeiramente na obtenção da maturidade, sem que tenha de si próprio conceito verdadeiramente isento de preconceitos. O hábito de enganar-se é a causa da maioria das perturbações emocionais. Tais pessoas mantêm oculta a verdade no fundo da consciência, e amiúde giram em tôrno de um círculo vicioso de autoengano. Os caminhos dêste mau hábito são insidiosos. Buscam-se muitas sendas para fugir da verdade sôbre si próprio.

Examinemos alguns dos procedimentos que os homens escolhem para enganarem-se a si mesmos.

Lemos num jornal que um homem, aborrecido porque o motor de seu auto não pegava, deu um sôco no parabrisa. Feriu-se profundamente no braço e morreu de hemorragia, antes de chegar ao hospital. É êsse um caso típico de quem busca descarregar sua ira sôbre um objeto inanimado. O invejoso acusará os demais de serem invejosos. O crítico e mexeriqueiro culpará dêsses mesmos defeitos os demais. Quem acalenta animosidade contra o próximo, tratará imediatamente de justificar-se, imaginando que os demais são inimigos seus, e, dêsse modo, ocultará a verdade a seu próprio respeito.

A rudeza extrema é uma capa que encobre um complexo de debilidade e ansiedade. Fácil é indicar quem está perdendo numa discussão, observando quem perde o domínio próprio. Os chefes débeis tratam de cobrir sua debilidade por meio de atos rudes. Tais pessoas andam sempre buscando pendência. O mais leve desacordo é considerado uma ofensa à sua autoridade, e empregam a autoridade para proteger sua própria debilidade íntima. As pessoas de pouco valor enganam-se a si mesmas aparentando grandeza, e amiúde enganam também os demais.

Alguns ocultam às vêzes seus verdadeiros sentimentos de ódio ao próximo, porque temem a si mesmos e aos demais. A hostilidade reprimida po-de produzir uma quantidade de enfermidades psíquicas. As perturbações cardíacas ocorrem amiúde em pessoas que mantêm calma externa, ao passo que, por dentro fervem. Tais pessoas nem sequer sabem às vêzes que estão ressentidas, cheias de amargura e hostilidade. Ocultar o verdadeiro estado dos sentimentos pessoais, tratando de cobri-los sob a capa de um falso domínio próprio, é uma das formas que muitas pessoas usam para enganarem-se a si mesmas. Outras crêem que têm grande êxito, mas vivem num mundo imaginário. Algum dia, pensam, seu gênio será reconhecido. Logo um invento lhes cobrirá de fama o nome. A forma externa desta reação se manifesta num tipo de enfermidade mental em que a pessoa se afasta completamente do mundo real. A realidade é demasiado dura, de modo que se faz necessário fabricar um mundo especial, em que seja possível viver. As grandes idéias constituem um acervo se promovem a ação e as realizações, mas se são destrutoras, convertem-se em uma maneira de escapar à realidade.

Muita gente se parece a um pião, que não se pode manter de pé sem que esteja girando. As pessoas que carecem de segurança anímica, tratam de firmar-se mediante constantes giros de trabalhos e atividades. Se acompanharmos essas pes-soas a umas férias, comprovaremos isto: Não aprenderam a viver consigo mesmas. Podem receber mui-tas honras devido a que são muito trabalhadoras e dedicadas; mas essa atividade é só uma tentativa para escaparem ao seu quase insuportável complexo de insegurança. Tal pessoa necessita de amor, mas dêle se aparta completamente. Engana-se a si mesma com falar da necessidade de ser leal e consagrada ao trabalho, e não obstante, se arvora em juiz de quem com ela marca passo. Correm pelo simples gôsto de correr. Têm pouco tempo para examinar o valor do trabalho que fazem. Devido à enorme necessidade de suster o seu eu, tais pessoas assumirão mais e mais responsabilidades para se escaparem a si mesmas. Não podem dizer “não” quando se lhes pede que façam alguma coisa, porque consideram cada nova responsabilidade uma prova de que real-mente têm valor. Se alguém não tem dúvida alguma acêrca de seu valor pessoal, não precisa de escorar-se, acrescentando mais e mais atividades até ao ponto de que sobrepugem a tolerância psíquica normal. O assumir muitas atividades é uma forma comum de escapar à verdade.

Existem, também, pessoas que desejam evitar tôda falta, não deixando atrás de si coisa alguma que possa motivar crítica. As regras constituem um fundamento de seus atos. Tudo deve estar planificado até aos mínimos pormenores; se cometem uma falta, sofrerão remorsos durante semanas a fio. Tais pessoas malogram às vêzes as relações familiares, devido ao seu afã de fazer um orçamento de cada cruzeiro que gastam. Quanto mais fracas se sentem interiormente, com tanta maior perfeição tratam de ordenar o seu mundo exterior. Se cada pormenor externo não está em perfeita ordem, parece-lhes que o dia está arruinado. Sob o engano da perfeição, tais pessoas se destroem a si mesmas e aos demais.

As pessoas fracas identificar-se-ão com determinadas organizações e pessoas, a fim de sentirem-se mais fortes. Faz pouco vimos que muitos cidadãos estadunidenses se identificavam com o general Mac Arthur, e, nêle firmados, diziam uma quantidade de coisas que, sem seu apoio, não teriam a coragem de dizer. O general se converteu em seu campeão.

A necessidade de escorar-se pode manifestar-se, também, no âmbito da aquisição de bens materiais. A compra de um grande automóvel faz com que a pessoa se sinta mais segura; o eu estufa. As mulheres compram vestidos e pagam três vêzes o preço normal a fim de darem-se o gôsto de informar que fazem suas compras numa loja de nome famoso. Isso as faz sentirem-se superiores. Tal tendência se manifesta com fôrça especial durante a época da adolescência, em que os heróis são idolatrados. O complexo de insegurança do adolescente leva-o a unir-se a uma pessoa que alcançou êxito, e dessa maneira aumenta o seu senso de dignidade pessoal.

Alguns indivíduos tratam de compensar sua falta de instrução lançando o epíteto de estúpido a todos os diplomados dos colégios. Quem tinha o desejo de ser médico mas fracassou, proclamará aos quatro ventos que nunca quis sê-lo, porque os médicos enterram os próprios erros. Quem não alcançou o título de uma profissão liberal, proclamará com aparente bom senso que a instrução su perior é perigosa, pois distancia da verdade os homens. Mostrar-se-á feliz por não haver-se “contaminado” e ter mantido inalterável a pureza de fé. Quem acalenta grande amor ao dinheiro, expressar-se-á com amargura acêrca dos que possuem estabilidade financeira. Êle é feliz porque não vive para o dinheiro. O galã a quem uma bela senhoritá repudia, dirá que tôdas as mulheres belas são insensatas. Tais declarações revelam um método comum de engano próprio.

Outra maneira de enganar-se a si próprio consiste em amesquinhar as realizações do próximo. Se alguém não pode ser grande, tratará de reduzir tudo à sua própria estatura, a fim de que a vida se lhe torne suportável. Tais pessoas destroem as demais com seu louvor hipócrita. Estão sempre formulando perguntas que fazem surgir a dúvida na mente dos demais. “Como é possível que Fulano de Tal continue progredindo?” Se é boa a informação que apresenta, acrescenta uma observação ne gativa para solapar a reputação dessa pessoa. Sob o disfarce de interêsse no progresso dos demais, tais pessoas andam de uma para outra parte minando a reputação daqueles que tratam de realizar uma obra digna na vida. É uma forma lastimosa de querer alcançar valor pessoal.

Uma dor de cabeça pode, amiúde, converter-se em uma escusa legítima para evasão a um compromisso social, pouco satisfatório. Homens e mulheres empregam várias doenças físicas para atrair sôbre si a simpatia dos demais e evitar a realização de tarefas desagradáveis. Certo pai buscava persuadir as filhas a que fizessem determinado trabalho. Quando não estavam dispostas a aceder aos ser-planos, êle se desesperava e caía ao chão, queixando-se de dor no coração. Imediatamente as filhas se submetiam aos desejos paternos, e as dores cardíacas pareciam desaparecer. Êsse pai empregava uma doença física como meio de alcançar o que se propunha. Era uma burla, mas produzia-lhe resultados.

O débil tratará de fortalecer sua posição congraçando-se com o superior. Assim procederá porque não pode manter-se sôbre seus próprios pés. É interessante observar quanta atenção atrai sôbre si um ilustre desconhecido, quando lhe cabe em sor-te um pôsto de influência. Prive-se, por outro lado, o homem da capacidade de ajudar outros a elevarem-se, e ver-se-á que imediatamente caem no esquecimento. Muitos homens empregam outros para subirem. Tais pessoas dizem, com efeito: “Se me submeto a uma pessoa que me pode ajudar a progredir, e com ela me congraço, alcançarei todos os fins que não posso alcançar por minha própria perícia e capacidade pessoal.” Os débeis buscam postos para sentirem-se fortes; os fortes buscam sòmente o caráter. É legítimo o sermos respeitados por motivo do esfôrço honesto e das realizações nobres. É um vil engano próprio, porém, progredir por meio da submissão e bajulação. O chefe que não possui maturidade de caráter aprecia esta espécie de adulação e se rodeará de tais pes-soas para amparar o seu vacilante senso de dignidade pessoal.

Algumas pessoas tratam de chamar a atenção fingindo humildade. Esta espécie de gente continuamente se rebaixa e menospreza os próprios esforços a fim de chamar a atenção. Dizem, com efeito: “Sou indigno. Não há aqui ninguém que o refute, por certo.” Se faz alguma coisa perante o público, essa pessoa dirá: “Hoje não me saiu bem, não é assim?” Anda sempre à caça de um elogio. Êsse menosprêzo próprio não passa de um esfôrço para chamar a atenção. A figura trágica segue-se ao herói em seu esfôrço de chamar a atenção.

Algumas pessoas querem sempre ter a última palavra numa discussão. Se podem dominar a situação, sentir-se-ão isentas de ataques. Quando alguém pretende fazer alguma coisa fora do comum, as pessoas dominadoras empregam sua autoridade para fazê-lo desistir, para que não se produza uma situação que lhes venha dificultar o domínio.

Outras pessoas débeis tratam de dominar sua ansiedade comendo demais. Outros se intoxicaram para evadir-se à realidade. A complacência na promiscuidade sexual é geralmente a maneira de escapar a um íntimo complexo de incapacidade.

Também encontramos o palhaço que se ri mais alto quando mais ansioso se sente em determinada circunstância. A um advogado que foi consultar um psiquiatra para uma depressão mental, foi aconselhado que freqüentasse o circo para apreciar o palhaço. Respondeu o advogado que não tiraria proveito algum disso porque o palhaço era êle próprio. Quando eu era ainda criança cantava em voz alta ao passar a cavalo junto ao cemitério do povoado. O homem que é “a alma da festa” é, amiúde quem se sente mais inseguro, e sempre deve estar sob jactos de luz para chamar a atenção. Seu complexo de insegurança não lhe permitiría simplesmente formar parte do grupo; deve ser o astro da reunião.

O assobiar na escuridão é uma forma comum de engano próprio.

Em geral o extremista e o ateu tratam de chamar a atenção manifestando opiniões que, segundo pensam, produzirão comoção nos demais. Lembro-me de um rapaz dominado pelo sentimento de insegurança e a quem ninguém prestava atenção, o qual sendo aluno de um colégio cristão, se tornou repentinamente ateu. Quando se chegou a saber o que era, converteu-se no centro da atração. Seu ateísmo deu resultado como meio de atrair a atenção. Os que adotam uma filosofia político-social extremista, amiúde o fazem porque estão dominados de um profundo complexo de inferioridade. Fracassaram em nossa sociedade, e esperam que, por meio de suas opiniões extremistas, conseguirão construir uma filosofia políticosocial adequada, e ao mesmo tempo lançam a culpa de seus fracassos a uma suposta falha na estrutura da sociedade em que vivem.

As pessoas prudentes tratam de eliminar todo engano próprio. Enfrentam a realidade. O neuró-tico está parcialmente cego no tocante a si próprio, ao passo que o enfêrmo mental é uma vítima total do engano próprio. Do ponto de vista da higiene mental correta, os homens devem ado-tar atitude de rigorosa honestidade privada. Reconhecer o egoísmo como egoísmo, a vaidade como vaidade, a concupiscência como concupiscência, a avareza como avareza, a culpa como culpa, não apenas nos demais, mas também em nós mesmos, ajudar-nos-á a proteger-nos do engano próprio. “Ser leais conosco mesmos, é uma frase adequada que constitui também uma boa regra de higiene mental.”